Agência Pará de Notícias:
"A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) intensifica as ações de prevenção à leishmaniose visceral. Equipes de agentes de endemias e assistentes sociais fazem, de 20 a 30 deste mês, serviços de educação em saúde e borrifação de inseticida em localidades com maior incidência de casos.
A medida de controle será feita pela coordenação estadual de Leishmaniose em conjunto com a 7ª Regional de Proteção Social, que abrange nove municípios da ilha do Marajó: Afuá, Chaves, Cachoeira do Arari, Muaná, Ponta de Pedras, Soure, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista e Santa Cruz do Arari. Desses, quatro são prioritários nas ações de combate à doença (Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Soure e Salvaterra) por apresentam maior número de casos.
A programação foi dividida em duas etapas. A primeira teve ações referentes ao diagnóstico e agravo da situação. Nesta segunda fase, serão borrifados os domicílios e trabalhada a conscientização nas comunidades, com a equipe de educação em saúde do bairro de São Veríssimo, e nas localidades de Joanes e Pingo D’água, no município de Salvaterra. Com isso, pretende-se beneficiar cerca de 1,3 mil pessoas em 500 imóveis.
A leishmaniose visceral ou calazar é uma doença crônica grave. Se não tratada adequadamente, pode ser fatal no ser humano. A principal forma de transmissão do parasita para o homem e outros hospedeiros mamíferos é por meio da picada de fêmeas de dípteros conhecido como Lutzomyia longipalpis.
Ano passado, o município de Cachoeira do Arari apresentou seis casos confirmados, Ponta de Pedras, sete, Salvaterra, cinco, e Soure, um. Neste ano, o município de Cachoeira do Arari teve apenas dois registros, enquanto Ponta de Pedras teve um. Salvaterra, que receberá a maior atenção, continua com cinco casos e um óbito infantil, no primeiro semestre.
Edna Sidou – Sespa
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sábado, 16 de julho de 2011
O que quer a classe C?
CartaCapital:
"Gosto de olhar as capas das revistas populares no supermercado nestes tempos de corrida do ouro da classe C. A classe C é uma versão sem neve e de biquíni do Yukon do tio Patinhas quando jovem pato. Lembro do futuro milionário disneyano enfrentando a nevasca para obter suas primeiras patacas. Era preciso conquistar aquele território com a mesma sofreguidão com que se busca, agora, fincar a bandeira do consumo no seio dos emergentes brasileiros.
Em termos jornalísticos, é sempre aquela concepção de não oferecer o biscoito fino para a massa. É preciso dar o que a classe C quer ler –ou o que se convencionou a pensar que ela quer ler. Daí as políticas de didatismo nas redações, com o objetivo de deixar o texto mastigado para o leitor e tornar estanque a informação dada ali. Como se não fosse interessante que, ao não compreender algo, ele fosse beber em outras fontes. Hoje, com a internet, é facílimo, está ao alcance da vista de quase todo mundo.
Outro aspecto é seguir ao pé da letra o que dizem as pesquisas na hora de confeccionar uma revista popular. Tomemos como exemplo a pesquisa feita por uma grande editora sobre “a mulher da classe C” ou “nova classe média”. Lá, ficamos sabendo que: a mulher da classe C vai consumir cada vez mais artigos de decoração e vai investir na reforma de casa; que ela gasta muito com beleza, sobretudo o cabelo; que está preocupada com a alimentação; e que quer ascender social e profissionalmente. É com base nestes números que a editora oferece o produto – a revista – ao mercado de anunciantes. Normal.
Mas no que se transformam, para o leitor, estes dados? Preocupação com alimentação? Dietas amalucadas. A principal chamada de capa destas revistas é alguma coisa esdrúxula como: “perdi 30 kg com fibras naturais”, “sequei 22 quilos com cápsulas de centelha asiática”, “emagreci 27 kg com florais de Bach e colágeno”, “fiquei magra com a dieta da aveia” ou “perdi 20 quilos só comendo linhaça”. Pelo amor de Deus, quem é que vai passar o dia comendo linhaça? Estão confundindo a classe C com passarinho, só pode.
Quer reformar a casa? Nada de dicas de decoração baratas e de bom gosto. O objetivo é ensinar como tomar empréstimo e comprar móveis em parcelas. Ou então alguma coisa “criativa” que ninguém vai fazer, tipo uma parede toda de filtros de café usados. Juro que li isso. A parte da ascensão profissional vem em matérias como “fiquei famosa vendendo bombons de chocolate feitos em casa” ou “lucro 2500 reais por mês com meus doces”. Falar das possibilidades de voltar a estudar, de ter uma carreira ou se especializar para ser promovido no trabalho? Nada. Dicas culturais, de leitura, filmes, música, então, nem pensar.
Cada vez que vejo pesquisas dizendo que a mídia impressa está em baixa penso nestas revistas. A internet oferece grátis à classe C um cardápio ainda pobre, mas bem mais farto. Será que a nova classe média quer realmente ler estas revistas? A vendagem delas é razoável, mas nada impressionante. São todas inspiradas nas revistas populares inglesas, cuja campeã é a “Take a Break”. A fórmula é a mesma de uma “Sou + Eu”: dietas, histórias reais de sucesso ou escabrosas e distribuição de prêmios. Além deste tipo de abordagem, também fazem sucesso as publicações de fofocas de celebridades ou sobre programas de TV –aqui, as novelas.
Sei que deve ser utopia, mas gostaria de ver publicações para a classe C que ensinassem as pessoas a se alimentar melhor, que mostrassem como a obesidade anda perigosa no Brasil porque se come mal. Atacando, inclusive, refrigerantes, redes de fast food e guloseimas, sem se preocupar em perder anunciantes. Que priorizassem não as dietas, mas a educação alimentar e a importância de fazer exercícios e de levar uma vida saudável. Gostaria de ver reportagens ensinando as mulheres da classe C a se sentirem bem com seu próprio cabelo, muitas vezes cacheado, em vez de simplesmente copiarem as famosas. Que mostrassem como é possível se vestir bem gastando pouco, sem se importar com marcas.
Gostaria de ler reportagens nas revistas para a classe C alertando os pais para que vejam menos televisão e convivam mais com os filhos. Que falassem da necessidade de tirar as crianças do computador e de levá-las para passear ao ar livre. Que tivessem dicas de livros, notícias sobre o mundo, ciências, artes –é possível transformar tudo isso em informação acessível e não apenas para conhecedores, como se a cultura fosse patrimônio das classes A e B. Gostaria, enfim, de ver revistas populares que fossem feitas para ler de verdade, e que fizessem refletir. Mas a quem interessa que a classe C tenha suas próprias idéias?
Cynara Menezes
Cynara Menezes é jornalista. Atuou no extinto 'Jornal da Bahia', em Salvador, onde morava. Em 1989, de Brasília, atuava para diversos órgãos da imprensa. Morou dois anos na Espanha e outros dez em São Paulo, quando colaborou para a 'Folha de S. Paulo', 'Estadão', 'Veja' e para a revista 'VIP'. Está de volta a Brasília há dois anos e meio, de onde escreve para a CartaCapital.
Leia mais:
Em 21 meses, 13 milhões entram na classe econômica
EUA reconhecem conselho rebelde como autoridade legítima na Líbia
A era das fusões
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"Gosto de olhar as capas das revistas populares no supermercado nestes tempos de corrida do ouro da classe C. A classe C é uma versão sem neve e de biquíni do Yukon do tio Patinhas quando jovem pato. Lembro do futuro milionário disneyano enfrentando a nevasca para obter suas primeiras patacas. Era preciso conquistar aquele território com a mesma sofreguidão com que se busca, agora, fincar a bandeira do consumo no seio dos emergentes brasileiros.
Em termos jornalísticos, é sempre aquela concepção de não oferecer o biscoito fino para a massa. É preciso dar o que a classe C quer ler –ou o que se convencionou a pensar que ela quer ler. Daí as políticas de didatismo nas redações, com o objetivo de deixar o texto mastigado para o leitor e tornar estanque a informação dada ali. Como se não fosse interessante que, ao não compreender algo, ele fosse beber em outras fontes. Hoje, com a internet, é facílimo, está ao alcance da vista de quase todo mundo.
Outro aspecto é seguir ao pé da letra o que dizem as pesquisas na hora de confeccionar uma revista popular. Tomemos como exemplo a pesquisa feita por uma grande editora sobre “a mulher da classe C” ou “nova classe média”. Lá, ficamos sabendo que: a mulher da classe C vai consumir cada vez mais artigos de decoração e vai investir na reforma de casa; que ela gasta muito com beleza, sobretudo o cabelo; que está preocupada com a alimentação; e que quer ascender social e profissionalmente. É com base nestes números que a editora oferece o produto – a revista – ao mercado de anunciantes. Normal.
Mas no que se transformam, para o leitor, estes dados? Preocupação com alimentação? Dietas amalucadas. A principal chamada de capa destas revistas é alguma coisa esdrúxula como: “perdi 30 kg com fibras naturais”, “sequei 22 quilos com cápsulas de centelha asiática”, “emagreci 27 kg com florais de Bach e colágeno”, “fiquei magra com a dieta da aveia” ou “perdi 20 quilos só comendo linhaça”. Pelo amor de Deus, quem é que vai passar o dia comendo linhaça? Estão confundindo a classe C com passarinho, só pode.
Quer reformar a casa? Nada de dicas de decoração baratas e de bom gosto. O objetivo é ensinar como tomar empréstimo e comprar móveis em parcelas. Ou então alguma coisa “criativa” que ninguém vai fazer, tipo uma parede toda de filtros de café usados. Juro que li isso. A parte da ascensão profissional vem em matérias como “fiquei famosa vendendo bombons de chocolate feitos em casa” ou “lucro 2500 reais por mês com meus doces”. Falar das possibilidades de voltar a estudar, de ter uma carreira ou se especializar para ser promovido no trabalho? Nada. Dicas culturais, de leitura, filmes, música, então, nem pensar.
Cada vez que vejo pesquisas dizendo que a mídia impressa está em baixa penso nestas revistas. A internet oferece grátis à classe C um cardápio ainda pobre, mas bem mais farto. Será que a nova classe média quer realmente ler estas revistas? A vendagem delas é razoável, mas nada impressionante. São todas inspiradas nas revistas populares inglesas, cuja campeã é a “Take a Break”. A fórmula é a mesma de uma “Sou + Eu”: dietas, histórias reais de sucesso ou escabrosas e distribuição de prêmios. Além deste tipo de abordagem, também fazem sucesso as publicações de fofocas de celebridades ou sobre programas de TV –aqui, as novelas.
Sei que deve ser utopia, mas gostaria de ver publicações para a classe C que ensinassem as pessoas a se alimentar melhor, que mostrassem como a obesidade anda perigosa no Brasil porque se come mal. Atacando, inclusive, refrigerantes, redes de fast food e guloseimas, sem se preocupar em perder anunciantes. Que priorizassem não as dietas, mas a educação alimentar e a importância de fazer exercícios e de levar uma vida saudável. Gostaria de ver reportagens ensinando as mulheres da classe C a se sentirem bem com seu próprio cabelo, muitas vezes cacheado, em vez de simplesmente copiarem as famosas. Que mostrassem como é possível se vestir bem gastando pouco, sem se importar com marcas.
Gostaria de ler reportagens nas revistas para a classe C alertando os pais para que vejam menos televisão e convivam mais com os filhos. Que falassem da necessidade de tirar as crianças do computador e de levá-las para passear ao ar livre. Que tivessem dicas de livros, notícias sobre o mundo, ciências, artes –é possível transformar tudo isso em informação acessível e não apenas para conhecedores, como se a cultura fosse patrimônio das classes A e B. Gostaria, enfim, de ver revistas populares que fossem feitas para ler de verdade, e que fizessem refletir. Mas a quem interessa que a classe C tenha suas próprias idéias?
Cynara Menezes
Cynara Menezes é jornalista. Atuou no extinto 'Jornal da Bahia', em Salvador, onde morava. Em 1989, de Brasília, atuava para diversos órgãos da imprensa. Morou dois anos na Espanha e outros dez em São Paulo, quando colaborou para a 'Folha de S. Paulo', 'Estadão', 'Veja' e para a revista 'VIP'. Está de volta a Brasília há dois anos e meio, de onde escreve para a CartaCapital.
Leia mais:
Em 21 meses, 13 milhões entram na classe econômica
EUA reconhecem conselho rebelde como autoridade legítima na Líbia
A era das fusões
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Notebook ecológico usa água para recarregar a bateria
Jornal Correio do Brasil:
"Notebook ecológico usa água para recarregar a bateria
15/7/2011 17:19, Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, EUA
Plantbook
O Plantbook é um notebook conceitual, idealizado a partir de uma folha de bambu. Inspirado na planta, o sistema de carga da bateria é ativado pelas habilidades de absorção da água e sua transformação em energia. Os designers Seunggi Baek & Hyerim Kim, criadores do Plantbook, explicaram que o sistema “utiliza um reservatório externo de onde o Plantbook continuamente absorve água quando imerso e gera energia através da eletrólise em uma placa de aquecimento solar instalado no topo”.
Para carregar o notebook, basta deixar o tubo, que é a própria bateria, em um reservatório qualquer de água, como um copo, que todo o processo de geração de energia vai se realizando, de uma maneira extremamente ecológica, uma vez que a integração com a natureza é perfeita. Além disso, enquanto carrega a bateria, ela vai eliminando o oxigênio não utilizado na geração da energia. O aviso de que o carregamento chegou ao final fica na alça feita de silicone e com formato de uma planta com LEDs dentro.
Plantbook
A folha avisa quando a carga da bateria para o Plantbook está completa
– Enviado usando a Barra de Ferramentas Google"
"Notebook ecológico usa água para recarregar a bateria
15/7/2011 17:19, Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, EUA
Plantbook
O Plantbook é um notebook conceitual, idealizado a partir de uma folha de bambu. Inspirado na planta, o sistema de carga da bateria é ativado pelas habilidades de absorção da água e sua transformação em energia. Os designers Seunggi Baek & Hyerim Kim, criadores do Plantbook, explicaram que o sistema “utiliza um reservatório externo de onde o Plantbook continuamente absorve água quando imerso e gera energia através da eletrólise em uma placa de aquecimento solar instalado no topo”.
Para carregar o notebook, basta deixar o tubo, que é a própria bateria, em um reservatório qualquer de água, como um copo, que todo o processo de geração de energia vai se realizando, de uma maneira extremamente ecológica, uma vez que a integração com a natureza é perfeita. Além disso, enquanto carrega a bateria, ela vai eliminando o oxigênio não utilizado na geração da energia. O aviso de que o carregamento chegou ao final fica na alça feita de silicone e com formato de uma planta com LEDs dentro.
Plantbook
A folha avisa quando a carga da bateria para o Plantbook está completa
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sexta-feira, 15 de julho de 2011
Economia e baixa natalidade diminuem migração interna no Brasil
BBC Brasil :
"Os brasileiros vêm se deslocando menos internamente nos últimos 15 anos e os grandes movimentos migratórios do Nordeste para o Sudeste chegaram ao fim, de acordo com o relatório Deslocamentos Populacionais do Brasil, divulgado nesta sexta feira pelo IBGE.
Para uma das condutoras da pesquisa, a economia e a baixa natalidade explicam a tendência.
Em 15 das 27 unidades da federação (Estados e o DF) a entrada e a saída de migrantes praticamente se equilibrou entre 2004 e 2009. Nenhum Estado foi classificado como 'de forte evasão' nem de 'forte absorção migratória'.
Segundo a pesquisadora Leda Ervatti, uma das autoras do estudo, que reúne dados do Censo e do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) desde 1994, o fim dos grandes excedentes populacionais e a desconcentração dos polos econômicos ajudam a explicar a tendência.
'Nas décadas de 60 e 70, os grandes fluxos incluíam populações rurais migrando para as cidades, com grandes contingentes se deslocando do Nordeste para o Sudeste. Isso também ocorria porque existia um grande excedente populacional, com altas taxas de natalidade e a mortalidade já baixando naquela época', diz. Segundo dados do IBGE, em 1960 a brasileira tinha em média 6,3 filhos, índice que caiu para 2,3, em 2000.
