sábado, 19 de setembro de 2009

Pará vai à Dinamarca defender mecanismos de proteção florestal




Da Redação
Agência Pará

Em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu governadores da Amazônia Legal para discutir a posição do governo na Conferência sobre Mudanças Climáticas

Brasília - Os governadores da Amazônia participarão da 15ª Conferência das Partes (COP 15), que reúne os países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, marcada para dezembro em Copenhague, capital da Dinamarca. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (17), durante reunião em Brasília, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os governadores dos Estados da Amazônia Legal.

Segundo a governadora Ana Júlia Carepa, que participou da reunião, o Brasil vai defender em Copenhague uma plataforma que cria mecanismos mais simplificados para a proteção florestal e valoriza os estoques de carbono.

Na reunião, que durou aproximadamente três horas, os nove governadores da Amazônia Legal e o presidente Lula debateram com quatro ministros de Estado diversos temas ligados à sustentabilidade, além das diretrizes que o Brasil levará para a Dinamarca.

Segundo Ana Júlia Carepa, os governadores defenderam com firmeza a instituição de mecanismos de compensação mais claros para a proteção da floresta, especialmente para os Estados que se destacarem na preservação da cobertura florestal.

Fundo Verde - Os governadores se uniram na defesa da criação e expansão de um "Fundo Verde" para os Estados da Amazônia. "É importante que todos os que exigem preservação estejam conscientes de que precisam participar ativamente no suporte financeiro aos Estados que possuem floresta", observou Ana Júlia Carepa.

Outro ponto destacado pela governadora refere-se aos estoques de carbono provenientes da redução do desmatamento e à necessidade de pressionar os países desenvolvidos a se comprometerem mais com a redução das emissões de gases do efeito estufa. "É consenso entre os governadores que os países desenvolvidos, que são os que mais poluem, devem ampliar suas metas de redução das emissões de carbono", explicou.

Ana Júlia Carepa avaliou positivamente a reunião. Ela destacou que a união dos governos federal e estaduais resultará em grandes avanços para a população da região e para o meio ambiente.

Além da governadora do Pará e do presidente Lula, participaram da reunião os ministros Dilma Roussef (Casa Civil), Carlos Minc (Meio Ambiente), Daniel Vargas (Assuntos Estratégicos); os governadores de Mato Grosso, Rondônia, Acre, Amapá e Tocantins, e os vices-governadores do Amazonas e Maranhão.

A COP 15 ocorre no período de 7 a 18 de dezembro deste ano e discutir um novo tratado internacional para substituir o Protocolo de Kyoto, além de estabelecer os limites às emissões de gases do efeito estufa após 2012.

Os temas debatidos serão aprofundados no próximo encontro do Fórum de Governadores da Amazônia, previsto para o dia 16 de outubro, em Macapá (AP).

Perdas - A governadora Ana Júlia Carepa participou, ainda, de uma reunião à tarde, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega; o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin Filho, e quatro governadores do Nordeste.

Juntos, os governadores mostraram ao ministro as perdas acumuladas pelos Estados em decorrência da queda de arrecadação e da diminuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Eles solicitaram apoio para reverter o impacto negativo, mediante uma linha de financiamento operada pelo BNDES.

"Dissemos ao ministro que reconhecemos as dificuldades do governo federal, cuja arrecadação também caiu, mas demonstramos que esse apoio financeiro é essencial nesse momento", informou Ana Júlia Carepa.

Da reunião participaram, ainda, os governadores Jacques Wagner (Bahia), Marcelo Deda (Sergipe), Eduardo Campos (Pernambuco) e Wellington Dias (Piauí).

Sônia Zaghetto - Secom

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Álamo volta operar, e gov. planeja substituir atuais embarcações que fazem a travessia Belém - Salvaterra




Da Redação
Agência Pará
Elcimar Neves/Ag Pa Clique na imagem para ampliar Ampliar imagem
O catamarã Álamo volta a operar em definitivo a linha Belém-Salvaterra por decisão conjunta do governo do Estado e empresas do setor de turismo
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A travessia Belém-Saltaverra volta ser realizada pelo catamarã Álamo, que começa a operar a partir do próximo dia 17. Prevendo a proximidade do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, quando o fluxo de passageiros tende a crescer, o Governo do Estado decidiu reforçar as opções de travessia ao Marajó, potencializando a infraestrutura no período de pico alto do turismo paraense. Atualmente, a travessia estava sendo realizada por dois ferry boats e dois navios.

O catamarã volta a operacionalizar em definitivo (não apenas no Círio) por decisão conjunta do Governo do Estado e das empresas do setor de turismo. Na manhã desta sexta-feira (11), os secretários adjuntos de Integração Regional (Seir), Cesar Queiroz, e de Governo (Segov), Sérgio Linhares, reuniram no Centro Integrado de Governo (CIG) com empresários do setor turístico; a Paratur; o diretor da Agência de Regulação de Serviço Público do Estado do Pará (Arcon), Miguel Fortunato; e a diretora da Companhia de Portos e Hidrovias (CPH), Patrícia Bitencourt, para decidir melhorias na travessia Belém-Marajó.

César Queiroz adiantou que o Estado está trabalhando para incrementar ainda mais o transporte hidroviário entre Belém e o Marajó no ano que vem, com a substituição das embarcações que já realizam o trajeto.

O Álamo tem capacidade para 180 pessoas, oferece mais conforto aos passageiros, pois tem arcondicionado e é mais veloz, cumprindo o trajeto em 2 horas e meia. Os horários do catamarã continuam os mesmos: com saída da Estação das Docas, em Belém, às 8h30 e retorno do Porto de Camará, em Salvaterra, às 16h30. As viagens são diárias, exceto ás quartas-feiras, quando a embarcação realiza manutenção. As passagens estão à venda nos quiosques no terminal fluvial da Estação das Docas, no Terminal Hidroviário de Camará e centros comerciais de Soure e Salvaterra.

O Porto de Camará tem localização estratégica no Marajó, pois fica a apenas 30 minutos do município de Soure. De Camará, o acesso também é facilitado a Santa Cruz do Arari, Cachoeira do Arari e outros municípios do arquipélago.

Enize Vidigal - Seir