quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Via Email: BRASIL! BRASIL!



BRASIL! BRASIL!


Posted: 29 Aug 2012 07:05 PM PDT



Posted: 29 Aug 2012 06:56 PM PDT


"Ao investigar impotência de Obama diante de Wall Street e guinada ultraconservadora dos republicanos, Krugman dispara: país entrou em crise com a democracia

Paul Krugman e Robin Wells,  New York Review of Books  / Revista Forum 

Na primavera de 2012, a campanha de Obama decidiu ir atrás da história de seu oponente, Mitt Romney, na Bain Capital, uma firma de administração de fundos privados [private equity] que se especializou em assumir o controle de empresas e multiplicar o capital de seus investidores – às vezes, promovendo seu crescimento, mas frequentemente às custas dos seus trabalhadores. Na verdade, houve vários casos em que a Bain conseguiu lucrar mesmo quando as empresas adquiridas foram à falência.

Havia razões política claras para tal atitude. O próprio senador Ted Keneddy havia suscitado, com sucesso, a história dos trabalhadores arruinados pela Bain, em sua campanha contra Ronney em Massachussetes, em 1994. Além disso, o único discurso possível para Romney, na atual disputa pela presidência, é sua afirmação de que pode, como um homem de negócios bem- sucedido, consertar a economia. Fazia todo o sentido apontar as muitas sombras que pairam sobre a história de negócios de Romney – e fisar que o que é bom para a Bain, definitivamente não serve aos Estados Unidos.

No entanto, enquanto escrevíamos este artigo, dois políticos destacados do Partido Democrata minaram a estratégia. Primeiro, Cory Booker, o prefeito de Newark, descreveu os ataques ao private equity como "repugnantes". Depois, ninguém menos do que Bill Clinton apressou-se a descrever a história de Romney como "legítima", acrescentando: "Não acho que devemos ficar na posição em que dizer: 'este é um trabalho ruim', ou 'este é um bom trabalho'". (Mais tarde, ele apareceu ao lado de Obama e disse que uma presidência de Romney seria "calamitosa").

O está acontecendo? A resposta atinge o centro das decepções — políticas e econômicas – com o governo Obama.

Quando o presidente foi eleito, em 2008, muitos progressistas esperavam uma repetição do New Deal. A situação econômica era, afinal, muito semelhante. Como em 1930, um sistema financeiro descontrolado levou primeiro a excesso de endividamento privado; e, em seguida, a uma crise financeira. A contração econômica que se seguiu (e persiste até hoje), embora não tão severa quanto a Grande Depressão, mantém uma semelhança óbvia com a do século passado. Por que as políticas deveriam seguir um script semelhante?

Mas, embora a economia de hoje mantenha forte semelhança com a dos anos 1930, o cenário político não a acompanha — pois nem os democratas, nem os republicanos são o que eram outrora. Ao chegar à presidência com Obama, boa parte do Partido Democrata foi quase capturada pelos interesses financeiros que levaram à crise. Como mostraram os incidentes com Booker e Clinton, parte do partido permanece nesta condição. Enquanto isso, os republicanos tornaram-se extremistas a um ponto que nunca se imaginou, três gerações atrás. A oposição radical que Obama tem enfrentado em questões econômicas contrasta com o fato de que a maioria dos republicanos no Congresso votou a favor, e não contra, a principal conquista de Roosevelt: a lei instituiu a Seguridade Social nos EUA, em 1935.

Essas mudanças nos partidos políticos dos EUA explicam o motivo de não ter havido um segundo New Deal; e por que a resposta política à crise econômica prolongada tem sido tão inadequada. A captura parcial do Partido Democrata por Wall Street e o efeito de distorção que ela produziu na política são os temas centrais do livro de Noam Scheiber, The Escape Artists: How Obama's Team Fumbled the Recovery [algo como "Os Escapistas: Como a equipe de Obama se atrapalhou na recuperação"], uma visão, a partir de dentro, das ações da equipe econômica de Obama, desde os primeiros dias transição presidencial até o final de 2011.