A maior uniformidade no desenvolvimento econômico, hoje não apenas concentrados no Sudeste, também explica o equilíbrio populacional na maioria dos Estados, com poucas exceções. Segundo a pesquisadora, a demografia e a economia tiveram papel complementar neste processo. Dados do IBGE mostram que entre 1995 e 2007, a participação do Sudeste no PIB nacional caiu de 59,1% para 56,4%, enquanto a do Nordeste aumentou de 12% para 13,1%.
Novos atrativos
O estudo também indica que metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro não têm mais exclusividade na atração dos migrantes, que agora buscam cidades de economia dinâmica, nos arredores das capitais.
É o caso de Sorocaba, destino da cearense Natália Mendonça, de 23 anos. Nascida em Fortaleza, ela se mudou há três anos para a cidade paulista de 586 mil habitantes, para se juntar aos tios, que haviam deixado o Estado natal havia 25 anos.
'Eu completei o ensino médio e vim passar férias. Como aqui tem mais oportunidades, resolvi ficar', conta Natália, que trabalha como auxiliar administrativa e aguarda o resultado de uma bolsa para cursar publicidade em uma universidade local.
O caso de Natália, no entanto, é muito diferente do dos tios com quem vive hoje. Seus parentes deixaram o Ceará há 25 anos, quando o contingente de nordestinos que se dirigiam para o Sudeste ainda era intenso.
Em números absolutos, o Sudeste ainda continua a ser a região que mais absorve brasileiros que decidem mudar de Estado. O Nordeste também é a região que mais expulsa seus habitantes.
Nos nos dois casos, no entanto, os números são menores que no passado. E nas duas regiões, o fluxo de entrada e saída de pessoas também atingiu o equilíbrio, a chamada 'rotatividade migratória'. Entre 2004 e 2009, 656,3 mil pessoas chegaram ao Sudeste e 668,8 mil saíram.
Ou seja, os brasileiros ainda estão se movendo, mas já não deixam a terra natal esvaziada nem encontram o novo destino abarrotado de novos habitantes.
Tendência
Tradicionalmente um Estado de absorção de migrantes, São Paulo viu o seu fluxo migratório (a diferença entre os que chegam e os que saem) entrar em equilíbrio.
Mas há ainda regiões que 'expulsam' suas populações, embora num volume muitíssimo menor que antes. Alagoas é o único Estado classificado como área de 'média evasão migratória'. Entre os de baixa evasão estão a Bahia, o Maranhão, o Piauí, o Pará e o Tocantins, nos dados de 2009.
Natália Mendonça. Arquivo pessoal
No outro lado da estatística, recebendo gente, estão Espírito Santo e Goiás, os dois únicos Estados classificados como área de média absorção, além de Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Amapá e Amazonas, considerados de baixa absorção.
Leila ressalta, no entanto, que os números de 2009 aprofundam uma tendência que começa a se observar ainda na década de 1980 e ganharam força nos últimos 15 anos.
Curta distância
Segundo a pesquisadora do IBGE, 'enquanto diminui os deslocamentos de grande distância, há indícios de que aumenta a migração de curta distância', entre municípios de um mesmo Estado e cidades da mesma região.
Os dados também mostram o aumento na chamada migração pendular – ou seja, de pessoas que estudam ou trabalham em outra cidade.
Chama a atenção ainda, em vários Estados, o percentual de 'retornados' no contingente de migrantes que se estabelecem no local.
O Rio Grande do Sul é o que relativamente mais recebeu os antigos moradores de volta, ou 23,98% dos 90,6 mil habitantes que se estabeleceram no Estado entre 2004 e 2009. Na sequência vêm Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Paraíba.
A pesquisadora do IBGE lembra, no entanto, que 'este percentual já foi maior'. De forma geral, diz Leila, 'os dados apontam para uma situação de equilíbrio', tendência que deve se sedimentar nos próximos anos.
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"Os brasileiros vêm se deslocando menos internamente nos últimos 15 anos e os grandes movimentos migratórios do Nordeste para o Sudeste chegaram ao fim, de acordo com o relatório Deslocamentos Populacionais do Brasil, divulgado nesta sexta feira pelo IBGE.
Para uma das condutoras da pesquisa, a economia e a baixa natalidade explicam a tendência.
Em 15 das 27 unidades da federação (Estados e o DF) a entrada e a saída de migrantes praticamente se equilibrou entre 2004 e 2009. Nenhum Estado foi classificado como 'de forte evasão' nem de 'forte absorção migratória'.
Segundo a pesquisadora Leda Ervatti, uma das autoras do estudo, que reúne dados do Censo e do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) desde 1994, o fim dos grandes excedentes populacionais e a desconcentração dos polos econômicos ajudam a explicar a tendência.
'Nas décadas de 60 e 70, os grandes fluxos incluíam populações rurais migrando para as cidades, com grandes contingentes se deslocando do Nordeste para o Sudeste. Isso também ocorria porque existia um grande excedente populacional, com altas taxas de natalidade e a mortalidade já baixando naquela época', diz. Segundo dados do IBGE, em 1960 a brasileira tinha em média 6,3 filhos, índice que caiu para 2,3, em 2000.
A maior uniformidade no desenvolvimento econômico, hoje não apenas concentrados no Sudeste, também explica o equilíbrio populacional na maioria dos Estados, com poucas exceções. Segundo a pesquisadora, a demografia e a economia tiveram papel complementar neste processo. Dados do IBGE mostram que entre 1995 e 2007, a participação do Sudeste no PIB nacional caiu de 59,1% para 56,4%, enquanto a do Nordeste aumentou de 12% para 13,1%.
Novos atrativos
O estudo também indica que metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro não têm mais exclusividade na atração dos migrantes, que agora buscam cidades de economia dinâmica, nos arredores das capitais.
É o caso de Sorocaba, destino da cearense Natália Mendonça, de 23 anos. Nascida em Fortaleza, ela se mudou há três anos para a cidade paulista de 586 mil habitantes, para se juntar aos tios, que haviam deixado o Estado natal havia 25 anos.
'Eu completei o ensino médio e vim passar férias. Como aqui tem mais oportunidades, resolvi ficar', conta Natália, que trabalha como auxiliar administrativa e aguarda o resultado de uma bolsa para cursar publicidade em uma universidade local.
O caso de Natália, no entanto, é muito diferente do dos tios com quem vive hoje. Seus parentes deixaram o Ceará há 25 anos, quando o contingente de nordestinos que se dirigiam para o Sudeste ainda era intenso.
Em números absolutos, o Sudeste ainda continua a ser a região que mais absorve brasileiros que decidem mudar de Estado. O Nordeste também é a região que mais expulsa seus habitantes.
Nos nos dois casos, no entanto, os números são menores que no passado. E nas duas regiões, o fluxo de entrada e saída de pessoas também atingiu o equilíbrio, a chamada 'rotatividade migratória'. Entre 2004 e 2009, 656,3 mil pessoas chegaram ao Sudeste e 668,8 mil saíram.
Ou seja, os brasileiros ainda estão se movendo, mas já não deixam a terra natal esvaziada nem encontram o novo destino abarrotado de novos habitantes.
Tendência
Tradicionalmente um Estado de absorção de migrantes, São Paulo viu o seu fluxo migratório (a diferença entre os que chegam e os que saem) entrar em equilíbrio.
Mas há ainda regiões que 'expulsam' suas populações, embora num volume muitíssimo menor que antes. Alagoas é o único Estado classificado como área de 'média evasão migratória'. Entre os de baixa evasão estão a Bahia, o Maranhão, o Piauí, o Pará e o Tocantins, nos dados de 2009.
Natália Mendonça. Arquivo pessoal
No outro lado da estatística, recebendo gente, estão Espírito Santo e Goiás, os dois únicos Estados classificados como área de média absorção, além de Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Amapá e Amazonas, considerados de baixa absorção.
Leila ressalta, no entanto, que os números de 2009 aprofundam uma tendência que começa a se observar ainda na década de 1980 e ganharam força nos últimos 15 anos.
Curta distância
Segundo a pesquisadora do IBGE, 'enquanto diminui os deslocamentos de grande distância, há indícios de que aumenta a migração de curta distância', entre municípios de um mesmo Estado e cidades da mesma região.
Os dados também mostram o aumento na chamada migração pendular – ou seja, de pessoas que estudam ou trabalham em outra cidade.
Chama a atenção ainda, em vários Estados, o percentual de 'retornados' no contingente de migrantes que se estabelecem no local.
O Rio Grande do Sul é o que relativamente mais recebeu os antigos moradores de volta, ou 23,98% dos 90,6 mil habitantes que se estabeleceram no Estado entre 2004 e 2009. Na sequência vêm Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Paraíba.
A pesquisadora do IBGE lembra, no entanto, que 'este percentual já foi maior'. De forma geral, diz Leila, 'os dados apontam para uma situação de equilíbrio', tendência que deve se sedimentar nos próximos anos.
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Pagot cai e Mário Couto estranhamente some
Congresso em Foco:
"Uma ausência no Senado tem intrigado quem acompanha a cena política em Brasília. Em meio à avalanche de notícias negativas sobre negociatas capitaneadas pelo PR no âmbito do Ministério dos Transportes, o senador Mário Couto (PSDB-PA) desapareceu. Crítico ferrenho do diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, – a quem costuma chamar de “ladrão” quando sobe à tribuna do plenário –, Mário poderia ter feito dos últimos dias o auge da sua carreira política no Senado. Afinal, ele sempre chamou a atenção para a existência de desvios no Dnit na administração de Pagot. E, como ele alertava, surgiram diversas denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes, que levaram a presidenta Dilma Rousseff a afastar toda a sua cúpula, incluindo o ministro Alfredo Nascimento. Oficialmente, Pagot, o alvo preferido de Mário Couto, está de férias, mas as informações é que ele não retornará ao cargo. Todos esperavam Mário Couto no plenário e nas comissões faturando politicamente que sempre alertara para os rolos de Pagot, do Dnit e do ministério. No entanto, enquanto seus adversários caíam, Mário Couto simplesmente desapareceu do Senado. Por quê? A razão é que, no âmbito de seu estado, o senador fechou os últimos dias tão enrolado quanto a cúpula do Ministério dos Transportes.
No último dia 6 de julho, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) chegou a manifestar a falta que sentia de Mário Couto em plenário para comentar os desmandos no Ministério dos Transportes. Na ocasião, Ataídes chegou a imitar o colega de partido, imaginando o que ele teria dito sobre as denúncias veiculadas pela imprensa. “Descobri que aqui, neste Parlamento, existe um profeta. Esse profeta chama-se Mário Couto”, iniciou o parlamentar tocantinense, antes de discursar contra os “escândalos” dos primeiros meses do governo Dilma Rousseff.
“Diversas vezes eu ouvi nesta tribuna o nosso ilustre senador Mário Couto falando sobre o caso Palocci e também sobre o caso Pagot. Interessante, senhoras e senhores senadores! Se hoje ele estivesse aqui, imagino que agiria da seguinte forma: ‘Meu amigo Pagot, eu o avisei que era para parar de roubar o dinheiro do povo. E agora, meu amigo Pagot, o que você vai fazer?’”, acrescentou Ataídes, alheio às reais razões do afastamento do colega de partido.
Na verdade, o que está por trás do sumiço de Mário é um processo aberto pelo Ministério Público do Pará que versa sobre indícios de irregularidades diversas, como fraudes em licitações e nas folhas de pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) entre 2003 e 2007, período em que era presidida pelo hoje senador do PSDB do Pará. Segundo a denúncia, Mário compunha uma quadrilha especializada em adulterar contracheques, autorizar compras superfaturadas, fraudar licitações, utilizar laranjas em negócios escusos e compactuar com a ocorrência de funcionários fantasmas no Legislativo paraense.
Para o deputado Cláudio Puty (PT-PA), o desdobramento do caso no Pará explica a ausência de Mário Couto no Congresso em Brasília nos últimos dias. Às voltas com as denúncias, Mário Couto estaria suscetível a ataques, e a simples aparição no Senado poderia suscitar um fogo cruzado. “Não se fala em corda em casa de enforcado”, resumiu Puty em entrevista ao Congresso em Foco, recorrendo ao dito popular.
Mário “Tapiocouto”
Coordenador de uma comissão externa instalada na Câmara, em 27 de abril, para acompanhar as investigações em curso no Pará, como instrumento de subsídio para o trabalho do Ministério Público Federal (MPF), Cláudio Puty disse que a “série de falcatruas” atribuídas à gestão de Mário Couto é o mais grave escândalo da Alepa.
“Como as investigações demonstram que os espetos na casa do senador Mário Couto eram de pau, ele provavelmente não se sente mais tão à vontade para posar de paladino da moralidade. Há uma avalanche de denúncias na Procuradoria-Geral da República [PGR] que o envolvem numa das maiores falcatruas da história do Pará”, afirmou o deputado, referindo-se à ação movida há duas semanas pelo diretório nacional do PT, na figura do presidente, Rui Falcão, contra o tucano.
Puty explica que a comissão dá respaldo e visibilidade às apurações do MPF, bem como ao Ministério Público do Pará, onde foi iniciado o trabalho investigativo. “As denúncias seguem em três linhas: fraude em folha de pagamento, com funcionários fantasmas e laranjas; fraude em licitações; e sonegação e evasão fiscal, uma vez que, com a fraude na folha, a consequência é o não pagamento de tributos”, acrescenta o petista.
As investigações, diz Cláudio Puty, estão focadas nas mais recentes gestões da Alepa – antes de Mário Couto, quem capitaneou a instituição e teria iniciado a série de desmandos foi Domingos Juvenil, então deputado do PMDB, ligado ao ex-senador Jader Barbalho. “O escândalo estourou quando uma pessoa chamada Mônica Pinto, partícipe no esquema, foi exonerada e decidiu contar tudo. Ela, que é ré [no processo iniciado no MP] por estar envolvida nas falcatruas, era uma servidora DAS [posto de direção] e resolveu contar tudo”, disse o deputado, acrescentando que também há no caso denúncias sobre financiamento de campanha de Mário Couto.
Uma das empresas doadoras à campanha de Mário Couto em 2006, diz o deputado, tinha como razão social a venda de tapiocas – razão pela qual o senador e o caso foram apelidados no Pará, respectivamente, de “Tapiocouto” e “Tapiogate”. Puty diz ainda que investigações anteriores sobre o caso haviam sido “abafadas”, o que teria movido o diretório nacional do PT a agir no âmbito federal – por ter foro privilegiado como senador, o tucano só pode ser enquadrado pelo Supremo Tribunal Federal, provocado pela PGR.
Em reação, diz Puty, Mário Couto “reclamou muito, estrebuchou” e disse que denunciaria também deputados petistas, mas até agora “não explicou as denúncias”.
A reportagem procurou, por e-mail e telefone, ouvir as explicações de Mário Couto, mas não obteve retorno. A assessoria do senador informou que ele estaria afastado do Senado na semana pré-recesso, em viagem, mas que tentaria localizá-lo. Até o fechamento desta edição a assessoria também não deu retorno.
Leia também:
Comissão da Câmara acompanha “Tapiogate”
O que Mário Couto já disse sobre Pagot
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"Uma ausência no Senado tem intrigado quem acompanha a cena política em Brasília. Em meio à avalanche de notícias negativas sobre negociatas capitaneadas pelo PR no âmbito do Ministério dos Transportes, o senador Mário Couto (PSDB-PA) desapareceu. Crítico ferrenho do diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, – a quem costuma chamar de “ladrão” quando sobe à tribuna do plenário –, Mário poderia ter feito dos últimos dias o auge da sua carreira política no Senado. Afinal, ele sempre chamou a atenção para a existência de desvios no Dnit na administração de Pagot. E, como ele alertava, surgiram diversas denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes, que levaram a presidenta Dilma Rousseff a afastar toda a sua cúpula, incluindo o ministro Alfredo Nascimento. Oficialmente, Pagot, o alvo preferido de Mário Couto, está de férias, mas as informações é que ele não retornará ao cargo. Todos esperavam Mário Couto no plenário e nas comissões faturando politicamente que sempre alertara para os rolos de Pagot, do Dnit e do ministério. No entanto, enquanto seus adversários caíam, Mário Couto simplesmente desapareceu do Senado. Por quê? A razão é que, no âmbito de seu estado, o senador fechou os últimos dias tão enrolado quanto a cúpula do Ministério dos Transportes.
