sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Blog do Briguilino: Adolescente desaparecida - Ajude

Blog do Briguilino: Adolescente desaparecida - Ajude: "Adolescente desaparecida - Ajude

Meus Caros Irmãos


(71) 8728-2636 1.2087846416@web52710.mail.re2.yahoo.com.jpg



ELA É A FILHA DO ENGENHEIRO JULIO CESAR FLORES BORRAZ DA ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE COUTEIROS

POR FAVOR REENVIA, NÃO TE CUSTA QUASE NADA..! OBRIGADO.

Passe foto a todo o mundo, nunca se sabe......

Por favor, olha a foto, lê a mensagem de uma mãe desesperada e passa foto a todos seus contatos



Minha filha tem 13 anos, Ashley Flores, está desaparecida desde duas semanas. Pode acontecer que se todos passarem esta mensagem, alguma pessoa reconhecerá ela. Pessoas descobriram este método. Internet circula no mundo inteiro... por favor, passa esta mensagem a todos seus contatos. Graças a tudo isso pode-se achar minha menina.



Eu peço a todos, eu imploro a todos, por favor passe esta imagem a todas as possíveis pessoas. Ainda não é tarde por favor, me AJUDE. Sim se você tiver informação, contata-se com: HelpfindAshleyFlores@yahoo. só precisa de 2 minutos necessários para fazer circular esta mensagem. Se foss e seu filho você faria até coisa impossível para obter ajuda.

' Eis que estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos ' MT 28,20

www.misericordia.com.br

'O que ama o seu irmão permanece na luz e nele não há ocasião de queda.' (1 Jo 2, 10)



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Plano de desenvolvimento turístico do Pará será lançado em outubro

Agência Pará de Notícias
Eunice Pinto/ Ag. Pará


O novo Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico do Estado foi apresentado ao trade e órgãos parceiros nesta quarta-feira

Ver-o-Pará foi o nome escolhido para designar o novo Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico do Estado, previsto para ser lançado na primeira semana de outubro pelo governador Simão Jatene. A proposta foi apresentada na tarde desta quarta-feira, 10, durante reunião ordinária dos membros do Fórum Estadual de Desenvolvimento Turístico do Pará (Fomentur), que envolve mais de 40 representantes do setor público, iniciativa privada e entidades de classe ligadas ao setor.

Adenauer Góes, presidente da Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e do Fomentur, definiu a nomenclatura como um passo a mais na decisão do trade paraense de dar mais visibilidade à marca Pará, pouco conhecida no mercado turístico nacional e internacional, onde a Amazônia tem grande apelo comercial. 'Criamos o slogan 'Pará: a Obra-Prima da Amazônia', chegou a hora de dar maior visibilidade ao Estado nesse contexto.

A pauta central do encontro do Fomentur, que ocorreu no auditório Carlos Rocque, na sede da Paratur, foi justamente a estratégia adotada pela empresa espanhola Chias Marketing, contratada pela Companhia Paraense de Turismo para atualização do Plano de Desenvolvimento Turístico do Pará, lançado há mais de dez anos. A atualização foi iniciada pelas consultoras da empresa, Patrícia Servilha e Anete Ferreira, no início deste ano.

Agora elas apontam ações emergenciais necessárias para o Plano, cujo diagnóstico está em fase de conclusão, tendo em vista que Paratur e Chias Marketing percorreram os seis pólos turísticos ouvindo as demandas dos principais agentes envolvidos na cadeia produtiva do turismo, entrevistando e aplicando questionários de pesquisa, entre outras ações.

Além de ouvir os segmentos turísticos a Chias Marketing também adotou como estratégia a aplicação de pesquisas de demanda turística, para que os visitantes pudessem avaliar o Pará e seus produtos. Uma segunda pesquisa está sendo aplicada com apoio da Paratur junto aos agentes de viagens e operadores que comercializam o Pará nos mercados nacionais e internacionais. Patrícia Sevilha explica que é o resultado desse diagnóstico que vai apontar as diretrizes do novo plano e definir as prioridades para o turismo.