Scheiber começa tratando da influência que Wall Street exerceu sobre o conjunto da equipe econômica. Em suas primeiras páginas, ele conta como a campanha de Obama apoiava-se nos conselhos políticos de "acadêmicos obscuros, radicais sem muitos vínculos e burocratas ultrapassados" – a exemplo de Austan Goolsbee, um jovem professor de economia da Universidade de Chicago, e Paul Volcker, o octogenário embora ainda vigoroso ex-presidente do Federal Reserve [o equivalente americano do Banco Central – Nota da tradução]. Porém, em setembro de 2008, um outro grupo havia se formado e começou a disputar influência. Era composto por endinheirados de dentro do mercado. A maioria deles tinha trabalhado para o ex-secretário do Tesouro [equivalente ao ministro da Fazenda no Brasil – nota da tradução] de Clinton, Robert Rubin — que foi sócio da Goldman Sachs antes de integrar o governo de Bill Clinton e, após sair, tornou-se diretor, conselheiro e depois presidente do Citigroup. Eram os rubinistas."
Tradução de Hugo Albuquerque, para o Outras Palavras
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Posted: 29 Aug 2012 06:35 PM PDT


Wellton Máximo e Stênio Ribeiro, Agência Brasil

"Além de estender a redução de impostos para estimular o consumo, o governo anunciou hoje (29) um conjunto de medidas para impulsionar os investimentos. O conjunto de medidas inclui a prorrogação de financiamentos, a criação de linhas de crédito e medidas para incentivar a compra de caminhões.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as medidas foram necessárias porque a recuperação dos investimentos é mais lenta após um cenário de desaceleração da economia. "O investimento demora mais a reagir em condições de crise", explicou.

A principal medida é a prorrogação dos juros especiais do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada a financiar bens de capital (máquinas e equipamentos) e investimentos em tecnologia e inovação. Os financiamentos com taxas reduzidas, que acabariam no fim deste mês, poderão ser contratados até 31 de dezembro de 2013.

Em vigor desde 2009, o PSI tem orçamento de R$ 227 bilhões. De acordo com Mantega, restam R$ 78 bilhões para serem emprestados. Além de prorrogar a linha de crédito, o governo reduziu os juros para algumas operações e criou linhas de crédito vinculadas ao programa."
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Posted: 29 Aug 2012 05:37 PM PDT


Carta Maior

"Nenhum candidato com rejeição em torno de 40% consegue prosperar numa disputa política e chegar ao 2º turno. Esse consenso entre pesquisadores soa à candidatura municipal do PSDB em São Paulo como a sentença de um percurso ao cadafalso e não às urnas.

Vive-se na capital paulista um fenômeno de esgotamento histórico que assume contornos de nitidez vertiginosa e dificilmente reversível: a rejeição esférica, espontânea, ascendente e incontrolável de uma cidade a um político e a tudo o que ele representa, seus métodos e metas. Já não se trata apenas de rejeição, mas de um sentimento epidêmico que a palavra ojeriza descreve melhor e a expressão 'fim de um ciclo'  coroa de forma objetiva. 

A rejeição a José Serra em seu berço político e principal casamata do PSDB no país, é o aspecto mais significativo da atual disputa. Sobretudo porque cercado de uma 'coincidência' cuidadosamente programada, o julgamento do STF, que deveria impulsionar as coisas no sentido inverso. Falhou. De 30% em meados de junho, a repulsa a Serra explodiu em 43% no Datafolha desta 4ª feira."


Posted: 29 Aug 2012 05:19 PM PDT
Paulo Preto foi questionado pelos
parlamentares na CPMI do Cachoeira


Correio do Brasil

"Ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, falou aos parlamentares na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, nesta quarta-feira. O depoente ficou conhecido nas eleições presidenciais de 2010 com o envolvimento em denúncias de desvio de verbas públicas na direção da empresa pública responsável pela construção de parte do Rodoanel, no Estado de São Paulo, e o sumiço de cerca de R$ 4 milhões da campanha do então candidato à Presidência da República, José Serra.

O nome de Paulo Preto surgiu após declarações de Pagot à revista IstoÉ de que parte das verbas destinadas às obras do Rodoanel teria sido direcionada para uso na campanha eleitoral de Serra e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. O contrato mencionado foi celebrado entre o Dnit e a Departamento de Obras Rodoviárias de São Paulo (Dersa), então comandada por Paulo Preto. À CPMI, no entanto, Pagot disse ter sido mal interpretado pela revista. Ele sustentou que houve pressão para aprovar mais recursos para obra, mas que não se pode provar que o valor seria usado em campanhas.