No último dia 6 de julho, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) chegou a manifestar a falta que sentia de Mário Couto em plenário para comentar os desmandos no Ministério dos Transportes. Na ocasião, Ataídes chegou a imitar o colega de partido, imaginando o que ele teria dito sobre as denúncias veiculadas pela imprensa. “Descobri que aqui, neste Parlamento, existe um profeta. Esse profeta chama-se Mário Couto”, iniciou o parlamentar tocantinense, antes de discursar contra os “escândalos” dos primeiros meses do governo Dilma Rousseff.
“Diversas vezes eu ouvi nesta tribuna o nosso ilustre senador Mário Couto falando sobre o caso Palocci e também sobre o caso Pagot. Interessante, senhoras e senhores senadores! Se hoje ele estivesse aqui, imagino que agiria da seguinte forma: ‘Meu amigo Pagot, eu o avisei que era para parar de roubar o dinheiro do povo. E agora, meu amigo Pagot, o que você vai fazer?’”, acrescentou Ataídes, alheio às reais razões do afastamento do colega de partido.
Na verdade, o que está por trás do sumiço de Mário é um processo aberto pelo Ministério Público do Pará que versa sobre indícios de irregularidades diversas, como fraudes em licitações e nas folhas de pagamento de servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) entre 2003 e 2007, período em que era presidida pelo hoje senador do PSDB do Pará. Segundo a denúncia, Mário compunha uma quadrilha especializada em adulterar contracheques, autorizar compras superfaturadas, fraudar licitações, utilizar laranjas em negócios escusos e compactuar com a ocorrência de funcionários fantasmas no Legislativo paraense.
Para o deputado Cláudio Puty (PT-PA), o desdobramento do caso no Pará explica a ausência de Mário Couto no Congresso em Brasília nos últimos dias. Às voltas com as denúncias, Mário Couto estaria suscetível a ataques, e a simples aparição no Senado poderia suscitar um fogo cruzado. “Não se fala em corda em casa de enforcado”, resumiu Puty em entrevista ao Congresso em Foco, recorrendo ao dito popular.
Mário “Tapiocouto”
Coordenador de uma comissão externa instalada na Câmara, em 27 de abril, para acompanhar as investigações em curso no Pará, como instrumento de subsídio para o trabalho do Ministério Público Federal (MPF), Cláudio Puty disse que a “série de falcatruas” atribuídas à gestão de Mário Couto é o mais grave escândalo da Alepa.
“Como as investigações demonstram que os espetos na casa do senador Mário Couto eram de pau, ele provavelmente não se sente mais tão à vontade para posar de paladino da moralidade. Há uma avalanche de denúncias na Procuradoria-Geral da República [PGR] que o envolvem numa das maiores falcatruas da história do Pará”, afirmou o deputado, referindo-se à ação movida há duas semanas pelo diretório nacional do PT, na figura do presidente, Rui Falcão, contra o tucano.
Puty explica que a comissão dá respaldo e visibilidade às apurações do MPF, bem como ao Ministério Público do Pará, onde foi iniciado o trabalho investigativo. “As denúncias seguem em três linhas: fraude em folha de pagamento, com funcionários fantasmas e laranjas; fraude em licitações; e sonegação e evasão fiscal, uma vez que, com a fraude na folha, a consequência é o não pagamento de tributos”, acrescenta o petista.
As investigações, diz Cláudio Puty, estão focadas nas mais recentes gestões da Alepa – antes de Mário Couto, quem capitaneou a instituição e teria iniciado a série de desmandos foi Domingos Juvenil, então deputado do PMDB, ligado ao ex-senador Jader Barbalho. “O escândalo estourou quando uma pessoa chamada Mônica Pinto, partícipe no esquema, foi exonerada e decidiu contar tudo. Ela, que é ré [no processo iniciado no MP] por estar envolvida nas falcatruas, era uma servidora DAS [posto de direção] e resolveu contar tudo”, disse o deputado, acrescentando que também há no caso denúncias sobre financiamento de campanha de Mário Couto.
Uma das empresas doadoras à campanha de Mário Couto em 2006, diz o deputado, tinha como razão social a venda de tapiocas – razão pela qual o senador e o caso foram apelidados no Pará, respectivamente, de “Tapiocouto” e “Tapiogate”. Puty diz ainda que investigações anteriores sobre o caso haviam sido “abafadas”, o que teria movido o diretório nacional do PT a agir no âmbito federal – por ter foro privilegiado como senador, o tucano só pode ser enquadrado pelo Supremo Tribunal Federal, provocado pela PGR.
Em reação, diz Puty, Mário Couto “reclamou muito, estrebuchou” e disse que denunciaria também deputados petistas, mas até agora “não explicou as denúncias”.
A reportagem procurou, por e-mail e telefone, ouvir as explicações de Mário Couto, mas não obteve retorno. A assessoria do senador informou que ele estaria afastado do Senado na semana pré-recesso, em viagem, mas que tentaria localizá-lo. Até o fechamento desta edição a assessoria também não deu retorno.
Leia também:
Comissão da Câmara acompanha “Tapiogate”
O que Mário Couto já disse sobre Pagot
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Em um ano, banda larga cresce 49% no país
BRASIL! BRASIL!:
"“Com a expansão dos celulares de terceira geração (3G) no mercado brasileiro, o número de usuários de internet de alta velocidade no país cresceu 49% nos últimos 12 meses e chegou a 43,7 milhões de clientes ao fim do primeiro semestre deste ano.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), 8,5 milhões de novas conexões de banda larga foram ativadas entre janeiro e junho, o que significa um novo cliente a cada dois segundos.
Mesmo antes da entrada em operação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que promete universalizar o acesso à internet rápida a preços acessíveis, 15,5 milhões de usuários passaram a ter o serviço desde julho do ano passado. O levantamento leva em conta a banda larga fixa e móvel, incluindo modems e celulares de terceira geração.
O serviço móvel foi o que mais cresceu nos últimos 12 meses, com expansão de 67%, chegando a 27,9 milhões de usuários ao fim de junho deste ano. Somente o acesso por celular 3G aumentou 90%, alcançando 21,3 milhões de aparelhos.
Já a banda larga fixa se expandiu 26% nesse período, para 15,8 milhões de conexões. Segundo a Telebrasil, somente no mês passado, 1,8 milhão de novos acessos foram ativados em todas as modalidades.”
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"“Com a expansão dos celulares de terceira geração (3G) no mercado brasileiro, o número de usuários de internet de alta velocidade no país cresceu 49% nos últimos 12 meses e chegou a 43,7 milhões de clientes ao fim do primeiro semestre deste ano.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), 8,5 milhões de novas conexões de banda larga foram ativadas entre janeiro e junho, o que significa um novo cliente a cada dois segundos.
Mesmo antes da entrada em operação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que promete universalizar o acesso à internet rápida a preços acessíveis, 15,5 milhões de usuários passaram a ter o serviço desde julho do ano passado. O levantamento leva em conta a banda larga fixa e móvel, incluindo modems e celulares de terceira geração.
O serviço móvel foi o que mais cresceu nos últimos 12 meses, com expansão de 67%, chegando a 27,9 milhões de usuários ao fim de junho deste ano. Somente o acesso por celular 3G aumentou 90%, alcançando 21,3 milhões de aparelhos.
Já a banda larga fixa se expandiu 26% nesse período, para 15,8 milhões de conexões. Segundo a Telebrasil, somente no mês passado, 1,8 milhão de novos acessos foram ativados em todas as modalidades.”
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quinta-feira, 14 de julho de 2011
Mil cidades brasileiras terão internet móvel
AdNews:
Web móvel em 1000 cidades
A TIM Brasil fechou contrato com a Telebrás para participar do programa do governo federal de universalização do acesso à internet no Brasil. O anúncio foi feito hoje em cerimônia realizada no Ministério das Comunicações.
O projeto, disponível inicialmente em duas cidades de Goiás e duas do Distrito Federal, é massificar o acesso à internet móvel com uma versão do plano Liberty Web, criada especialmente para esta parceria.
A oferta oferece conexão à web com velocidade de até 1Mbps por R$ 35 mensais – o valor foi estabelecido como uma das diretrizes do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Até o fim do próximo ano, a expectativa das empresas parceiras é contemplar 1000 cidades do país com o Plano.
A iniciativa utilizará a rede móvel da operadora, que possui abrangência nacional, para promover o acesso à banda larga móvel em desktops e notebooks via modem, e está em linha com o comprometimento da companhia com a inclusão digital.
“Desde que mudamos o modelo de tarifação no segmento de voz, sinalizamos nossa preocupação em oferecer soluções de mobilidade plena para os brasileiros, com planos mais acessíveis. Consolidamos a estratégia com ofertas de dados cobradas de forma ilimitada, simples e com preços competitivos. Nesta parceria da TIM com o governo federal, o consumidor será o principal beneficiado. Terá acesso de qualidade à internet móvel por um preço que cabe no seu bolso”, diz Rogerio Takayanagi, diretor de Marketing da TIM Brasil.
Com início de comercialização prevista até setembro de 2011, o plano estará disponível nas cidades de Samambaia, Recanto das Emas, Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto. Para contratar, bastará comparecer a um ponto de venda credenciado da TIM com comprovante de residência em um desses municípios. O minimodem sai por R$ 96, parcelado em até 12 vezes de R$ 8 no cartão de crédito. A venda do plano será limitada a um acesso por CPF.
“A parceria com a Telebrás é um dos grandes marcos deste ano. Estamos trabalhando a quatro mãos com o governo para definição das próximas cidades a serem contempladas pelo PNBL e nossa meta é superar 1000 localidades até o final de 2012. É compromisso da TIM trabalhar para promover a inclusão digital para o maior número possível de consumidores”, avalia Mario Girasole, diretor de Assuntos Regulatórios da TIM Brasil.
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Web móvel em 1000 cidades
A TIM Brasil fechou contrato com a Telebrás para participar do programa do governo federal de universalização do acesso à internet no Brasil. O anúncio foi feito hoje em cerimônia realizada no Ministério das Comunicações.
O projeto, disponível inicialmente em duas cidades de Goiás e duas do Distrito Federal, é massificar o acesso à internet móvel com uma versão do plano Liberty Web, criada especialmente para esta parceria.
A oferta oferece conexão à web com velocidade de até 1Mbps por R$ 35 mensais – o valor foi estabelecido como uma das diretrizes do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Até o fim do próximo ano, a expectativa das empresas parceiras é contemplar 1000 cidades do país com o Plano.
A iniciativa utilizará a rede móvel da operadora, que possui abrangência nacional, para promover o acesso à banda larga móvel em desktops e notebooks via modem, e está em linha com o comprometimento da companhia com a inclusão digital.
“Desde que mudamos o modelo de tarifação no segmento de voz, sinalizamos nossa preocupação em oferecer soluções de mobilidade plena para os brasileiros, com planos mais acessíveis. Consolidamos a estratégia com ofertas de dados cobradas de forma ilimitada, simples e com preços competitivos. Nesta parceria da TIM com o governo federal, o consumidor será o principal beneficiado. Terá acesso de qualidade à internet móvel por um preço que cabe no seu bolso”, diz Rogerio Takayanagi, diretor de Marketing da TIM Brasil.
Com início de comercialização prevista até setembro de 2011, o plano estará disponível nas cidades de Samambaia, Recanto das Emas, Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto. Para contratar, bastará comparecer a um ponto de venda credenciado da TIM com comprovante de residência em um desses municípios. O minimodem sai por R$ 96, parcelado em até 12 vezes de R$ 8 no cartão de crédito. A venda do plano será limitada a um acesso por CPF.
“A parceria com a Telebrás é um dos grandes marcos deste ano. Estamos trabalhando a quatro mãos com o governo para definição das próximas cidades a serem contempladas pelo PNBL e nossa meta é superar 1000 localidades até o final de 2012. É compromisso da TIM trabalhar para promover a inclusão digital para o maior número possível de consumidores”, avalia Mario Girasole, diretor de Assuntos Regulatórios da TIM Brasil.
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quarta-feira, 13 de julho de 2011
Crescimento econômico estimula doméstica a mudar de emprego
BBC Brasil : "O crescimento econômico brasileiro vem estimulando a migração de empregadas domésticas para outros setores da economia, como empresas de telemarketing, supermercados ou clínicas hospitalares.
Nas seis principais metrópoles do país, onde mais de 1,6 milhão desempenham serviços domésticos, a tendência tem sido de queda consecutiva no número de empregados no setor desde setembro, aponta o economista Rodrigo Leandro de Moura, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) com a possível migração para outros setores. Nos últimos 12 meses, após alguns anos de sobe-desce, as estatísticas mostram que a categoria perdeu 81 mil pessoas, a maioria em empregos sem carteira assinada.
“Ao longo da última década, houve um encolhimento do setor informal da economia, e acredito que as domésticas também estejam seguindo este caminho. É provável que outros setores estejam ‘roubando’ essas trabalhadoras, que estão procurando emprego com carteira assinada”, analisa.
Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), relaciona o fenômeno ao fato de o Brasil estar perto do pleno emprego e assistindo à ampliação do chamado 'apagão de mão-de-obra', mas com características bem específicas.
Enquanto a expressão costuma ser usada para designar a falta de mão-de-obra qualificada, neste caso, diz Neri, é o mercado de trabalho das categorias de base que está pressionado. 'No fundo, temos um apagão de mão-de-obra não qualificada. Está faltando peão de obra, agricultor, garçom, empregada. Não há sinais na base de haver uma reserva de mercado e os salários estão sendo pressionados', diz.
Fuga da nova geração
Com maior escolaridade, renda e desejo de ingressar no mercado de trabalho formal, sobretudo mulheres mais novas têm buscado empregos em outras áreas. É o que indica, por um lado, a redução do percentual de jovens entre empregadas domésticas, e, por outro, o aumento da idade média das domésticas em atividade, hoje de 39 anos.
De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o contingente de mulheres jovens de 18 a 24 anos empregadas no setor caiu pela metade entre 1999 e 2009, passando de 21,7% para 11,1%. Já as mulheres de 30 a 44 anos passaram a representar 42,5% das trabalhadoras do setor, contra 37% em 1999.
“Estamos vendo um envelhecimento da categoria. As mais jovens, em função do aumento da escolaridade, vão se deslocar para outras ocupações”, diz Luana Pinheiro, pesquisadora do Ipea. “O trabalho doméstico é um trabalho precário, de baixa qualidade. Se a pessoa tem a possibilidade de se ocupar em outros lugares com a sua qualificação, é evidente que vai optar por isso.”
Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular - instituto de pesquisas e consultoria em São Paulo - diz que a categoria perde trabalhadoras de duas formas: há tanto as domésticas que conseguem migrar para outras carreiras após alguns anos na profissão quanto pessoas que, pelo perfil sócio-econômico, seriam historicamente levadas ao trabalho doméstico, mas que já entram no mercado de trabalho por outros caminhos.
A história da carioca Bárbara José Antunes Baptista, de 24 anos, é um exemplo bem-sucedido dessa mudança de rumo. O investimento da mãe, que trabalhou como doméstica até falecer em 2005, na educação da filha rendeu frutos. Formada em biotecnologia, a jovem faz hoje mestrado em imunologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
'Eu não segui a profissão da minha mãe, mas isso porque ela me deu muito apoio e uma direção para que eu buscasse uma profissão que pudesse me dar um retorno melhor na vida, e melhores condições financeiras', diz Bárbara.
“A nova geração foge do emprego doméstico”, reitera Meirelles. “Não é pelo salário, é pela perspectiva de crescimento. Com o emprego formal, podem até ganhar menos quando se conta na ponta do lápis, mas passam a ter benefícios, a segurança da carteira assinada e, principalmente, perspectiva de crescimento profissional.”
Para ele, a mudança se dá, sobretudo, pela democratização do ensino. Entre 2002 e 2011, a pesquisa do Data Popular mostra que a proporção de trabalhadoras com ensino médio completo quase dobrou (passando de 12,7% para 23,3%).