Entre os participantes da assembleia do Fomentur estava o secretário de Ciência e Tecnologia, Alex Fiuza de Melo, para quem a união de esforços entre o poder público, iniciativa privada e sociedade civil são fundamentais para garantir resultados positivos às ações que estão sendo projetadas para o Estado. O empresário Francisco Rocha, agente de viagens, teve sua empresa, citada como exemplo de persistência. A Travel In iniciou suas atividades em 1991 com apenas seis funcionários. Hoje, a empresa conta com quase 30 colaboradores e atua na contração de mão de obra indireta e aquisição de produtos e serviços de vários segmentos. “Esse é um exemplo de quem acreditou e teve a coragem de investir nesse mercado', elogiou Adenauer Góes.

Para elencar as ações emergenciais e outras que vão subsidiar o novo Plano, as consultoras, acompanhadas da assessora institucional da Paratur, Conceição Silva da Silva, já visitaram cinco pólos turísticos do Pará, percorrendo diversos municípios. Na última semana foram visitados Santarém, Belterra, Oriximiná e Trombetas, no pólo Tapajós, e Altamira, no pólo Xingu. Também foram contemplados os municípios de Salvaterra, Soure e Ponta de Pedras, no Marajó. Os próximos a serem visitados serão os municípios de Cametá e Barcarena, no pólo Araguaia-Tocantins.

Ainda como resultado das estratégias emergenciais já indicadas pela consultoria, a Paratur apresentou, na manhã desta quinta-feira, 11, os indicadores da geração de emprego e renda na cadeia produtiva de turismo. Os números - que apontam um crescimento superior a 25% na geração de emprego formal e renda no setor, entre janeiro e julho deste ano, em relação ao mesmo período de 2010 - também vão subsidiar investimentos no setor e elaboração de novas políticas públicas, a exemplo da qualificação de mão de obra. A apresentação foi feita pela Paratur e Dieese Pará, no auditório do Centro Integrado de Governo (CIG).

Benigna Soares - Ascom/Paratur

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Ministra Ideli Salvatti diz que a prioridade é proteger o emprego e a renda, os interesses do povo brasileiro

BRASIL! BRASIL!:
"Gerson Camarottig, O Globo / Extra

“A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, repudiou nesta quinta-feira a rebelião da base aliada, que paralisou as votações na Câmara por causa da demora na liberação de emendas. Cobrou responsabilidade do Congresso e disse que a opinião pública não aceitará esse comportamento. Na quarta-feira, em São Paulo, horas após os aliados anunciarem a “greve branca”, a presidente Dilma Rousseff esteve com o ex-presidente Lula, que a aconselhou novamente a ter um contato mais permanente com a base, especialmente o PMDB:

- A presidente já está fazendo muito isso, conversando com os aliados e, principalmente, com o vice-presidente Michel Temer. E fará cada vez mais - disse Ideli.

Como o Planalto recebeu a retaliação dos aliados?

IDELI SALVATTI: Com a gravidade da crise econômica internacional, não se pode admitir que o Congresso ouse e tente fazer no Brasil o que o Congresso americano fez diante da crise nos Estados Unidos. Temos que ter responsabilidade. O objetivo é blindar o Brasil. Todas as questões têm importância, mas, neste momento, a prioridade é proteger o emprego e a renda, os interesses do povo brasileiro. Não podemos gastar energia com outras questões. Os líderes e partidos aliados precisam entender isso.

Como convencê-los disso?

IDELI: Todos temos que ter responsabilidade com o momento. A própria opinião pública tem entendimento de que, nesta crise econômica, não é adequado o Congresso ficar paralisado. As pessoas não vão aceitar esse comportamento. Querer piorar a condição fiscal é inadmissível.”
Entrevista Completa, ::Aqui::

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bahia, Ceará e Pará vão ganhar universidades federais

Estadao.com.br:
"Estadão.edu

Serão abertos novos câmpus de universidades federais na Bahia, Ceará e Pará. O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta quinta-feira, 11. De acordo com Haddad, mais detalhes sobre os câmpus serão anunciados pela própria presidente da República, Dilma Rousseff, na próxima terça-feira, 16, no lançamento da terceira fase do programa de expansão da Rede Federal de Educação Superior.