Segundo a revista, na sua edição de agosto de 2010, Paulo Preto foi acusado por líderes do PSDB de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha. Segundo os líderes tucanos José Gregori e Sérgio Freitas, em entrevista à publicação semanal, as únicas pessoas autorizadas a atuar em nome do partido na arrecadação são o José Gregori e o Sérgio Freitas", afirma o ex-ministro Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do PSDB.


– Não podemos calcular exatamente quanto o Paulo Preto conseguiu arrecadar. Sabemos que foi no mínimo R$ 4 milhões, obtidos principalmente com grandes empreiteiras, e que esse dinheiro está fazendo falta nas campanhas regionais – confirmou à publicação "um ex-secretário do governo paulista que ocupa lugar estratégico na campanha de José Serra à Presidência".
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Posted: 29 Aug 2012 05:05 PM PDT


Stênio Ribeiro, Agência Brasil

"O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) determinou nesta quarta-feira 29 a nona redução seguida da taxa básica de juros, também conhecida como taxa Selic porque remunera os títulos públicos depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).

O colegiado de diretores do BC baixou a taxa dos atuais 8% para 7,5% ao ano, em linha com as expectativas da maioria dos analistas financeiros, como mostrou o boletim Focus divulgado na última segunda-feira (27) pela autoridade monetária.

De acordo com nota divulgada logo depois do fim da sexta reunião do Copom no ano, os diretores do BC optaram por manter a política de afrouxamento do processo monetário. A decisão foi por unanimidade, sem viés – não pode mudar nos próximos 45 dias. O Copom diz que: "considerando os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica, o Copom entende que, se o cenário prospectivo vier a comportar a um ajuste adicional nas condições monetárias, esse movimento deverá ser conduzido com máxima parcimônia".

Foi a nona queda consecutiva desde agosto do ano passado, quando a taxa estava em 12,50%. De lá para cá a Selic caiu 5 pontos percentuais, equivalentes a 40%. Mas, embora sirva de parâmetro para os juros bancários, a queda não tem sido repassada pelo sistema financeiro nacional (SFN) nas mesmas proporções. No mesmo período, a taxa média dos juros bancários caiu de 121,21% para 102,97% ao ano. Redução de 18,24 pontos percentuais, equivalentes a apenas 15,04%.

A expectativa dos analistas financeiros, consultados todas as semanas pela pesquisa Focus do BC, está indefinida, porém, em relação à continuidade do processo de afrouxamento da política monetária nas reuniões futuras do Copom, uma vez que a atividade econômica dá sinais de reaquecimento e a inflação começa a preocupar. Eles esperam a publicação da ata da reunião, quinta-feira (6) da semana que vem, para tirar conclusões sobre as tendências do BC."


Posted: 29 Aug 2012 04:19 PM PDT


Folha de S. Paulo

"O candidato do PRB, Celso Russomanno, assumiu a liderança isolada na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Ele manteve 31% das intenções de voto depois da primeira semana de propaganda eleitoral em rádio e TV, aponta o Datafolha.

José Serra, do PSDB, caiu cinco pontos percentuais e agora aparece em segundo lugar com 22%. Fernando Haddad, do PT, subiu seis pontos e ocupa a terceira posição com 14%.

Gabriel Chalita, do PMDB, oscilou para 7%, e Soninha Francine, do PPS, para 4%. Paulinho da Força (PDT) tem 2%. Ana Luiza (PSTU) e Carlos Gianazzi (PSOL) aparecem com 1%, e os demais não pontuaram.

A pesquisa mostra que a rejeição a Serra subiu cinco pontos e alcançou o maior índice desde o início da campanha: 43% dos eleitores dizem que não pretendem votar nele "de jeito nenhum".
Nas últimas duas eleições paulistanas, em 2004 e 2008, só o ex-prefeito Paulo Maluf (PP) superou este patamar de rejeição."
Pesquisa Completa, ::AQUI::


Posted: 29 Aug 2012 09:32 AM PDT



Posted: 29 Aug 2012 09:27 AM PDT


Breno Costa e Fernando Mello, Folha de S. Paulo

"Ex-diretor de engenharia da Dersa, a estatal paulista responsável por obras rodoviárias, Paulo Vieira de Souza, atacou, sem citar nomes, aqueles que qualificou como "ingratos". Ele deu a entender estar se referindo a integrantes do PSDB. As declarações foram dadas em depoimento à CPI do Cachoeira, nesta quarta-feira (29).