“Com uma renda maior, elas estão investindo em educação, e ao investir em educação elas deixam de ser domésticas”, diz Meirelles.
A renda da categoria teve aumento acima da média entre 2002 e 2011. Enquanto o brasileiro médio teve aumento de 25% no período, no caso das domésticas, o incremento foi de 43,5%. A categoria movimenta hoje R$ 43 bilhões com o dinheiro do próprio salário, um salto de 66% em relação a 2002 (quando a renda somava R$ 25,9 bilhões).
A educação foi o caminho da carioca Leila Ramos Barbosa para deixar o serviço doméstico em busca de ascensão profissional.
Filha de uma família destroçada após o abandono da mãe e o alcoolismo do pai na infância, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, ela começou a trabalhar como empregada doméstica aos 13 anos. Depois de já ter sobrevivido de restos de feira livre catados nas ruas e rejeitado a escolha de amigas da adolescência que seguiram o caminho da prostituição, Leila voltou para a escola aos 17 anos para completar o ensino fundamental e médio. Hoje é técnica de enfermagem. 'Eu não me envergonho de ter trabalhado em casa de família, mas eu tinha um sonho, o sonho de melhorar.'
Clique Assista o vídeo com o depoimento de Leila Ramos Barbosa.
Serviço de luxo
Para Rodrigo Leandro de Moura o Brasil pode estar caminhando para uma realidade mais próxima à dos países ricos. O serviço doméstico, outrora amplamente acessível à classe média, pode vir a se tornar um 'serviço de luxo', considera.
Na semana passada, o ministro da Economia, Guido Mantega, afirmou em Londres que as empregadas domésticas são uma parte subutilizada do mercado de trabalho no Brasil, e começam a preencher empregos gerados pelo aquecimento da economia no país.
“As empregadas domésticas são algo que quase não existe mais nos países avançados, e é uma reserva de trabalho que o Brasil tem”, disse.
Clique Leia mais na BBC Brasil: Domésticas são reserva subutilizada de trabalho, diz Mantega
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Nas seis principais metrópoles do país, onde mais de 1,6 milhão desempenham serviços domésticos, a tendência tem sido de queda consecutiva no número de empregados no setor desde setembro, aponta o economista Rodrigo Leandro de Moura, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) com a possível migração para outros setores. Nos últimos 12 meses, após alguns anos de sobe-desce, as estatísticas mostram que a categoria perdeu 81 mil pessoas, a maioria em empregos sem carteira assinada.
“Ao longo da última década, houve um encolhimento do setor informal da economia, e acredito que as domésticas também estejam seguindo este caminho. É provável que outros setores estejam ‘roubando’ essas trabalhadoras, que estão procurando emprego com carteira assinada”, analisa.
Marcelo Neri, economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), relaciona o fenômeno ao fato de o Brasil estar perto do pleno emprego e assistindo à ampliação do chamado 'apagão de mão-de-obra', mas com características bem específicas.
Enquanto a expressão costuma ser usada para designar a falta de mão-de-obra qualificada, neste caso, diz Neri, é o mercado de trabalho das categorias de base que está pressionado. 'No fundo, temos um apagão de mão-de-obra não qualificada. Está faltando peão de obra, agricultor, garçom, empregada. Não há sinais na base de haver uma reserva de mercado e os salários estão sendo pressionados', diz.
Fuga da nova geração
Com maior escolaridade, renda e desejo de ingressar no mercado de trabalho formal, sobretudo mulheres mais novas têm buscado empregos em outras áreas. É o que indica, por um lado, a redução do percentual de jovens entre empregadas domésticas, e, por outro, o aumento da idade média das domésticas em atividade, hoje de 39 anos.
De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o contingente de mulheres jovens de 18 a 24 anos empregadas no setor caiu pela metade entre 1999 e 2009, passando de 21,7% para 11,1%. Já as mulheres de 30 a 44 anos passaram a representar 42,5% das trabalhadoras do setor, contra 37% em 1999.
“Estamos vendo um envelhecimento da categoria. As mais jovens, em função do aumento da escolaridade, vão se deslocar para outras ocupações”, diz Luana Pinheiro, pesquisadora do Ipea. “O trabalho doméstico é um trabalho precário, de baixa qualidade. Se a pessoa tem a possibilidade de se ocupar em outros lugares com a sua qualificação, é evidente que vai optar por isso.”
Filha de doméstica, Bárbara Baptista se formou em biotecnologia e faz mestrado em imunologia |
Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular - instituto de pesquisas e consultoria em São Paulo - diz que a categoria perde trabalhadoras de duas formas: há tanto as domésticas que conseguem migrar para outras carreiras após alguns anos na profissão quanto pessoas que, pelo perfil sócio-econômico, seriam historicamente levadas ao trabalho doméstico, mas que já entram no mercado de trabalho por outros caminhos.
A história da carioca Bárbara José Antunes Baptista, de 24 anos, é um exemplo bem-sucedido dessa mudança de rumo. O investimento da mãe, que trabalhou como doméstica até falecer em 2005, na educação da filha rendeu frutos. Formada em biotecnologia, a jovem faz hoje mestrado em imunologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
'Eu não segui a profissão da minha mãe, mas isso porque ela me deu muito apoio e uma direção para que eu buscasse uma profissão que pudesse me dar um retorno melhor na vida, e melhores condições financeiras', diz Bárbara.
“A nova geração foge do emprego doméstico”, reitera Meirelles. “Não é pelo salário, é pela perspectiva de crescimento. Com o emprego formal, podem até ganhar menos quando se conta na ponta do lápis, mas passam a ter benefícios, a segurança da carteira assinada e, principalmente, perspectiva de crescimento profissional.”
Para ele, a mudança se dá, sobretudo, pela democratização do ensino. Entre 2002 e 2011, a pesquisa do Data Popular mostra que a proporção de trabalhadoras com ensino médio completo quase dobrou (passando de 12,7% para 23,3%).
“Com uma renda maior, elas estão investindo em educação, e ao investir em educação elas deixam de ser domésticas”, diz Meirelles.
A renda da categoria teve aumento acima da média entre 2002 e 2011. Enquanto o brasileiro médio teve aumento de 25% no período, no caso das domésticas, o incremento foi de 43,5%. A categoria movimenta hoje R$ 43 bilhões com o dinheiro do próprio salário, um salto de 66% em relação a 2002 (quando a renda somava R$ 25,9 bilhões).
A educação foi o caminho da carioca Leila Ramos Barbosa para deixar o serviço doméstico em busca de ascensão profissional.
Filha de uma família destroçada após o abandono da mãe e o alcoolismo do pai na infância, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, ela começou a trabalhar como empregada doméstica aos 13 anos. Depois de já ter sobrevivido de restos de feira livre catados nas ruas e rejeitado a escolha de amigas da adolescência que seguiram o caminho da prostituição, Leila voltou para a escola aos 17 anos para completar o ensino fundamental e médio. Hoje é técnica de enfermagem. 'Eu não me envergonho de ter trabalhado em casa de família, mas eu tinha um sonho, o sonho de melhorar.'
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Serviço de luxo
Para Rodrigo Leandro de Moura o Brasil pode estar caminhando para uma realidade mais próxima à dos países ricos. O serviço doméstico, outrora amplamente acessível à classe média, pode vir a se tornar um 'serviço de luxo', considera.
Na semana passada, o ministro da Economia, Guido Mantega, afirmou em Londres que as empregadas domésticas são uma parte subutilizada do mercado de trabalho no Brasil, e começam a preencher empregos gerados pelo aquecimento da economia no país.
“As empregadas domésticas são algo que quase não existe mais nos países avançados, e é uma reserva de trabalho que o Brasil tem”, disse.
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Em seis meses, o número de beneficiados pelo Farmácia Popular cresceu 127%
Blog do Planalto:
"Balanço do Ministério da Saúde (MS) divulgado esta semana mostra que o número de pessoas beneficiadas pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular aumentou 127% em todo o Brasil, passando de 1.258.466 (jan/2011) para 2.862.947 (jun/2011) de assistidos.
O aumento do número de beneficiados pelo programa, dentre outros fatores, foi impulsionado pela ação Saúde Não Tem Preço, lançada em fevereiro deste ano pela presidenta Dilma Rousseff e participante do programa Aqui Tem Farmácia Popular, que proporcionou o acesso gratuito a medicamentos contra diabetes e hipertensão.
Os usuários de medicamentos contra diabetes cresceram 100%, passando de 356.002 para 713.923/mês, enquanto os hipertensos assistidos passaram de 812.950 (fev/2010) para 1.910.133 (jun/2010), uma elevação de 33% do total.
Os números mostram que o brasileiro está mais e melhor assistido para o tratamento dessas doenças diretamente relacionadas aos novos hábitos de vida da população, que são o diabetes e a hipertensão”, afirma Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
Atualmente, o Brasil possui 33 milhões de pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial, sendo 80% delas tratadas pela rede pública de saúde. Se comparado aos hipertensos, os diabéticos formam um número bem mais reduzido, somando 7,5 milhões de brasileiros, com 80% deles assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Além desse público, o Aqui Tem Farmácia Popular oferece outros 14 tipos de medicamentos (com 90% de desconto) e ainda fraldas geriátricas e anticoncepcionais, que podem ser adquiridos nas mais de 15 mil farmácias e drogarias da rede privada e mais de 500 unidades próprias do programa. Tais medicamentos combatem enfermidades como asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, gripe e dislipedemia (colesterol alto e outras disfunções saguíneas).
Para adquirir os remédios e produtos disponíveis pelo Aqui Tem Farmácia Popular os usuários precisam apresentar CPF, documento com foto e receita médica no momento da compra, a fim de evitar a automedicação e incentivar o uso racional de medicamentos.
Saúde economiza R$ 603,5 milhões
Outro dado do Ministério da Saúde comprova que a adoção medidas de gestão permitiram uma grande economia de recursos públicos, que estão sendo reinvestidos na melhoria do atendimento ao cidadão pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Só no primeiro semestre deste ano, o ministério conseguiu economizar R$ 603,5 milhões em processos de aquisição de medicamentos e insumos para a saúde. Foram adotadas ferramentas como a utilização de banco de preços internacionais, negociação direta com os fabricantes, centralização da compra de alguns produtos e atendimento a recomendações de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União.
Se incluída a variação cambial para os produtos comprados em dólar, a economia chega a R$ 651 milhões. “Com o dinheiro que conseguimos economizar, vamos ampliar o acesso da população a medicamentos e outros produtos para a saúde”, afirma o ministro Alexandre Padilha. “É reinvestir o dinheiro da saúde na melhoria da saúde dos brasileiros”, completa. De janeiro a junho deste ano, o Ministério da Saúde adquiriu mais de 80 itens de medicamentos e insumos a um valor total de R$ 1,7 bilhão. Sem as medidas de gestão, esse gasto seria elevado para R$ 2,3 bilhões.
EXEMPLOS – Para se ter uma ideia do valor da economia obtida pelo Ministério da Saúde, os recursos (R$ 603,5 milhões) são suficientes para a instalação de aproximadamente 200 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). Só com a compra de hemoderivados (medicamentos produzidos a partir do processamento do sangue), foi possível economizar R$ 63,2 milhões – quase 10% do total da economia nas compras deste semestre. Estes produtos custariam R$ 306,2 milhões e, após negociações, foram adquiridos a um valor de R$ 243 milhões.
Outros importantes exemplos dos avanços no processo de compra de medicamentos e insumos pelo Ministério da Saúde foi a aquisição de antirretrovirais e anticoncepcionais para o abastecimento do SUS. A economia, neste semestre, com parte da compra do medicamento Kaletra – inserido no Programa Nacional de HIV/Aids – chegou a R$ 28,2 milhões (considerando o dólar a R$ 1,65). Este quantitativo, adquirido por R$ 91 milhões, foi comprado a quase R$ 100 milhões, em 2010.
Já a economia com a compra de parte de quantitativos do anticoncepcional Levonorgestrel, neste primeiro semestre, foi de R$ 1,7 milhão. Cartelas deste medicamento custaram, ao Ministério da Saúde, R$ 3,4 milhões. Em 2010, o gasto com a aquisição de cartelas do mesmo produto chegou a R$ 19,8 milhões.
“A centralização da compra pelo Ministério da Saúde faz com que o preço baixe consideravelmente pelo chamado ‘ganho de escala’, que é a compra de grandes quantitativos do produto”, explica Alexandre Padilha. “Ao se utilizar o poder de compra do governo federal, é possível comprar mais pelo menor preço, atendendo a uma maior quantidade de pessoas, com a melhor assistência possível. Em muitos casos, conseguimos reduzimos o preço até pela metade”, acrescenta o ministro.
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"Balanço do Ministério da Saúde (MS) divulgado esta semana mostra que o número de pessoas beneficiadas pelo programa Aqui Tem Farmácia Popular aumentou 127% em todo o Brasil, passando de 1.258.466 (jan/2011) para 2.862.947 (jun/2011) de assistidos.
O aumento do número de beneficiados pelo programa, dentre outros fatores, foi impulsionado pela ação Saúde Não Tem Preço, lançada em fevereiro deste ano pela presidenta Dilma Rousseff e participante do programa Aqui Tem Farmácia Popular, que proporcionou o acesso gratuito a medicamentos contra diabetes e hipertensão.
Os usuários de medicamentos contra diabetes cresceram 100%, passando de 356.002 para 713.923/mês, enquanto os hipertensos assistidos passaram de 812.950 (fev/2010) para 1.910.133 (jun/2010), uma elevação de 33% do total.
Os números mostram que o brasileiro está mais e melhor assistido para o tratamento dessas doenças diretamente relacionadas aos novos hábitos de vida da população, que são o diabetes e a hipertensão”, afirma Alexandre Padilha, ministro da Saúde.
Atualmente, o Brasil possui 33 milhões de pessoas diagnosticadas com hipertensão arterial, sendo 80% delas tratadas pela rede pública de saúde. Se comparado aos hipertensos, os diabéticos formam um número bem mais reduzido, somando 7,5 milhões de brasileiros, com 80% deles assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Além desse público, o Aqui Tem Farmácia Popular oferece outros 14 tipos de medicamentos (com 90% de desconto) e ainda fraldas geriátricas e anticoncepcionais, que podem ser adquiridos nas mais de 15 mil farmácias e drogarias da rede privada e mais de 500 unidades próprias do programa. Tais medicamentos combatem enfermidades como asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, gripe e dislipedemia (colesterol alto e outras disfunções saguíneas).
Para adquirir os remédios e produtos disponíveis pelo Aqui Tem Farmácia Popular os usuários precisam apresentar CPF, documento com foto e receita médica no momento da compra, a fim de evitar a automedicação e incentivar o uso racional de medicamentos.
Saúde economiza R$ 603,5 milhões
Outro dado do Ministério da Saúde comprova que a adoção medidas de gestão permitiram uma grande economia de recursos públicos, que estão sendo reinvestidos na melhoria do atendimento ao cidadão pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Só no primeiro semestre deste ano, o ministério conseguiu economizar R$ 603,5 milhões em processos de aquisição de medicamentos e insumos para a saúde. Foram adotadas ferramentas como a utilização de banco de preços internacionais, negociação direta com os fabricantes, centralização da compra de alguns produtos e atendimento a recomendações de órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União.
Se incluída a variação cambial para os produtos comprados em dólar, a economia chega a R$ 651 milhões. “Com o dinheiro que conseguimos economizar, vamos ampliar o acesso da população a medicamentos e outros produtos para a saúde”, afirma o ministro Alexandre Padilha. “É reinvestir o dinheiro da saúde na melhoria da saúde dos brasileiros”, completa. De janeiro a junho deste ano, o Ministério da Saúde adquiriu mais de 80 itens de medicamentos e insumos a um valor total de R$ 1,7 bilhão. Sem as medidas de gestão, esse gasto seria elevado para R$ 2,3 bilhões.
EXEMPLOS – Para se ter uma ideia do valor da economia obtida pelo Ministério da Saúde, os recursos (R$ 603,5 milhões) são suficientes para a instalação de aproximadamente 200 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). Só com a compra de hemoderivados (medicamentos produzidos a partir do processamento do sangue), foi possível economizar R$ 63,2 milhões – quase 10% do total da economia nas compras deste semestre. Estes produtos custariam R$ 306,2 milhões e, após negociações, foram adquiridos a um valor de R$ 243 milhões.