A Bahia vai receber duas novas universidades federais, o Ceará uma e o Pará outra. Haddad não deu mais detalhes sobre a terceira fase do programa, mas informou que terá um recorte específico e é de porte menor em relação às duas etapas anteriores, em que foram dobradas as vagas nas instituições federais.

O ministro participava do programa Mulheres Mil, no MEC, e preferiu deixar para a presidente o anúncio dos Estados que vão receber escolas técnicas que são os novos câmpus dos institutos federais.

No âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), Dilma ainda vai inaugurar 81 escolas que começaram a ser construídas no governo Lula. Somadas às que já foram inauguradas nas gestões passadas, desde 2002, a previsão é de que a rede seja ampliada para 600 unidades escolares administradas pelos 38 institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia.


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Governo trabalha para evitar retrocesso na ascensão da nova classe média, afirma Moreira Franco

Blog do Planalto:
"O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE), Moreira Franco, participou, nesta quinta feira (11/8), do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) em parceria com a EBC Serviços. Durante uma hora o ministro respondeu perguntas de âncoras de rádios de mais de 10 estados.

O tema mais frequente da entrevista foi em relação ao crescimento da classe média no Brasil e suas consequências. Segundo o ministro, o governo prepara medidas para que os mais de 30 milhões de pessoas que ingressaram nesse estrato social não retornem à pobreza.

“Temos empenho e compromisso de evitar que os ganhos desses brasileiros, que saíram da pobreza e entraram na classe média, sejam perdidos. Em breve, a SAE em conjunto com os ministérios da Fazenda e Trabalho, apresentará as medidas à presidenta Dilma Rousseff,” disse.


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Membros do Anonymous planejam destruir FB

INFO Online:
"São Paulo – Parte do grupo hacker Anonymous planeja um ataque a fim de minar o Facebook da web. O ataque seria mais um passo para a consolidação de uma nova rede social, a Anon+, criada pelo grupo.

Em um vídeo publicado no YouTube, o grupo declara: “Queremos chamar sua atenção. Os meios de comunicação os quais todos vocês adoram serão destruídos. Se você é um hacktivista ou alguém disposto a proteger sua liberdade de informação, junte se à causa e ajude a matar o Facebook em nome de sua própria privacidade”. O vídeo foi publicado no YouTube no dia 16 de julho e nomeia a ofensiva, agendada para o dia 5 de novembro, como operação Facebook.


Por meio de mensagens publicadas no Twitter hoje, o Anonymous esclareceu que o ataque está sendo planejado por uma parcela de seus membros.

“A Operação Facebook está sendo organizada por alguns Anons. Isso não significa que o Anonymous todo concorde com o plano. Nós preferimos enfrentar poderes reais e não aqueles meios que nos usamos como ferramentas”, diz o grupo, citando um artigo que convoca os hackers para combater governos que praticam a censura na web.

A rede social do Anonymous foi criada no mês passado, após o grupo ter sido banido da Google+.


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Classe C cresceu mais no Nordeste

CartaCapital:
"Classe C cresceu mais no Nordeste
Redação Carta Capital 10 de agosto de 2011 às 20:05h

O Instituto Data Popular divulgou nesta quarta-feira 10 um estudo mostrando que a região nordeste teve o maior crescimento da Classe C proporcionalmente ao número de habitantes. O aumento, entre 2002 e 2009, foi de 50%. A pesquisa mostra que 3 em cada 10 pessoas que ingressam na Nova Classe Média são nordestinas. O Sudeste, apesar de apresentar crescimento proporcional de 21%, contribui em 41% para os novos membros da classe no país.