"Eu pedi a Deus para ser convocado para essa CPI. Porque os incompetentes devem continuar com medo de mim. Aqui estou. Essa frase é para todos que foram ingratos. Eu fui demitido oito dias após entregar uma das maiores obras desse país [o trecho sul do Rodoanel]", disse.

Paulo Preto, como é conhecido, foi nomeado diretor de engenharia da Dersa em 2007, no governo José Serra (PSDB). Sua saída ocorreu em 2010, já sob a gestão de Alberto Goldman, ex-vice de Serra, que renunciou ao cargo para disputar a Presidência da República.

Souza, que afirmou considerar pejorativo o apelido pelo qual é conhecido, negou irregularidades sob sua gestão. Leu seu currículo, com passagens por diversos órgãos públicos e empresas privadas. Disse que nunca foi filiado a partidos políticos, "porque nunca quis misturar com a minha atividade".

Na campanha de 2010, ele foi acusado por tucanos de ter embolsado R$ 4 milhões que seriam destinados por empreiteiras à campanha de José Serra. Ele nega as acusações e afirmou à CPI mover 16 processos, entre ações cíveis e criminais contra a revista "IstoÉ" e os tucanos que, conforme a reportagem, lhe acusaram.

Ele nega ter obtido qualquer recurso junto a empreiteiras, seja para si próprio, seja para campanhas políticas."
Matéria Completa, ::AQUI::


Posted: 29 Aug 2012 09:10 AM PDT


"Candidatos a vereador em São Paulo têm campanhas orçadas em até R$ 5 milhões. A pergunta a ser feita é não apenas de onde vêm os financiamentos, mas como serão pagos depois. Em quatro anos de mandato, um vereador recebe R$ 624 mil. Mesmo que não gaste um centavo, ele não tem como retribuir a gentileza. Como fechar a conta?

Gilberto Maringoni, Carta Maior

A Folha de S. Paulo do último domingo (26 de agosto) publicou interessante matéria intitulada "Ex-ministros, Orlando Silva e Andrea Matarazzo disputam vaga de vereador em SP". O primeiro personagem é filiado ao PSDB e exibe origem aristocrática. O segundo milita no PCdoB e teve um início de vida pobre. A reportagem descreve as iniciativas de ambos para atrair o eleitorado e ganhar votos.

O trecho mais importante da nota está no final:

"Matarazzo, que tem cerca de 200 funcionários, pretende investir até R$ 5 milhões. Ele calcula precisar de 40 mil votos. Silva contratou 100 pessoas e fixou o teto de gastos em R$ 3,5 milhões".

As afirmações não foram desmentidas. Logo, não há porque duvidar delas. Não se coloca aqui em dúvida a honestidade e a lisura dos candidatos.

As campanhas eleitorais duram três meses, de julho a setembro. Mesmo que haja investimentos preliminares – aluguel de sede para comitê, de carros e compra de equipamentos – o grosso do dinheiro é gasto entre julho e outubro. Na média, um milhão por mês.

Doações e retribuições
Essas quantias provêm das chamadas "doações" de campanha. É um dinheiro fornecido em sua maior parte por grandes empresas. Nada indica que os candidatos façam algo contrário à lei. As entradas e saídas são anotados pelos comitês de cada um e submetidas ao escrutínio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Doações de campanha não costumam ser doações de verdade. O eleito deve de alguma maneira retribuir o que foi investido em sua postulação. "Não existe almoço grátis", dizia Milton Friedman (1912-2006), o guru dos economistas ortodoxos.

Em tese, o futuro parlamentar deveria pagar seus patrocinadores com o próprio dinheiro, para que não ficasse caracterizado algum tipo de troca de favores entre o eleito e o poder econômico.

No caso da Câmara de São Paulo, vale pensar como um vereador retribuiria tamanho aporte de recursos.

A partir de janeiro de 2013, o salário de um vereador paulistano chegará a R$ 15.031,76. É muito em relação ao que ganha a maioria da população, mas é pouco se comparado a salários de executivos de grandes corporações, que podem chegar a R$ 200 mil por mês. Em termos líquidos, o vencimento do parlamentar deve ficar em torno de R$ 12 mil, pagos 13 vezes ao ano."
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Posted: 29 Aug 2012 08:55 AM PDT


Gian Danton, Digestivo Cultural

"Uma das ideias básicas do filósofo canadense Marshall McLuhan era a de que pouco importava o conteúdo dos meios de comunicação. O que era realmente importante era o fato desses meios existirem. Essa ideia foi resumida na frase "O meio é a mensagem". Para McLuhan, a forma como nos comunicamos determina a maneira como nos organizamos socialmente. Mais: a forma como nos comunicamos muda nossos processos mentais.