Outros importantes exemplos dos avanços no processo de compra de medicamentos e insumos pelo Ministério da Saúde foi a aquisição de antirretrovirais e anticoncepcionais para o abastecimento do SUS. A economia, neste semestre, com parte da compra do medicamento Kaletra – inserido no Programa Nacional de HIV/Aids – chegou a R$ 28,2 milhões (considerando o dólar a R$ 1,65). Este quantitativo, adquirido por R$ 91 milhões, foi comprado a quase R$ 100 milhões, em 2010.
Já a economia com a compra de parte de quantitativos do anticoncepcional Levonorgestrel, neste primeiro semestre, foi de R$ 1,7 milhão. Cartelas deste medicamento custaram, ao Ministério da Saúde, R$ 3,4 milhões. Em 2010, o gasto com a aquisição de cartelas do mesmo produto chegou a R$ 19,8 milhões.
“A centralização da compra pelo Ministério da Saúde faz com que o preço baixe consideravelmente pelo chamado ‘ganho de escala’, que é a compra de grandes quantitativos do produto”, explica Alexandre Padilha. “Ao se utilizar o poder de compra do governo federal, é possível comprar mais pelo menor preço, atendendo a uma maior quantidade de pessoas, com a melhor assistência possível. Em muitos casos, conseguimos reduzimos o preço até pela metade”, acrescenta o ministro.
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O Brasil deve se orgulhar muito de seus agricultores familiares
Blog do Planalto:
"Ao discursar por ocasião do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011-2012, a presidenta Dilma Rousseff disse que “o Brasil deve se orgulhar muito de seus agricultores familiares”. Segundo ela, os pequenos proprietários rurais são importantes para alavancar a economia nacional. O Plano Safra -- lançado nesta terça-feira (12/7), em Francisco Beltrão, sudoeste do estado do Paraná -- coloca à disposição dos agricultores R$ 16 bilhões em linhas de crédito com taxa de juros reduzidas, além da Política de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM-AF), com montante de R$ 300 milhões.
“Estou aqui hoje num momento especial. Lançar o Plano Safra é um momento especial para a presidenta da República, porque nosso país se caracteriza pelo fator de ser grande produtor e exportador de alimentos. Que tem uma agricultura que se expande. A agricultura familiar tem sido responsável por este feito extraordinário no nosso país. Assegurar aumento de renda e melhoria produtiva em nosso país. Queria aqui reconhecer de público esse processo, que tem no presidente Lula um grande defensor da agricultura familiar. E, desde 2003, quando assumiu pela primeira vez o governo, buscou a política de plano de safra que contemple cada vez mais os interesses dos agricultores. Nesse sentido, recebi do presidente Lula uma herança bendita.”
Depois, a presidenta Dilma destacou a importância da presença da agricultura familiar no estado do Paraná e, por tal motivo, acrescentou que deve servir de exemplo para o resto da país. Conforme destacou, quando o governo aposta nesse setor está permitindo também que os trabalhadores retornem ao mercado de consumo e, deste forma, a economia se desenvolve com a oferta de mais salário e renda.
Em seguida, Dilma Rousseff elencou alguns pontos que considera importantes no Plano Safra da Agricultura Familiar. Segundo ela, o Plano garante crédito mais acessível, além de, pela primeira vez, estabelecer o programa de garantia de preços mínimos com juros para investimentos reduzidos de forma significativa. “Contemplamos prazo máximo de pagamento e estamos cada vez mais agindo para reduzir a burocracia que atrapalha a vida do agricultor familiar”, contou.
No discurso, a presidenta explicou que para o Plano Safra 2011-2012 o governo irá destinar R$ 16 bilhões, o mesmo volume de recursos colocado à disposição para a safra anterior. Porém, frisou que, se houver mais demanda pelo financiamento, o governo tem disposição de ampliá-lo. Ela contou que esse compromisso foi assumido em Brasília por ocasião do Grito da Terra, movimento sob liderança da Contag. Segundo ela, junto com a política de garantia de preço mínimo, o pequeno agricultor terá mecanismos suficientes para a próxima safra.
A presidenta também explicou que nesta terça-feira (12/7), na cerimônia em Francisco Beltrão (PR), assinou decreto que estabelece regras para que os agricultores possam comercializar os produtos em outras cidades. A iniciativa, segundo informou, e que precisará do apoio dos governos estaduais, diz respeito à flexibilização do Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).
“Queremos que a agricultura familiar possa vender seus produtos para maior parte do Brasil. Por isso nós temos que ter uma preocupação especial com a desburocratização desse sistema, para que haja qualidade de nossos produtos. Por isso a importância dos estados neste processo”, revelou.
Além disso, conforme assegurou, o governo federal criou uma superintendência na Caixa Econômica Federal (CEF) que vai permitir que o trabalhador rural tenha acesso à casa própria. Por esta superintendência, o homem do campo terá dinheiro não apenas para a compra da moradia, mas também para reformar as habitações.
Outra providência, segundo Dilma Rousseff, é assegurar que os agricultores tenham o serviço de banda larga. A presidenta explicou que manteve conversa com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, quando solicitou que as famílias dos trabalhadores rurais possam contar com este serviço. Ela acredita, que com a internet, os filhos dos agricultores tenham mais um incentivo para permanecerem também no campo.
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"Ao discursar por ocasião do lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2011-2012, a presidenta Dilma Rousseff disse que “o Brasil deve se orgulhar muito de seus agricultores familiares”. Segundo ela, os pequenos proprietários rurais são importantes para alavancar a economia nacional. O Plano Safra -- lançado nesta terça-feira (12/7), em Francisco Beltrão, sudoeste do estado do Paraná -- coloca à disposição dos agricultores R$ 16 bilhões em linhas de crédito com taxa de juros reduzidas, além da Política de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM-AF), com montante de R$ 300 milhões.
“Estou aqui hoje num momento especial. Lançar o Plano Safra é um momento especial para a presidenta da República, porque nosso país se caracteriza pelo fator de ser grande produtor e exportador de alimentos. Que tem uma agricultura que se expande. A agricultura familiar tem sido responsável por este feito extraordinário no nosso país. Assegurar aumento de renda e melhoria produtiva em nosso país. Queria aqui reconhecer de público esse processo, que tem no presidente Lula um grande defensor da agricultura familiar. E, desde 2003, quando assumiu pela primeira vez o governo, buscou a política de plano de safra que contemple cada vez mais os interesses dos agricultores. Nesse sentido, recebi do presidente Lula uma herança bendita.”
Depois, a presidenta Dilma destacou a importância da presença da agricultura familiar no estado do Paraná e, por tal motivo, acrescentou que deve servir de exemplo para o resto da país. Conforme destacou, quando o governo aposta nesse setor está permitindo também que os trabalhadores retornem ao mercado de consumo e, deste forma, a economia se desenvolve com a oferta de mais salário e renda.
Em seguida, Dilma Rousseff elencou alguns pontos que considera importantes no Plano Safra da Agricultura Familiar. Segundo ela, o Plano garante crédito mais acessível, além de, pela primeira vez, estabelecer o programa de garantia de preços mínimos com juros para investimentos reduzidos de forma significativa. “Contemplamos prazo máximo de pagamento e estamos cada vez mais agindo para reduzir a burocracia que atrapalha a vida do agricultor familiar”, contou.
No discurso, a presidenta explicou que para o Plano Safra 2011-2012 o governo irá destinar R$ 16 bilhões, o mesmo volume de recursos colocado à disposição para a safra anterior. Porém, frisou que, se houver mais demanda pelo financiamento, o governo tem disposição de ampliá-lo. Ela contou que esse compromisso foi assumido em Brasília por ocasião do Grito da Terra, movimento sob liderança da Contag. Segundo ela, junto com a política de garantia de preço mínimo, o pequeno agricultor terá mecanismos suficientes para a próxima safra.
A presidenta também explicou que nesta terça-feira (12/7), na cerimônia em Francisco Beltrão (PR), assinou decreto que estabelece regras para que os agricultores possam comercializar os produtos em outras cidades. A iniciativa, segundo informou, e que precisará do apoio dos governos estaduais, diz respeito à flexibilização do Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).
“Queremos que a agricultura familiar possa vender seus produtos para maior parte do Brasil. Por isso nós temos que ter uma preocupação especial com a desburocratização desse sistema, para que haja qualidade de nossos produtos. Por isso a importância dos estados neste processo”, revelou.
Além disso, conforme assegurou, o governo federal criou uma superintendência na Caixa Econômica Federal (CEF) que vai permitir que o trabalhador rural tenha acesso à casa própria. Por esta superintendência, o homem do campo terá dinheiro não apenas para a compra da moradia, mas também para reformar as habitações.
Outra providência, segundo Dilma Rousseff, é assegurar que os agricultores tenham o serviço de banda larga. A presidenta explicou que manteve conversa com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, quando solicitou que as famílias dos trabalhadores rurais possam contar com este serviço. Ela acredita, que com a internet, os filhos dos agricultores tenham mais um incentivo para permanecerem também no campo.
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Região amazônica vai medir taxa de desmatamento do bioma
Jornal Correio do Brasil:
"Região amazônica vai medir taxa de desmatamento do bioma
12/7/2011 13:21, Redação, com agências internacionais
A partir de agosto, uma série de estudos será feito pelos países da região amazônica para medir a taxa de desmatamento do bioma. A zona abriga 20% das reservas de água doce do planeta.
Segundo a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, o monitoramento sobre desmatamento busca harmonizar critérios para medir a perda de área verde, que varia de país para país.
Será o primeiro estudo desse tipo de alcance regional, e contará com especialistas de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Entre as causas do fenômeno do desmatamento, está a pressão sobre o uso da terra.
Também haverá o primeiro estudo de recursos hídricos fronteiriços, com o objetivo de promover uma melhor e mais adequada utilização da água, disse Dorfler.
A Amazônia representa 6% da superfície do planeta. Contém mais da metade do parque úmido tropical e 20% das reservas de água doce do mundo, o que a converterá em um território estratégico frente a fenômenos como o aquecimento global.
A região abarca 7,4 milhões de quilômetros quadrados – equivalentes a 40% da superfície do território sul-americano. É uma das mais diversas do planeta, habitada por 420 povos indígenas.
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"Região amazônica vai medir taxa de desmatamento do bioma
12/7/2011 13:21, Redação, com agências internacionais
A Amazônia representa 6% da superfície do planeta |
A partir de agosto, uma série de estudos será feito pelos países da região amazônica para medir a taxa de desmatamento do bioma. A zona abriga 20% das reservas de água doce do planeta.
Segundo a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, o monitoramento sobre desmatamento busca harmonizar critérios para medir a perda de área verde, que varia de país para país.
Será o primeiro estudo desse tipo de alcance regional, e contará com especialistas de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Entre as causas do fenômeno do desmatamento, está a pressão sobre o uso da terra.
Também haverá o primeiro estudo de recursos hídricos fronteiriços, com o objetivo de promover uma melhor e mais adequada utilização da água, disse Dorfler.
A Amazônia representa 6% da superfície do planeta. Contém mais da metade do parque úmido tropical e 20% das reservas de água doce do mundo, o que a converterá em um território estratégico frente a fenômenos como o aquecimento global.
A região abarca 7,4 milhões de quilômetros quadrados – equivalentes a 40% da superfície do território sul-americano. É uma das mais diversas do planeta, habitada por 420 povos indígenas.
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terça-feira, 12 de julho de 2011
O BRASIL SEM MISÉRIA: O programa tem o objetivo de tirar 16 milhões de brasileiros da pobreza extrema
Blog do Airton Faleiro:
"O Plano Brasil Sem Miséria pretende acabar, até o fim de 2014, com a pobreza extrema no Brasil. O programa, com orçamento anual de R$ 20 bilhões, é considerado uma das principais bandeiras do governo da presidente Dilma Rousseff, que com ele buscará cumprir sua principal promessa de campanha, acabar com a miséria, e justificar o slogan de seu governo – “Brasil, país rico é país sem pobreza”.
O Brasil Sem Miséria, além de tentar acabar com a pobreza extrema, busca criar aquilo que os críticos do Bolsa Família mais pediam: uma porta de saída para o Bolsa Família. Nas várias ações que pretende colocar em prática com o novo programa, o governo prevê capacitar, nas cidades, 1,7 milhão de pessoas.
Confira abaixo os principais dados do programa:
Objetivo
Tirar da miséria, até 2014, os 16 milhões de brasileiros que vivem nesta situação.
Orçamento
R$ 20 bilhões por ano
Quem são essas pessoas
São considerados miseráveis os brasileiros que vivem em famílias cuja renda per capita é de até R$ 70
59% estão no Nordeste, 21% no Sul e Sudeste e 20% no Norte e no Centro Oeste
40% têm menos de 14 anos
47% estão no campo e 53% nas cidades
Quais são as promessas
No campo
Criação de equipes técnicos agrícolas para auxiliar as famílias. Serão 11 técnicos para cada mil famílias
Pagamento de 4 parcelas semanais de R$ 600 para 253 mil famílias para a compra de insumos agrícolas e equipamentos
Aumentar de 66 mil para 255 mil o número de famílias que vendem alimentos ao governo para pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), destinado a doação e à formação de estoques
Bolsa Verde: cada família em situação de extrema pobreza vai receber R$ 300 por trimestre se preservar florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável.
Construção de cisternas para plantio e criação de animais para 600 mil famílias
Construção de cisternas para armazenamento de água para consumo para 750 mil famílias
Na cidade
Parceria com Estados e municípios para criar banco de empregos
Abertura de vagas em 200 tipos de cursos técnicos
Apoio às prefeituras para a criar 60 mil vagas de catadores de lixo e desenvolver infraestrutura para até 280 mil catadores
Mudanças no Bolsa Família
Até agora, cada família participante do Bolsa Família podia receber, no máximo, três benefícios de R$ 32 para os filhos de até 15 anos, mesmo que tivesse mais crianças. A partir de agora, esse limite vai para cinco benefícios. A expectativa é que, com essa mudança, o número de crianças e adolescentes atendidos pelo Bolsa Família passe dos atuais 15,7 milhões para 17 milhões.
Fonte: Época
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"O Plano Brasil Sem Miséria pretende acabar, até o fim de 2014, com a pobreza extrema no Brasil. O programa, com orçamento anual de R$ 20 bilhões, é considerado uma das principais bandeiras do governo da presidente Dilma Rousseff, que com ele buscará cumprir sua principal promessa de campanha, acabar com a miséria, e justificar o slogan de seu governo – “Brasil, país rico é país sem pobreza”.
O Brasil Sem Miséria, além de tentar acabar com a pobreza extrema, busca criar aquilo que os críticos do Bolsa Família mais pediam: uma porta de saída para o Bolsa Família. Nas várias ações que pretende colocar em prática com o novo programa, o governo prevê capacitar, nas cidades, 1,7 milhão de pessoas.
Confira abaixo os principais dados do programa:
Objetivo
Tirar da miséria, até 2014, os 16 milhões de brasileiros que vivem nesta situação.
Orçamento
R$ 20 bilhões por ano
Quem são essas pessoas
São considerados miseráveis os brasileiros que vivem em famílias cuja renda per capita é de até R$ 70
59% estão no Nordeste, 21% no Sul e Sudeste e 20% no Norte e no Centro Oeste
40% têm menos de 14 anos
47% estão no campo e 53% nas cidades
Quais são as promessas
No campo
Criação de equipes técnicos agrícolas para auxiliar as famílias. Serão 11 técnicos para cada mil famílias
Pagamento de 4 parcelas semanais de R$ 600 para 253 mil famílias para a compra de insumos agrícolas e equipamentos
Aumentar de 66 mil para 255 mil o número de famílias que vendem alimentos ao governo para pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), destinado a doação e à formação de estoques
Bolsa Verde: cada família em situação de extrema pobreza vai receber R$ 300 por trimestre se preservar florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável.