Atualmente, 19 milhões de brasileiros são membros da Classe C, o que representa 53,9% da população. A explosão do segmento garante, sobretudo, um crescimento no consumo e consequente aumento do mercado interno. Outra pesquisa, do mesmo instituto, indica que as mulheres representam uma fatia importante deste mercado.

O aumento do número de mulheres trabalhando com carteira assinada foi de 53% nos últimos 9 anos, superando o crescimento da população feminina no país (11%).

Segundo os homens, as mulheres dessa classe têm um papel importante nas decisões. Mais de 80% dos entrevistados assumiram, por exemplo, que suas esposas exercem influência no planejamento das férias familiares e o orçamento doméstico.

O Sul é a região em que o segmento tem mais peso: 64% da população pertencem à essa classe social, ante 18% da classe D e 12% da B. No Nordeste, a Classe C representa 39%, enquanto a D tem maior expressão, de 47%. Os dados indicam as discrepâncias sociais entre as várias regiões. A desigualdade entre Norte e Sul ainda é contrastante: no Nordeste, 8% das pessoas pertencem à classe E. No Sul e Sudeste, esse número é de 1%. A classe B, de 11% no Sudeste e 12% no sul, representa apenas 6% no Norte e 4% no Nordeste.

Valores

A pesquisa apresentou também um estudo sobre a diferença de valores entre a Classe C e a elite. Entre a elite, 21% afirma ser um valor o relacionamente com o vizinho, enquanto na Nova Classe Média, esse número sobe para 60%. A brasilidade também é mais reconhecida pelo segmento médio, com 62%, ante 25% da elite. A educação, valor importante para ambas as classes, é considerada por 86% da Nova Classe Média , contra 71% dos segmentos mais abastados .
Carta Capital



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Safra de grãos crescerá 6,2% em relação a 2010, calcula o IBGE

Jornal Correio do Brasil:

"safra de grãos cresce, beneficiada com a estabilidade do clima

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em seu sétimo levantamento, estima que a safra de grãos de 2011 atingirá 158,8 milhões de toneladas, produção 6,2% superior à do ano passado (149,6 milhões de toneladas) e 1,7% menor que a estimativa anterior. Os números foram divulgados nesta terça-feira (9). A área a ser colhida deve atingir 48,8 milhões de hectares, variação de 4,9% ante 2010 e -0,3% na comparação do mês anterior.

De acordo com o levantamento, a produção de arroz deve crescer 18,9% sobre 2010 e a soja, 9,2%. Já a produção de milho deve recuar 1,1%. Essas três culturas respondem por 90,5% do total.

Entre as regiões, o Sul responde por 41,5% da produção, seguido do Centro-Oeste (35%), Sudeste (10,8%), Nordeste (10%) e Norte (2,7%). Individualmente, o Mato Grosso é o principal produtor, com participação de 19,6%, superando o Paraná (19,2%). Em terceiro, com 18,2%, vem o Rio Grande do Sul.

Agroindústria

Segundo o IBGE, a agroindústria recuou 3,3% no primeiro semestre, ante expansão de 6% em igual período de 2010 e abaixo do resultado geral da indústria na primeira metade de 2011 (1,7%). De acordo com o instituto, o resultado se deve à retração (-4,7%) no item derivados da agricultura, principalmente por causa da queda na produção de derivados de cana-de-açúcar (-25,4%), “que por conta de problemas climáticos e da falta de investimentos na renovação do plantio durante o período da crise econômica, perderam produtividade”.

Outro item que colaborou para o resultado foi o de defensivos agrícolas (-26,7%), “afetados pelo aumento das importações, estimuladas pela baixa cotação do dólar no primeiro semestre”.



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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cut: É falácia dizer que encargos trabalhistas oneram empresariado no Brasil

Maria Frô:
"O tal do ‘custo brasil’ que o empresariado brasileiro adora repetir aos quatro cantos pra justificar os altos preços praticados no país e os salários bem abaixo da média mundial dos países industrializados é só discurso.