Uma análise da evolução mostra como se deu essa relação mídia-sociedade-cérebro.

No começo, vivíamos em aldeias. O tamanho da aldeia, segundo o McLuhan, é determinado pelo número de pessoas que podem ouvir a voz do líder. Em uma cultura oral, os grupos devem ser pequenos exatamente para facilitar a comunicação. Se o grupo se tornava muito grande, acabava se separando e formando outro grupo, com outro líder.

Nessa época o sentido mais usado era a audição. A comunicação era feita pessoa-pessoa, sem uso de qualquer plataforma além da própria fala. Era uma comunicação com envolvimento, pois normalmente se falava de pessoas conhecidas de todos e de fatos que muitas vezes tinham importância para a tribo. Não havia separação entre teoria e prática: aprendia-se praticando. As ações mais importantes dessa época, como plantar, caçar e pescar, eram aprendidas tendo como professores parentes, que ensinavam através da prática.

A invenção da escrita mudou o mundo.

Com a escrita era possível ao líder enviar suas ordens ou receber relatórios de locais distantes, razão pelas quais as cidades foram se tornando cada vez maiores. Esse processo permitiu a criação dos impérios, já que as ordens e relatórios eram enviados por mensageiros (não por acaso, a primeira coisa que os romanos faziam ao conquistar um território era construir estradas ligando o local à Roma, origem da expressão "todos os caminhos levam a Roma".
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Posted: 29 Aug 2012 07:37 AM PDT


Rui Daher, Terra Magazine / Blog do Rui Daher

"Ouço que investidores e empresários estrangeiros ainda sentem forte atração pela economia brasileira, ao contrário dos nativos, assustados com o fraco crescimento de 2011 e do 1º semestre deste ano.  

Se para os de fora, acreditar no bom desempenho dos emergentes está próximo da salvação, os daqui só sairão da toca após o mercado ferver em demanda.  

Algo como wishful thinking versus chicken soup.  

Cuidado, no entanto, ao avaliar essa dicotomia a partir de opiniões esparsas. Conversas em salas da FIESP e mesas do Massimo Ristorante, dificilmente geram fortes polêmicas.  

Mais provável a suavidade acompanhar o repasto, pois sempre haverá um cachorro morto a chutar. Alta carga tributária, greves, má infraestrutura, marcos regulatórios confusos.  

A mim parece que aos nativos falta mais paciência do que confiança. Os resultados de ações para mudar o rumo da economia não costumam aparecer do dia para a noite.  

A não ser que voltemos ao palco onde Zélia Cardoso de Mello, Antônio Kandir e outros, em 16/03/1990, brandiram o Plano Collor, maior tranco da história nos caraminguás do povo brasileiro."
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Posted: 29 Aug 2012 07:20 AM PDT


"A revista Veja e o jornalista Policarpo Júnior voltaram a ser citados na CPMI que investiga o crime organizado liderado pelo contraventor Carlos Cachoeira. Em depoimento nesta terça-feira (28), o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot, acusou a revista Veja de ter provocado a demissão dele. "Nada teria acontecido se não fosse a reportagem da Veja", disse Antônio Pagot.

Vermelho

O ex-diretor do Dnit foi demitido em julho do ano passado após divulgação de matéria da revista Veja que acusava integrantes do Partido da República (PR) de comandar, por meio do Ministério dos Transportes, esquema de superfaturamento de obras por parte de empreiteiras.

Interceptações telefônicas da Polícia Federal, além de revelar relação estreita entre o diretor da sucursal da revista em Brasília, Policarpo Júnior, com a rede liderada por Cachoeira, apontam que o bicheiro tramou a saída de Pagot do Dnit, por não ter atendido as reivindicações da Construtora Delta.

Para o relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), o diretor do Dnit foi "vítima" da organização criminosa que, segundo ele, tramou a sua queda. "Ele contrariou os interesses da empresa Delta, especialmente em obras que estavam ligadas ao Dnit. Essa contrariedade gerou matérias jornalísticas, que de alguma forma, contribuíram para a sua queda", avaliou."
Matéria Completa, ::AQUI::


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