Construção de cisternas para plantio e criação de animais para 600 mil famílias
Construção de cisternas para armazenamento de água para consumo para 750 mil famílias
Na cidade
Parceria com Estados e municípios para criar banco de empregos
Abertura de vagas em 200 tipos de cursos técnicos
Apoio às prefeituras para a criar 60 mil vagas de catadores de lixo e desenvolver infraestrutura para até 280 mil catadores
Mudanças no Bolsa Família
Até agora, cada família participante do Bolsa Família podia receber, no máximo, três benefícios de R$ 32 para os filhos de até 15 anos, mesmo que tivesse mais crianças. A partir de agora, esse limite vai para cinco benefícios. A expectativa é que, com essa mudança, o número de crianças e adolescentes atendidos pelo Bolsa Família passe dos atuais 15,7 milhões para 17 milhões.
Fonte: Época
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Imprensa criminosa
Carta Maior
: "Imprensa criminosa
Em que diferem os “jornais tablóides britânicos” dos “jornais tablóides brasileiros”? Tantos uns quanto outros encontram-se sempre a poucos metros de se tornarem “sinônimo de leviandade na apuração dos fatos, exagero nos relatos e espetacularização da notícia”.
Washington Araújo
O editorial da Folha de S.Paulo de 8/7/2011 confirma a afirmação sartreana de que “o inferno são os outros” e a popular máxima que “pimenta nos olhos dos outros é refresco”. A abertura é um primor de assertividade e clareza de pensamento: “Jornais tablóides britânicos se tornaram sinônimo de leviandade na apuração dos fatos, exagero nos relatos e espetacularização da notícia.”
‘Alimentemos, então, com parte considerável deste estoque de lenha a caldeira do pensamento. Em que diferem os “jornais tabloides britânicos” dos “jornais tablóides brasileiros”? Tantos uns quanto outros encontram-se sempre a poucos metros de se tornarem “sinônimo de leviandade na apuração dos fatos, exagero nos relatos e espetacularização da notícia”.
Os próprios arquivos deste Observatório, com seus milhares de textos tendo como tema central a crítica de imprensa, constituem valioso acervo a corroborar tais afirmações. Claro que cabe apenas ao pesquisador paciente casar reportagens, notícias, escândalos reais e escândalos para consumo dirigido com as respectivas chancelas: isto aqui é pura leviandade, isto ali não passa de rematado exagero da imprensa e toda essa montanha de textos pode facilmente ser chancelada como “espetacularização da notícia”.
A própria Folha de S.Paulo poderia, ao escrever tão cristalina abertura de editorial, estar mirando algumas de suas recentes investidas no campo da leviandade explícita, como por exemplo a publicação do artigo do cientista político César Benjamin no dia 27 de novembro de 2009 sob o título “Os filhos do Brasil” (pg. A8). À época muitos foram os que entenderam ser desejo do jornal fazer um contraponto à mistificação quase inumana do filme 'Lula, o Filho do Brasil'. A propósito, escrevi aqui no Observatório o texto “Os filhos da verdade”, que tinha intenção de ser o contraponto do contraponto. Aos que se inteiraram do tema, levado às páginas em estado de combustão, ficou a nítida percepção de absoluta leviandade na apuração dos fatos, onde a palavra a reinar inteiramente era a do articulista, sem qualquer interesse em dar voz a alguns dos personagens ainda vivos e dispostos a compartilhar suas memórias daqueles dias em que conviveram com o prisioneiro Luiz Inácio Lula da Silva. O mesmo episódio foi amplamente pautado pelo exagero em suas diversas cores e nuances e, finalmente, e em sua forçada espetacularização personificou o antiespetáculo ao que estava parra estrear nas telas de cinema.
O editorial em questão trata do fim decretado pelo magnata Rupert Murdoch a um dos jornais de seu megaimprério midiático, o britânico News of the World. Segundo a Folha o tablóide é visto como “um dos mais bem-sucedidos na exploração do sensacionalismo” e a causa mortis seria “os seus próprios excessos”. O resto do editorial aborda o que configura mau jornalismo e o que leva à existência de uma “Imprensa criminosa” (aliás, título do editorial): ... a extensão, pela aparente certeza de impunidade e pelo grau de desconexão dos editores e repórteres com boas práticas do jornalismo e com regras triviais de decência.
Novamente poderíamos colocar diante de nossa imprensa um prosaico espelho. E nem precisa ser daqueles para ver o corpo inteiro. Alguém já se deu o trabalho de catalogar a quantidade de acusações levianas publicadas na imprensa contra pessoas inocentes? Alguém já pensou em inventariar o aspecto letal de matérias encomendadas, direcionadas a prejudicar a performance de ações de determinadas empresas nas bolsas de valores? Teria alguém tentado classificar por assunto as matérias que já nascem com seu desfecho pronto e acabado e que desconhecem ostensivamente a necessidade de se ouvir o tão falado “outro lado”?
Como vemos, o editorial “Imprensa criminosa” cai como luva não apenas no jornalismo britânico. A própria FSP poderia rever seu modus operandi. E também a revista carro-chefe da editora Abril, Veja. A propósito, bastante ilustrativo do que estamos tratando é a matéria de sua edição de 4/7/2011 sob o título “Madraçal no Planalto”. O desfecho esperado é colocado, não ao final do texto e sim, no subtítulo. Eis o que diz o subtítulo: “Um dos símbolos da luta pela democracia durante o regime militar, a Universidade de Brasília tornou-se reduto da intolerância esquerdista”. Depois, caso o leitor seja apressado ou dado a ler na diagonal, bastaria conferir as imagens da matéria e ler suas legendas para ver que apuração jornalística passou longe, muito longe. Destaco aqui as legendas que acompanham as oito imagens:
1ª - ESPELHO - Em 1968, militares invadem a UnB. Em 2011, professores reclamam de controle ideológico
2ª NA CONTRAMÃO - Salas de aula são utilizadas para festas e consumo de drogas. Professora discorda da liberalidade - e é punida
3ª 'O propósito da universidade deveria ser a excelência. Na UnB, isso foi substituído pela partidarização do ensino.' Frederico Flósculo, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
4ª 'A UnB se tornou palco das piores cenas de intolerância. Não há espaço para diálogo. Ou você partilha do pensamento dominante ou será perseguido.' Roberta Kaufmann, procuradora, mestra em direito pela UnB
5ª 'A universidade foi tomada por um patrulhamento ideológico tácito, orquestrado para funcionar sem ser notado. Quem pensa diferente é relegado ao limbo.' Ronaldo Poletti, professor de direito
6ª 'A UnB deixou de ser uma instituição acadêmica para se tornar um instrumento de domínio ideológico.' Ibsen Noronha, ex-professor voluntário da Faculdade de Direito
7ª 'A UnB vive um processo típico de uma instituição que se tornou um aparelho em prol de uma causa.' Demétrio Magnoli, sociólogo
8ª 'Ninguém tem espaço sem esforço. É preciso analisar se não são os professores que, por uma questão de competência, perderam visibilidade.' José Geraldo Sousa Junior, reitor da Universidade de Brasília
Àqueles observadores mais perspicazes da citada matéria de Veja não passou despercebido o esmero com que se escolheram as tanto as imagens quanto as legendas. À exceção da fotografia do reitor José Geraldo Sousa Junior que aparece com o semblante em crispação e um certo ar de truculência. Os demais retratados trazem consigo aquele ar de abnegada devoção à causa da justiça e também aquela nunca dispensável aura de serenidade que marca os que traval a luta do Bem. Neste caso, mais que isso, os paladinos do bom jornalismo capturaram um lamentável quê inquisitorial. É ver para conferir. Teóricos da Semiologia como Charles Sanders Peirce (1839-1914) e Ferdinand de Saussure (1857-1913) ficariam encantados com o apuro a que chegou os seguidores da ciência que estuda os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos.
Mas, como comecei tratando do editorial da Folha de S. Paulo de 8/7/2011, acho bem oportuno, salvo apenas irônico, jogar mais luz sobre suas palavras finais: ” 'O News of the World está no negócio de chamar os outros à responsabilidade. Mas falhou quando se tratava de si próprio', resumiu comunicado da direção do jornal. Um epitáfio apropriado.”
Apropriado, apropriadíssimo penso, não apenas ao News of the World, mas antes àqueles que fazem do ato de chamar os demais à responsabilidade um certo tipo de negócio...
Washington Araújo é jornalista e escritor. Mestre em Comunicação pela
UNB, tem livros sobre mídia, direitos humanos e ética publicados no Brasil,
Argentina, Espanha, México. Tem o blog http://www.cidadaodomundo.org
Email - wlaraujo9@gmail.com
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: "Imprensa criminosa
Em que diferem os “jornais tablóides britânicos” dos “jornais tablóides brasileiros”? Tantos uns quanto outros encontram-se sempre a poucos metros de se tornarem “sinônimo de leviandade na apuração dos fatos, exagero nos relatos e espetacularização da notícia”.
Washington Araújo
O editorial da Folha de S.Paulo de 8/7/2011 confirma a afirmação sartreana de que “o inferno são os outros” e a popular máxima que “pimenta nos olhos dos outros é refresco”. A abertura é um primor de assertividade e clareza de pensamento: “Jornais tablóides britânicos se tornaram sinônimo de leviandade na apuração dos fatos, exagero nos relatos e espetacularização da notícia.”
‘Alimentemos, então, com parte considerável deste estoque de lenha a caldeira do pensamento. Em que diferem os “jornais tabloides britânicos” dos “jornais tablóides brasileiros”? Tantos uns quanto outros encontram-se sempre a poucos metros de se tornarem “sinônimo de leviandade na apuração dos fatos, exagero nos relatos e espetacularização da notícia”.
Os próprios arquivos deste Observatório, com seus milhares de textos tendo como tema central a crítica de imprensa, constituem valioso acervo a corroborar tais afirmações. Claro que cabe apenas ao pesquisador paciente casar reportagens, notícias, escândalos reais e escândalos para consumo dirigido com as respectivas chancelas: isto aqui é pura leviandade, isto ali não passa de rematado exagero da imprensa e toda essa montanha de textos pode facilmente ser chancelada como “espetacularização da notícia”.
A própria Folha de S.Paulo poderia, ao escrever tão cristalina abertura de editorial, estar mirando algumas de suas recentes investidas no campo da leviandade explícita, como por exemplo a publicação do artigo do cientista político César Benjamin no dia 27 de novembro de 2009 sob o título “Os filhos do Brasil” (pg. A8). À época muitos foram os que entenderam ser desejo do jornal fazer um contraponto à mistificação quase inumana do filme 'Lula, o Filho do Brasil'. A propósito, escrevi aqui no Observatório o texto “Os filhos da verdade”, que tinha intenção de ser o contraponto do contraponto. Aos que se inteiraram do tema, levado às páginas em estado de combustão, ficou a nítida percepção de absoluta leviandade na apuração dos fatos, onde a palavra a reinar inteiramente era a do articulista, sem qualquer interesse em dar voz a alguns dos personagens ainda vivos e dispostos a compartilhar suas memórias daqueles dias em que conviveram com o prisioneiro Luiz Inácio Lula da Silva. O mesmo episódio foi amplamente pautado pelo exagero em suas diversas cores e nuances e, finalmente, e em sua forçada espetacularização personificou o antiespetáculo ao que estava parra estrear nas telas de cinema.
O editorial em questão trata do fim decretado pelo magnata Rupert Murdoch a um dos jornais de seu megaimprério midiático, o britânico News of the World. Segundo a Folha o tablóide é visto como “um dos mais bem-sucedidos na exploração do sensacionalismo” e a causa mortis seria “os seus próprios excessos”. O resto do editorial aborda o que configura mau jornalismo e o que leva à existência de uma “Imprensa criminosa” (aliás, título do editorial): ... a extensão, pela aparente certeza de impunidade e pelo grau de desconexão dos editores e repórteres com boas práticas do jornalismo e com regras triviais de decência.
Novamente poderíamos colocar diante de nossa imprensa um prosaico espelho. E nem precisa ser daqueles para ver o corpo inteiro. Alguém já se deu o trabalho de catalogar a quantidade de acusações levianas publicadas na imprensa contra pessoas inocentes? Alguém já pensou em inventariar o aspecto letal de matérias encomendadas, direcionadas a prejudicar a performance de ações de determinadas empresas nas bolsas de valores? Teria alguém tentado classificar por assunto as matérias que já nascem com seu desfecho pronto e acabado e que desconhecem ostensivamente a necessidade de se ouvir o tão falado “outro lado”?
Como vemos, o editorial “Imprensa criminosa” cai como luva não apenas no jornalismo britânico. A própria FSP poderia rever seu modus operandi. E também a revista carro-chefe da editora Abril, Veja. A propósito, bastante ilustrativo do que estamos tratando é a matéria de sua edição de 4/7/2011 sob o título “Madraçal no Planalto”. O desfecho esperado é colocado, não ao final do texto e sim, no subtítulo. Eis o que diz o subtítulo: “Um dos símbolos da luta pela democracia durante o regime militar, a Universidade de Brasília tornou-se reduto da intolerância esquerdista”. Depois, caso o leitor seja apressado ou dado a ler na diagonal, bastaria conferir as imagens da matéria e ler suas legendas para ver que apuração jornalística passou longe, muito longe. Destaco aqui as legendas que acompanham as oito imagens:
1ª - ESPELHO - Em 1968, militares invadem a UnB. Em 2011, professores reclamam de controle ideológico
2ª NA CONTRAMÃO - Salas de aula são utilizadas para festas e consumo de drogas. Professora discorda da liberalidade - e é punida
3ª 'O propósito da universidade deveria ser a excelência. Na UnB, isso foi substituído pela partidarização do ensino.' Frederico Flósculo, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
4ª 'A UnB se tornou palco das piores cenas de intolerância. Não há espaço para diálogo. Ou você partilha do pensamento dominante ou será perseguido.' Roberta Kaufmann, procuradora, mestra em direito pela UnB
5ª 'A universidade foi tomada por um patrulhamento ideológico tácito, orquestrado para funcionar sem ser notado. Quem pensa diferente é relegado ao limbo.' Ronaldo Poletti, professor de direito
6ª 'A UnB deixou de ser uma instituição acadêmica para se tornar um instrumento de domínio ideológico.' Ibsen Noronha, ex-professor voluntário da Faculdade de Direito
7ª 'A UnB vive um processo típico de uma instituição que se tornou um aparelho em prol de uma causa.' Demétrio Magnoli, sociólogo
8ª 'Ninguém tem espaço sem esforço. É preciso analisar se não são os professores que, por uma questão de competência, perderam visibilidade.' José Geraldo Sousa Junior, reitor da Universidade de Brasília
Àqueles observadores mais perspicazes da citada matéria de Veja não passou despercebido o esmero com que se escolheram as tanto as imagens quanto as legendas. À exceção da fotografia do reitor José Geraldo Sousa Junior que aparece com o semblante em crispação e um certo ar de truculência. Os demais retratados trazem consigo aquele ar de abnegada devoção à causa da justiça e também aquela nunca dispensável aura de serenidade que marca os que traval a luta do Bem. Neste caso, mais que isso, os paladinos do bom jornalismo capturaram um lamentável quê inquisitorial. É ver para conferir. Teóricos da Semiologia como Charles Sanders Peirce (1839-1914) e Ferdinand de Saussure (1857-1913) ficariam encantados com o apuro a que chegou os seguidores da ciência que estuda os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos.
Mas, como comecei tratando do editorial da Folha de S. Paulo de 8/7/2011, acho bem oportuno, salvo apenas irônico, jogar mais luz sobre suas palavras finais: ” 'O News of the World está no negócio de chamar os outros à responsabilidade. Mas falhou quando se tratava de si próprio', resumiu comunicado da direção do jornal. Um epitáfio apropriado.”
Apropriado, apropriadíssimo penso, não apenas ao News of the World, mas antes àqueles que fazem do ato de chamar os demais à responsabilidade um certo tipo de negócio...
Washington Araújo é jornalista e escritor. Mestre em Comunicação pela
UNB, tem livros sobre mídia, direitos humanos e ética publicados no Brasil,
Argentina, Espanha, México. Tem o blog http://www.cidadaodomundo.org
Email - wlaraujo9@gmail.com
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A valorização da educação é de extrema importância
Blog do Planalto:
"A construção de uma sociedade mais justa passa pela oferta de uma educação de qualidade, com a valorização de alunos e educadores, defendeu a presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (11/7), durante cerimônia entrega do Prêmio Anísio Teixeira, por ocasião do 60º aniversário da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Palácio do Planalto. No discurso, a presidenta Dilma deu ênfase à educação pública como principal instrumento de criação da democracia.