Pesquisas do Dieese mostram que encargos trabalhistas representam um ‘custo’ de apenas 25% para o empregador (em 34 países pesquisados a média desse custo é bem mais alta, acima dos 33%) enquanto a média salarial dos trabalhadores no mundo industrializado também é maior que a dos trabalhadores brasileiros: no Brasil a hora média de trabalho é de 2,70 dólares enquanto nos países pesquisados é de 5,80 dólares. Ou seja, aqui os empregados ganham menos, os consumidores pagam mais caro e os empresários lucram mais.

Atualização: Hoje o governo federal tomou medidas ampliando teto para empreendedor individual, micro e pequenas empresas se beneficiarem do Simples Nacional (menor e mais simplicada carga tributária).

Ao contrário do que se diz, os encargos trabalhistas correspondem a 25% sobre os salários, e não 102%

Por: Artur Henrique, presidente da Cut, em seu blog

26/07/2011

O Dieese divulgou à imprensa um levantamento que comprova que os encargos trabalhistas representam apenas 25% sobre os salários pagos aos trabalhadores e trabalhadoras no Brasil.

O levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) desmonta a tese, alardeada pelos empresários, que o salário de cada trabalhador custa mais que o dobro para os empregadores.

É possível que, apesar de o Dieese ter divulgado esse dado, a notícia não chegue até a maioria.

O empresariado, através de consultores e com a ajuda da grande mídia, tanto divulga a ideia de que cada trabalhador custa duas vezes o seu salário, que até mesmo os assalariados costumam repetir essa falsa informação.

Precisamos desmontá-la.

Os empresários, quando dizem que os encargos custam 102% a mais que o salário propriamente dito, fazem uma conta marota.

Eles consideram como encargo algo que, na verdade, é salário. Confira o que eles consideram como encargo, e não como salário:

- repouso salarial remunerado

- férias remuneradas

- adicional de 1/3 sobre as férias

- feriados

- 13º salário

- aviso prévio em caso de demissão sem justa causa

- multa sobre o FGTS

- parcela do auxílio-doença paga pelo empregador.

Ora, tudo isso é salário, pois compõe o rendimento do trabalhador, aquilo que ele põe no bolso, seja em dinheiro, seja em forma de poupança.

Quando os empresários separam uma coisa da outra, querem considerar salário só o valor da hora de trabalho. Todos esses outros itens citados acima seriam “despesa extra”, “encargo”, e que poderiam, portanto, ser eliminados.

Para o Dieese e para a CUT, devem ser considerados encargos sociais aqueles que são repassados para o governo e também para entidades empresariais (ora vejam só) como Sesi, Senai, Sesc e outros, com o objetivo inicial de financiar programas universais:

- INSS

-seguro acidentes do trabalho

- salário educação

- Incra

- Sesi ou Sesc

- Senai ou Senac

- Sebrae

Tais encargos, aplicados sobre o salário, representam 25,1%. Jamais 102%.

Vamos lembrar disso neste momento em que a grande pauta do empresariado é a “desoneração da folha”

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+ 18: O Projeto, um exemplo a ser seguido

+ 18: O Projeto: "O que é o projeto?

O projeto “+ 18” é uma realização do Instituto de Juventude Contemporânea (IJC) em parceria com o Fórum de Cearense de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. O intuito é que o dia “18 de Maio” (data em que organizações e poder público saem às ruas com o objetivo de mobilizar a sociedade para o enfrentamento da violência sexual infanto-juvenil) seja expandido.

Entretanto, ainda que a data motive a mobilização dos diferentes setores da sociedade, dos governos e da mídia para formação de uma forte opinião pública contra a violência sexual de crianças e adolescentes, o IJC e o Fórum de Enfrentamento entendem que as ações de combate a exploração sexual devam ser mais permanentes e não tão episódicas. Essa é uma ação para dar visibilidade à questão por todo o ano. É um projeto que incentiva o protagonismo juvenil promovendo o combate à violência sexual contra nossas Crianças e Adolescentes.