Na cerimônia, a presidenta Dilma destacou também o programa Ciência sem Fronteiras, que tem por objetivo a formação no exterior de 75 mil bolsistas patrocinados pelo governo federal e outros 25 mil estudantes custeados pela iniciativa privada. Dilma Rousseff disse da importância da participação dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia no sentido de “fomentar a produção do conhecimento”.
Ainda no discurso, a presidenta falou da “herança bendita” que recebeu do governo do ex-presidente Lula. E, conforme salientou, seguirá no compromisso de “aprofundar as conquistas que o país teve ao longo dos anos” e de certa forma mais acelerada a partir do ano de 2003. Dilma Rousseff mencionou o educador Anísio Teixeira, fundador da Capes, quando dizia que “só existirá democracia no Brasil, no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a escola pública”.
“Sem sombra de dúvida que a valorização da educação é de extrema importância. A Capes tem contribuído para esse objetivo. Fico orgulhosa porque herdei uma herança… Estamos preparados para o desafio da sociedade do conhecimento. Ao lado de um programa efetivo da distribuição de renda e combate à miséria lutar por um processo sofisticado. Sem dúvida que a escola pública é fundamental nessa estratégia. Eu concordo integralmente com um grande dirigente da Capes, Anísio Teixeira, que dizia que só existirá democracia no Brasil no dia que se montar a maquina que produz democracia e essa máquina é a escola pública.”
A presidenta lembrou que recentemente lançou o Pronatec que dá ênfase ao ensino técnico. Isso, segundo afirmou, colocará o Brasil num patamar mais elevado e, por este motivo, até 2014 vai buscar implantar, pelo menos um instituto federal, em mais da metade dos municípios brasileiros.
Seis décadas da Capes -- Nesses 60 anos, a Capes comemora a evolução e o crescimento da pós-graduação brasileira e a bem-sucedida implementação de programas que contribuem para aprimorar a qualidade da educação básica, com a formação de professores mais bem preparados para atuar nas escolas brasileiras.
Prêmio — O Prêmio Anísio Teixeira foi instituído pelo Ministério da Educação em 1981, nas comemorações dos 30 anos de criação da Capes. A cada cinco anos, são homenageadas personalidades brasileiras com relevante contribuição para o desenvolvimento da pesquisa da pós-graduação no país. Patrono da educação Brasileira, Anísio Teixeira [1900-1971] dirigiu a Capes de 1951, ano de criação, até 1963.
Os homenageados
Álvaro Toubes Prata — Reitor e professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi coordenador de área de engenharias III na Capes. Atua como pesquisador nível 1A no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordena, na UFSC, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Refrigeração e Termofísica. Recebeu a comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico, classe Grã-Cruz, destinada a personalidades que se distinguem por relevantes contribuições à ciência. Natural de Uberaba, Minas Gerais.
Fernando Galembeck — Professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vinculado ao Instituto de Química, orientou 80 teses, três delas premiadas. Atua na área de novos materiais e já licenciou sete patentes. Participou da implementação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT), que revolucionou a química brasileira. Recebeu prêmios no Brasil e no exterior, entre os quais os da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), da Sociedade Brasileira de Química e o Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia, em 2007. Natural de São Paulo.
João Fernando Gomes de Oliveira — Professor titular da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Tem pós-doutorado pela Universidade da Califórnia – Berkeley. Foi coordenador da área de engenharias III da Capes. Reúne 200 trabalhos publicados em periódicos, congressos, revistas e jornais e cinco patentes. Foi condecorado com a comenda e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Recebeu o prêmio da Fundação Conrado Wessel e o SAP Américas Innovation Award. Natural de São Paulo.
Luiz Bevilacqua — Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou como secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, diretor das unidades de pesquisa do CNPq, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro, presidente da Agência Espacial Brasileira, vice-reitor acadêmico da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ e reitor da Universidade Federal do ABC (UFABC). Participou da criação do programa de engenharia civil da UFRJ. Natural do Rio de Janeiro.
Nelson Maculan Filho — Professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ultrapassou a centena de trabalhos publicados, formou 150 mestres e 60 doutores e ocupou cargos de destaque na administração acadêmica, entre eles, os de reitor da UFRJ e de secretário de educação superior do Ministério da Educação. Recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Paris 13 e a Medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico. É membro da Academia Brasileira de Ciências. Natural de Londrina, Paraná.
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"A construção de uma sociedade mais justa passa pela oferta de uma educação de qualidade, com a valorização de alunos e educadores, defendeu a presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (11/7), durante cerimônia entrega do Prêmio Anísio Teixeira, por ocasião do 60º aniversário da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Palácio do Planalto. No discurso, a presidenta Dilma deu ênfase à educação pública como principal instrumento de criação da democracia.
Na cerimônia, a presidenta Dilma destacou também o programa Ciência sem Fronteiras, que tem por objetivo a formação no exterior de 75 mil bolsistas patrocinados pelo governo federal e outros 25 mil estudantes custeados pela iniciativa privada. Dilma Rousseff disse da importância da participação dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia no sentido de “fomentar a produção do conhecimento”.
Ainda no discurso, a presidenta falou da “herança bendita” que recebeu do governo do ex-presidente Lula. E, conforme salientou, seguirá no compromisso de “aprofundar as conquistas que o país teve ao longo dos anos” e de certa forma mais acelerada a partir do ano de 2003. Dilma Rousseff mencionou o educador Anísio Teixeira, fundador da Capes, quando dizia que “só existirá democracia no Brasil, no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a escola pública”.
“Sem sombra de dúvida que a valorização da educação é de extrema importância. A Capes tem contribuído para esse objetivo. Fico orgulhosa porque herdei uma herança… Estamos preparados para o desafio da sociedade do conhecimento. Ao lado de um programa efetivo da distribuição de renda e combate à miséria lutar por um processo sofisticado. Sem dúvida que a escola pública é fundamental nessa estratégia. Eu concordo integralmente com um grande dirigente da Capes, Anísio Teixeira, que dizia que só existirá democracia no Brasil no dia que se montar a maquina que produz democracia e essa máquina é a escola pública.”
A presidenta lembrou que recentemente lançou o Pronatec que dá ênfase ao ensino técnico. Isso, segundo afirmou, colocará o Brasil num patamar mais elevado e, por este motivo, até 2014 vai buscar implantar, pelo menos um instituto federal, em mais da metade dos municípios brasileiros.
Seis décadas da Capes -- Nesses 60 anos, a Capes comemora a evolução e o crescimento da pós-graduação brasileira e a bem-sucedida implementação de programas que contribuem para aprimorar a qualidade da educação básica, com a formação de professores mais bem preparados para atuar nas escolas brasileiras.
Prêmio — O Prêmio Anísio Teixeira foi instituído pelo Ministério da Educação em 1981, nas comemorações dos 30 anos de criação da Capes. A cada cinco anos, são homenageadas personalidades brasileiras com relevante contribuição para o desenvolvimento da pesquisa da pós-graduação no país. Patrono da educação Brasileira, Anísio Teixeira [1900-1971] dirigiu a Capes de 1951, ano de criação, até 1963.
Os homenageados
Álvaro Toubes Prata — Reitor e professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi coordenador de área de engenharias III na Capes. Atua como pesquisador nível 1A no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e coordena, na UFSC, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Refrigeração e Termofísica. Recebeu a comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico, classe Grã-Cruz, destinada a personalidades que se distinguem por relevantes contribuições à ciência. Natural de Uberaba, Minas Gerais.
Fernando Galembeck — Professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vinculado ao Instituto de Química, orientou 80 teses, três delas premiadas. Atua na área de novos materiais e já licenciou sete patentes. Participou da implementação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PADCT), que revolucionou a química brasileira. Recebeu prêmios no Brasil e no exterior, entre os quais os da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), da Sociedade Brasileira de Química e o Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia, em 2007. Natural de São Paulo.
João Fernando Gomes de Oliveira — Professor titular da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e diretor-presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Tem pós-doutorado pela Universidade da Califórnia – Berkeley. Foi coordenador da área de engenharias III da Capes. Reúne 200 trabalhos publicados em periódicos, congressos, revistas e jornais e cinco patentes. Foi condecorado com a comenda e a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Recebeu o prêmio da Fundação Conrado Wessel e o SAP Américas Innovation Award. Natural de São Paulo.
Luiz Bevilacqua — Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou como secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, diretor das unidades de pesquisa do CNPq, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro, presidente da Agência Espacial Brasileira, vice-reitor acadêmico da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ e reitor da Universidade Federal do ABC (UFABC). Participou da criação do programa de engenharia civil da UFRJ. Natural do Rio de Janeiro.
Nelson Maculan Filho — Professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ultrapassou a centena de trabalhos publicados, formou 150 mestres e 60 doutores e ocupou cargos de destaque na administração acadêmica, entre eles, os de reitor da UFRJ e de secretário de educação superior do Ministério da Educação. Recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Paris 13 e a Medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico. É membro da Academia Brasileira de Ciências. Natural de Londrina, Paraná.
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segunda-feira, 11 de julho de 2011
Indígenas lutam por terra e reconhecimento social e mostram experiência em Santa Maria
Adital :
"ndígenas lutam por terra e reconhecimento social e mostram experiência em Santa Maria
Karol Assunção *
Adital -
De etnia Tupinambá, Angerê deixou o Ceará, terra natal, aos 29 anos para acompanhar a mãe em busca de uma vida melhor. Na bagagem, levou o marido, os nove filhos e muitos sonhos. Atualmente com 58 anos, Angerê, ou Maria Cândida (nome de certidão), vive em Uberlândia, Minas Gerais, onde participa juntamente com outras 200 famílias do Movimento dos Indígenas Não Aldeados do Triângulo Mineiro (Mina).
'A gente vive na cidade, no bairro São Jorge, onde antes era periferia. Antes eu trabalhava como lavadeira, passadeira, depois em empresas. Hoje sou só dona de casa por causa da idade e dos problemas de saúde, mas faço esses sabonetes pra ajudar na renda', relata, mostrando os sabonetes artesanais que levou para comercializar na 18ª Feira Estadual de Cooperativismo (Feicoop) e na 7ª Feira de Economia Solidária do Mercosul, realizadas entre os dias 8 e 10 de julho em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Angerê e outras centenas de famílias indígenas que vivem no triângulo mineiro fazem parte do Movimento dos Indígenas Não Aldeados (Mina). Em comum, a luta por respeito e reconhecimento de terra. 'Queremos nossa terra pra plantar, pra tirar nossa sustentabilidade, tirar o alimento e as plantas medicinais', demanda, afirmando que mora na cidade por necessidade e que tem medo dos 'netos caírem na marginalidade'.
Kaun Poty Guarany, cacique do Movimento, reclama da discriminação. De acordo com ela, os indígenas que vivem fora da aldeia não têm a quem recorrer. 'O município diz que indígena é [de responsabilidade] da Funai [Fundação Nacional do Índio] e a Funai diz que é de responsabilidade da cidade. Aí fica um jogando um pro outro', denuncia.
De acordo com a líder do Mina, os indígenas não aldeados não têm de onde tirar o sustento e ainda sofrem com a discriminação das autoridades políticas e da sociedade. 'Eles não reconhecem a dívida que tem com a gente. Queremos que devolvam pelo menos um pedaço de terra. Nós não temos sequer território demarcado', desabafa.
Entre as principais demandas estão a valorização dos povos indígenas e a construção de um Centro Cultural e de Formação. 'Queremos o reconhecimento junto à sociedade e o governo. Nós somos os primeiros cidadãos brasileiros e devemos ser mais valorizados, reconhecidos como legítimos filhos do Brasil', comenta a líder do movimento.
Angerê
A história de Angerê se confunde com a de muitos indígenas no Brasil. A luta pela terra está presente antes mesmo da indígena nascer. O pai dela, da tribo da Serra da Mãozinha (zona rural do município de Missão Velha, no sul do Ceará), nem bem chegou ao mundo e já foi expulso da terra em um confronto com 'brancos'. 'Perdi meu avô e minha avó [paternos]. Uma tia salvou meu pai ainda bebê', conta.
Sem terra e com a família incompleta, a indígena revela que seu pai foi 'trabalhar na terra dos outros'. Apesar de estar longe da aldeia, não deixou as tradições de lado: casou com uma indígena para quem estava prometido e constituiu família. 'Fomos criados na tradição, mas trabalhando na terra dos outros', comenta.
Seguiram assim até o final da década de 1960, quando o patriarca faleceu e a mãe decidiu 'sair em busca de recursos para viver uma vida melhor'. Pouco depois, foi junto com os filhos e o marido com quem vivia na época encontrar a mãe em Uberlândia (MG), onde mora até os dias atuais.
As matérias sobre Finanças Solidárias são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste (BNB).
* Jornalista da Adital
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"ndígenas lutam por terra e reconhecimento social e mostram experiência em Santa Maria
Karol Assunção *
Adital -
De etnia Tupinambá, Angerê deixou o Ceará, terra natal, aos 29 anos para acompanhar a mãe em busca de uma vida melhor. Na bagagem, levou o marido, os nove filhos e muitos sonhos. Atualmente com 58 anos, Angerê, ou Maria Cândida (nome de certidão), vive em Uberlândia, Minas Gerais, onde participa juntamente com outras 200 famílias do Movimento dos Indígenas Não Aldeados do Triângulo Mineiro (Mina).
'A gente vive na cidade, no bairro São Jorge, onde antes era periferia. Antes eu trabalhava como lavadeira, passadeira, depois em empresas. Hoje sou só dona de casa por causa da idade e dos problemas de saúde, mas faço esses sabonetes pra ajudar na renda', relata, mostrando os sabonetes artesanais que levou para comercializar na 18ª Feira Estadual de Cooperativismo (Feicoop) e na 7ª Feira de Economia Solidária do Mercosul, realizadas entre os dias 8 e 10 de julho em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Angerê e outras centenas de famílias indígenas que vivem no triângulo mineiro fazem parte do Movimento dos Indígenas Não Aldeados (Mina). Em comum, a luta por respeito e reconhecimento de terra. 'Queremos nossa terra pra plantar, pra tirar nossa sustentabilidade, tirar o alimento e as plantas medicinais', demanda, afirmando que mora na cidade por necessidade e que tem medo dos 'netos caírem na marginalidade'.
Kaun Poty Guarany, cacique do Movimento, reclama da discriminação. De acordo com ela, os indígenas que vivem fora da aldeia não têm a quem recorrer. 'O município diz que indígena é [de responsabilidade] da Funai [Fundação Nacional do Índio] e a Funai diz que é de responsabilidade da cidade. Aí fica um jogando um pro outro', denuncia.
De acordo com a líder do Mina, os indígenas não aldeados não têm de onde tirar o sustento e ainda sofrem com a discriminação das autoridades políticas e da sociedade. 'Eles não reconhecem a dívida que tem com a gente. Queremos que devolvam pelo menos um pedaço de terra. Nós não temos sequer território demarcado', desabafa.
Entre as principais demandas estão a valorização dos povos indígenas e a construção de um Centro Cultural e de Formação. 'Queremos o reconhecimento junto à sociedade e o governo. Nós somos os primeiros cidadãos brasileiros e devemos ser mais valorizados, reconhecidos como legítimos filhos do Brasil', comenta a líder do movimento.
Angerê
A história de Angerê se confunde com a de muitos indígenas no Brasil. A luta pela terra está presente antes mesmo da indígena nascer. O pai dela, da tribo da Serra da Mãozinha (zona rural do município de Missão Velha, no sul do Ceará), nem bem chegou ao mundo e já foi expulso da terra em um confronto com 'brancos'. 'Perdi meu avô e minha avó [paternos]. Uma tia salvou meu pai ainda bebê', conta.
Sem terra e com a família incompleta, a indígena revela que seu pai foi 'trabalhar na terra dos outros'. Apesar de estar longe da aldeia, não deixou as tradições de lado: casou com uma indígena para quem estava prometido e constituiu família. 'Fomos criados na tradição, mas trabalhando na terra dos outros', comenta.
Seguiram assim até o final da década de 1960, quando o patriarca faleceu e a mãe decidiu 'sair em busca de recursos para viver uma vida melhor'. Pouco depois, foi junto com os filhos e o marido com quem vivia na época encontrar a mãe em Uberlândia (MG), onde mora até os dias atuais.
As matérias sobre Finanças Solidárias são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste (BNB).
* Jornalista da Adital
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Concurso Cultural levará jovem a Jornada Mundial de Juventude
Adital :
"11.07.11 - Brasil
Concurso Cultural levará jovem a Jornada Mundial de Juventude
Camila Maciel
Jornalista da Adital
Adital
'O que é ser um jovem conectado?”. A melhor resposta, em forma de vídeo, para tal pergunta será premiada com passagem aérea e inscrição para participar da Jornada Mundial de Juventude (JMJ), em Madrid (Espanha), de 16 a 21 de agosto. O concurso cultural é promovido pelo 'Jovens Conectados”, site oficial da Comissão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a juventude. O prazo para as inscrições é 25 de julho.
Segundo Padre Carlos Sávio, assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, a ideia do concurso surgiu a partir dos jovens que coordenam o site, como forma de divulgar o meio de comunicação. 'Como site oficial da CNBB para a juventude, a proposta é torná-lo cada vez mais referência entre os jovens da Igreja do Brasil”, explica o padre.
Podem participar do Concurso 'Jovens Conectados leva você a Madri”, jovens de 18 a 35 anos. Para tanto, é necessário enviar um vídeo respondendo a pergunta 'Para você, o que é ser um jovem conectado?”. A produção deve ser postada no You Tube, para que o link do vídeo seja informado no formulário de inscrição. O resultado será divulgado no dia 28 de julho. O vencedor fará parte da Delegação Oficial da CNBB na JMJ.
A viagem começará em Brasília, no dia 10 de agosto, com retorno no dia 25, também para a capital federal. O ganhador do prêmio deverá apresentar seu passaporte até 48 horas após a divulgação do resultado. Nesse sentido, a organização do Concurso solicita que o mesmo seja providenciado com antecedência, sob pena de desclassificação.
A Jornada Mundial de Juventude é realizada a cada três anos, por convocação do Papa. De acordo com a organização, trata-se do maior evento de 'congraçamento” da juventude do mundo. A programação contará com momentos de partilha de experiências, vigílias, celebrações e festivais, os quais devem culminar com a participação do Papa Bento XVI. A Jornada reunirá cerca de dois milhões de jovens, só do Brasil já são mais de 14 mil inscritos. 'Será o recorde da delegação brasileira”, declarou o assessor nacional da CNBB.
Para Pe. Carlos Sávio, a grande participação reflete a consolidação do setor de juventude da Igreja católica no Brasil. Mesmo com diferentes expressões, de diversas forças das organizações juvenis, há uma unidade que 'se mostra não só na Jornada, mas em diversos aspectos da evangelização da juventude”, avalia. Ele ressalta a opção da Igreja em priorizar a juventude no processo de evangelização.
Para mais informações: http://www.jovensconectados.com.br
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"11.07.11 - Brasil
Concurso Cultural levará jovem a Jornada Mundial de Juventude
Camila Maciel
Jornalista da Adital
Adital
'O que é ser um jovem conectado?”. A melhor resposta, em forma de vídeo, para tal pergunta será premiada com passagem aérea e inscrição para participar da Jornada Mundial de Juventude (JMJ), em Madrid (Espanha), de 16 a 21 de agosto. O concurso cultural é promovido pelo 'Jovens Conectados”, site oficial da Comissão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a juventude. O prazo para as inscrições é 25 de julho.
Segundo Padre Carlos Sávio, assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, a ideia do concurso surgiu a partir dos jovens que coordenam o site, como forma de divulgar o meio de comunicação. 'Como site oficial da CNBB para a juventude, a proposta é torná-lo cada vez mais referência entre os jovens da Igreja do Brasil”, explica o padre.
Podem participar do Concurso 'Jovens Conectados leva você a Madri”, jovens de 18 a 35 anos. Para tanto, é necessário enviar um vídeo respondendo a pergunta 'Para você, o que é ser um jovem conectado?”. A produção deve ser postada no You Tube, para que o link do vídeo seja informado no formulário de inscrição. O resultado será divulgado no dia 28 de julho. O vencedor fará parte da Delegação Oficial da CNBB na JMJ.
A viagem começará em Brasília, no dia 10 de agosto, com retorno no dia 25, também para a capital federal. O ganhador do prêmio deverá apresentar seu passaporte até 48 horas após a divulgação do resultado. Nesse sentido, a organização do Concurso solicita que o mesmo seja providenciado com antecedência, sob pena de desclassificação.
A Jornada Mundial de Juventude é realizada a cada três anos, por convocação do Papa. De acordo com a organização, trata-se do maior evento de 'congraçamento” da juventude do mundo. A programação contará com momentos de partilha de experiências, vigílias, celebrações e festivais, os quais devem culminar com a participação do Papa Bento XVI. A Jornada reunirá cerca de dois milhões de jovens, só do Brasil já são mais de 14 mil inscritos. 'Será o recorde da delegação brasileira”, declarou o assessor nacional da CNBB.
Para Pe. Carlos Sávio, a grande participação reflete a consolidação do setor de juventude da Igreja católica no Brasil. Mesmo com diferentes expressões, de diversas forças das organizações juvenis, há uma unidade que 'se mostra não só na Jornada, mas em diversos aspectos da evangelização da juventude”, avalia. Ele ressalta a opção da Igreja em priorizar a juventude no processo de evangelização.
Para mais informações: http://www.jovensconectados.com.br
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Cogumelo que emite luz é encontrado no Brasil após 170 anos
BBC Brasil :
"Pesquisadores encontraram no Piauí um cogumelo que emite luz e que tinha sido avistado pela última vez há quase 170 anos.
A pesquisa do grupo de cientistas da USP e das universidades americanas de San Francisco e de Hilo, no Havaí, será publicada na revista científica Mycologia.
Tópicos relacionados
O Neonothopanus gardneri é o maior fungo bioluminescente do Brasil e um dos maiores do mundo.
'Já tinha encontrado alguns cogumelos que emitem luz no Brasil, mas menores, alguns do tamanho de um fio de cabelo', disse à BBC Brasil o professor Cassius Vinicius Stevani, do Instituto de Química da USP.
'Este foi o maior, um grupo deles emite quantidade considerável de luz', afirmou.
'Flor de coco'
Crédito: Cassius V.Stevani_IQ_USP
Os cogumelos têm uma aparência amarelada
Em 1840, o cogumelo foi descoberto pelo botânico britânico George Gardner quando viu garotos brincando com o que pensou serem vagalumes nas ruas de uma vila onde hoje fica a cidade de Natividade, em Tocantins.
Chamado pelos locais de 'flor de coco', o fungo bioluminescente foi classificado como Agaricus gardeni e não foi mais visto desde então.
'Fiquei sabendo que existiam ainda fungos assim por volta de 2001. Nos anos seguintes, me chegavam relatos de Tocantins e Goiás de um cogumelo grande, amarelo, que emitia uma luz', diz Stevani.
'Mas fotografia mesmo vi só em 2005, uma tirada no Piauí', afirma ele, que já participou de expedições noturnas para a coleta do cogumelo.
'As buscas acontecem em noites escuras, de lua nova, com as lanternas desligadas', explica.
Curiosamente, o cogumelo ainda é conhecido popularmente em várias partes do país como 'flor de coco'.
Existem 71 espécies de fungos que emitem luz, 12 delas estão presentes no Brasil .
A ciência ainda não desvendou o processo químico que permite que o fungo produza luz, nem a razão disso.
Uma das teses consideradas é a de que a luz é emitida para atrair insetos noturnos, ajudando os fungos a dispersar seus esporos para a reprodução. Outra diz que a luz atrai insetos predadores que atacam insetos menores que se alimentam do fungo.
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"Pesquisadores encontraram no Piauí um cogumelo que emite luz e que tinha sido avistado pela última vez há quase 170 anos.
A pesquisa do grupo de cientistas da USP e das universidades americanas de San Francisco e de Hilo, no Havaí, será publicada na revista científica Mycologia.
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'Já tinha encontrado alguns cogumelos que emitem luz no Brasil, mas menores, alguns do tamanho de um fio de cabelo', disse à BBC Brasil o professor Cassius Vinicius Stevani, do Instituto de Química da USP.
'Este foi o maior, um grupo deles emite quantidade considerável de luz', afirmou.
'Flor de coco'
Crédito: Cassius V.Stevani_IQ_USP
Os cogumelos têm uma aparência amarelada
Em 1840, o cogumelo foi descoberto pelo botânico britânico George Gardner quando viu garotos brincando com o que pensou serem vagalumes nas ruas de uma vila onde hoje fica a cidade de Natividade, em Tocantins.
Chamado pelos locais de 'flor de coco', o fungo bioluminescente foi classificado como Agaricus gardeni e não foi mais visto desde então.
'Fiquei sabendo que existiam ainda fungos assim por volta de 2001. Nos anos seguintes, me chegavam relatos de Tocantins e Goiás de um cogumelo grande, amarelo, que emitia uma luz', diz Stevani.
'Mas fotografia mesmo vi só em 2005, uma tirada no Piauí', afirma ele, que já participou de expedições noturnas para a coleta do cogumelo.
'As buscas acontecem em noites escuras, de lua nova, com as lanternas desligadas', explica.
Curiosamente, o cogumelo ainda é conhecido popularmente em várias partes do país como 'flor de coco'.
Existem 71 espécies de fungos que emitem luz, 12 delas estão presentes no Brasil .
A ciência ainda não desvendou o processo químico que permite que o fungo produza luz, nem a razão disso.
Uma das teses consideradas é a de que a luz é emitida para atrair insetos noturnos, ajudando os fungos a dispersar seus esporos para a reprodução. Outra diz que a luz atrai insetos predadores que atacam insetos menores que se alimentam do fungo.
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domingo, 10 de julho de 2011
Planeta de 7 bilhões de pessoas
BRASIL! BRASIL:
"“Em duas décadas, o mundo ganhou mais de um bilhão de habitantes e ONU alerta para o drama da superpopulação; Índia e China são os países que mais cresceram; 15% desta população estará abaixo da linha de pobreza
Brasil 247 / ABr
A população do planeta chega este ano aos sete bilhões de habitantes, conforme anunciou neste sábado 9 o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa). Chegamos a esse índice com um altíssimo percentual de pobreza: aproximadamente 1 bilhão de pessoas passam fome. E à frente deste acelerado crescimento estão seis países do mundo: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Indonésia. Os índices reforçam os dados do relatório Perspectivas da População Mundial - Revisão 2.000 que previu que a população deve chegar a 9,3 bilhões em 2050. As projeções indicam um futuro com população maior, mais velha, mais pobre, urbanizada e dependente da globalização e da migração. Na metade de 2000, a população mundial erá de 6,1 bilhões de pessoas e crescia a um rítmo anual de 1,3% , ou seja, nasciam 77 milhões de indivíduos a cada ano.
Para prevenir e também se preparar para um cenário de superpopulação, a ONU lançou a campanha 7 Bilhões de Ações, que pretende criar condições e iniciativas para enfrentar os principais desafios contemporâneos, entre eles, a redução da miséria, da fome e das desigualdades. Segundo o direitor da Unfpa, Babatunde Osotimehin, será necessário adotar novas formas de estabelecer uma cooperação global sem precedentes. “A hora de agir é agora. As ações individuais, multiplicadas muitas vezes, podem fazer um mundo de diferença. Juntos somos 7 bilhões de pessoas; contamos uns com os outros”, observou. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moom, considerou que há “alimentos suficientes para todos, ainda que quase 1 bilhão de pessoas passem fome”. Temos meios de erradicar muitas doenças, ainda que elas continuem se espalhando”, disse Ban Ki-moom. “Temos o presente de um meio ambiente rico, ainda que continue sujeito ao abuso e à exploração diária. Vamos fazer este Dia Mundial da População para tomar atitudes determinantes para criar um futuro melhor para os nossos 7 bilhões de habitantes e para a próxima geração”.
A Campanha 7 bilhões de Ações será centrada nas mídias sociais, utilizando as plataformas de interconectividade disponíveis (internet e celulares), além de ações presenciais em todos os países. O crescimento mais rápido ainda acontece nas 48 nações mais pobres, a maior parte delas na Africa subsaariana, onde a população passará de 658 milhões para 1,8 bilhão até 2050. A Índia, com uma população que corresponde a duas vezes e meia à de paises membros da União Européia (UE), está tendo crescimento populacional muito mais rápido do que o previsto. Em 2000, a UE teve um aumento vegetativo de 343 mil pessoas. A Índia alcançou isto na primeira semana de 2001.
A página da campanha na internet da Unfpa está disponível inicialmente em inglês, mas deverá incorporar outras línguas ao longo do ano.Vários parceiros globais estão apoiando a iniciativa, como Facebook, IBM, Wikimedia, National Geographic, entre outros.”
Foto: Pavel Rahman, AP Photo
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"“Em duas décadas, o mundo ganhou mais de um bilhão de habitantes e ONU alerta para o drama da superpopulação; Índia e China são os países que mais cresceram; 15% desta população estará abaixo da linha de pobreza
Brasil 247 / ABr
A população do planeta chega este ano aos sete bilhões de habitantes, conforme anunciou neste sábado 9 o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa). Chegamos a esse índice com um altíssimo percentual de pobreza: aproximadamente 1 bilhão de pessoas passam fome. E à frente deste acelerado crescimento estão seis países do mundo: Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Indonésia. Os índices reforçam os dados do relatório Perspectivas da População Mundial - Revisão 2.000 que previu que a população deve chegar a 9,3 bilhões em 2050. As projeções indicam um futuro com população maior, mais velha, mais pobre, urbanizada e dependente da globalização e da migração. Na metade de 2000, a população mundial erá de 6,1 bilhões de pessoas e crescia a um rítmo anual de 1,3% , ou seja, nasciam 77 milhões de indivíduos a cada ano.
Para prevenir e também se preparar para um cenário de superpopulação, a ONU lançou a campanha 7 Bilhões de Ações, que pretende criar condições e iniciativas para enfrentar os principais desafios contemporâneos, entre eles, a redução da miséria, da fome e das desigualdades. Segundo o direitor da Unfpa, Babatunde Osotimehin, será necessário adotar novas formas de estabelecer uma cooperação global sem precedentes. “A hora de agir é agora. As ações individuais, multiplicadas muitas vezes, podem fazer um mundo de diferença. Juntos somos 7 bilhões de pessoas; contamos uns com os outros”, observou. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moom, considerou que há “alimentos suficientes para todos, ainda que quase 1 bilhão de pessoas passem fome”. Temos meios de erradicar muitas doenças, ainda que elas continuem se espalhando”, disse Ban Ki-moom. “Temos o presente de um meio ambiente rico, ainda que continue sujeito ao abuso e à exploração diária. Vamos fazer este Dia Mundial da População para tomar atitudes determinantes para criar um futuro melhor para os nossos 7 bilhões de habitantes e para a próxima geração”.
A Campanha 7 bilhões de Ações será centrada nas mídias sociais, utilizando as plataformas de interconectividade disponíveis (internet e celulares), além de ações presenciais em todos os países. O crescimento mais rápido ainda acontece nas 48 nações mais pobres, a maior parte delas na Africa subsaariana, onde a população passará de 658 milhões para 1,8 bilhão até 2050. A Índia, com uma população que corresponde a duas vezes e meia à de paises membros da União Européia (UE), está tendo crescimento populacional muito mais rápido do que o previsto. Em 2000, a UE teve um aumento vegetativo de 343 mil pessoas. A Índia alcançou isto na primeira semana de 2001.
A página da campanha na internet da Unfpa está disponível inicialmente em inglês, mas deverá incorporar outras línguas ao longo do ano.Vários parceiros globais estão apoiando a iniciativa, como Facebook, IBM, Wikimedia, National Geographic, entre outros.”
Foto: Pavel Rahman, AP Photo
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