O IJC acredita na força das Juventudes, por isso o projeto pretende canalizar esse potencial para enfrentar o problema, já que a violência sexual contra Crianças e Adolescentes é uma das conseqüências mais perversas da violação dos Direitos Humanos. Enfrentar esse problema é dever de toda a sociedade e a juventude não pode ficar fora dessa!

O projeto propõe oficinas, seminários, atividades em grupos de convivência para combater esse fenômeno social classificado como um problema de saúde publica que perpassa por todas as camadas sociais.

Diante dessa situação a sociedade não pode se calar enquanto Crianças e Adolescentes são levadas à situação de vulnerabilidade pessoal e social, perdendo o seu direito de um desenvolvimento físico e emocional saudável. O “+ 18” é mais uma forma que o IJC e o Fórum de Cearense de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes encontraram de mostrar pro mundo que a juventude pode sim transformar a realidade!

Qual é o objetivo?

A partir do fortalecimento do protagonismo juvenil no enfrentamento à violência sexual, o IJC quer dar suporte aos processos de mudança protagonizados pelos jovens. Buscamos a construção da cidadania plena das Crianças, Adolescentes e Jovens, contribuindo para o fortalecimento das organizações juvenis, da mobilização social como ferramenta na construção da dignidade humana e o pluralismo político. Com isso, é possível ampliar a capacidade crítica das/dos jovens, através do compartilhamento de saberes, desafios e aprendizados.

Levantando a bandeira do combate à violência sexual contra Crianças e Adolescentes, estamos junto às/aos adolescentes e jovens, contribuindo na sensibilização da sociedade para essa temática. Com nossas Crianças e Adolescentes protegidas hoje, teremos amanhã uma juventude saudável para usufruir de todos os seus direitos como cidadã. O maior objetivo é que os/as adolescentes e jovens envolvidos sejam multiplicadores de ações de enfrentamento, fortalecendo o Eixo de Protagonismo Juvenil no Fórum.

Quem pode participar?

O trabalho é voltado para adolescentes e jovens de organizações que compõem o Fórum Cearense de Enfrentamento a Violência Sexual. Ao todo 30 participantes, de 15 a 25 anos, residentes em Fortaleza serão escolhidos a partir de um formulário de inscrição disponível no site do IJC (www.ijc.org.br) e no blog do “+ 18” (www.ijcmais18.blogspot.com). No formulário serão levados em conta os trabalhos que os/as adolescentes e jovens desenvolvem em instituições ou grupos sociais. Após o termino das atividades, os/as participantes receberão certificação com 68h/aula de trabalhos desenvolvidos.

Pra que serve o Fórum Cearense de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes?

O Fórum Cearense de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes foi fundado em abril de 2001. É uma articulação da sociedade civil organizada, poder público e agencias de cooperação internacional. O objetivo do Fórum é mobilizar e conscientizar a sociedade sobre as políticas públicas direcionadas às nossas crianças e adolescentes no Ceará, trabalhando pela defesa e promoção dos direitos humanos e sexuais da população infanto-juvenil. Anualmente, o Fórum atua desenvolvendo ações de enfrentamento a violência sexual de Crianças e Adolescentes a partir da análise de situação, prevenção, atendimento, defesa e responsabilização, articulação e mobilização, protagonismo juvenil.

Por que 18 de Maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes?

Com a intenção de convocar toda a sociedade a participar dessa luta de prevenção e enfrentamento à violência sexual contra Crianças e Adolescentes, o dia 18 de Maio foi constituído pela Lei Federal Nº. 9.970 como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Essa data foi escolhida em razão do crime que comoveu o Brasil em 1973, o Caso Araceli, em que uma menina de oito anos foi assassinada após ter sido violentada sexualmente por um grupo de rapazes em Vitória, no Espírito Santo. O dia é marcado pela mobilização da Sociedade e Governo pelo fim da impunidade, além da sensibilização, e visibilidade para a problemática.

Mais informações

Instituto de Juventude Contemporânea – IJC
Rua Castro e Silva, 121 – Salas 400 e 401, CEP: 60030010
www.ijcmais18.blogspot.com
forumce.violenciasexualnao@gmail.com
www.ijc.org.br
@ijconline
Fone: 32477089

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Projeto forma jovens para combate a exploração sexual de crianças e adolescentes

Adital:
"09.08.11 - Brasil
Projeto forma jovens para combate a exploração sexual de crianças e adolescentes
Camila Maciel
Jornalista da Adital
Adital

Expandir as ações do 18 de maio, Dia nacional contra exploração sexual de crianças e adolescentes. Esse é objetivo do Projeto +18, do Instituto de Juventude Contemporânea (IJC), em parceria com o Fórum Cearense de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. Por meio do protagonismo juvenil, o projeto pretende tornar as ações de combate a exploração sexual 'mais permanente e não tão episódicas” no estado do Ceará, região Nordeste do Brasil.

'Parece que o problema da exploração sexual de crianças e adolescentes só existe no período do Carnaval ou em torno do dia 18 de maio”, avalia Hanoy Barroso, coordenadora do IJC e do Fórum. Hanoy aponta que nesses períodos os gestores municipais se voltam com mais atenção para o tema, 'inclusive aumenta bastante a participação no Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual”.

Com o intuito de romper com essa prática, o IJC e o Fórum irão formar 30 jovens cearenses para que eles sejam multiplicadores de ações de enfrentamento durante todo o ano. Para participar, é preciso ter entre 15 e 25 e preencher o formulário de inscrição até o dia 22 de agosto, no blog do projeto. As atividades serão realizadas em Fortaleza, capital do estado. Os participantes irão receber, após o término das atividades, certificados com 68horas/aula de trabalhos desenvolvidos.

Todo jovem na faixa etária indicada pode se inscrever, no entanto, a organização deve considerar o envolvimento deles em grupos juvenis, de bairros ou organizações formais. 'Acreditamos que eles podem multiplicar mais facilmente as informações recebidas”, explica a coordenadora.

Segundo Hanoy Barroso, o +18 coloca na linha de frente do combate a exploração sexual os próprios jovens. 'Debatemos temas que envolvem eles, mas nem sempre eles fazem parte das discussões. É uma forma também de fortalecer o Eixo de Protagonismo Juvenil no Fórum”, analisa. Como resultado, a coordenadora espera que, posteriormente, os jovens possam fazer parte dos momentos de visita do Fórum a municípios e expor suas opiniões, a partir do olhar da juventude.

O projeto +18 será dividido em três fases, sendo a primeira de Formação. Em três finais de semana, iniciando nos dias 2, 3 e 4 de setembro, os jovens discutirão temáticas ligadas aos Direitos Humanos. Em seguida, virá a etapa de Campanha, na qual os participantes produzirão um material permanente sobre o tema 'para garantirmos o debate social durante todo o ano”, explica o Instituto.

No terceiro momento, com data marcada para o dia 25 de novembro, será realizado um Seminário para discutir com profissionais da rede de proteção da infância a questão da exploração sexual, bem como traçar estratégias conjuntas de enfrentamento. Hanoy explica que toda a programação desse momento será pensada pelos jovens protagonistas.

Exploração sexual no Brasil

Em 50% dos municípios brasileiros há denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes. É o que afirma o levantamento feito em maio deste ano pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) do governo federal. Regiões Centro Oeste e Nordeste registram o maior número de denúncias, através do Disque 100, número nacional disponível para denúncias anônimas de violências.

Os dados compõem a prévia da 'Matriz Intersetorial 2011 – Cenários do Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes” e servirão como base para organizar a atuação da Secretaria. Quatro frentes são apontadas como prioridade: Copa do Mundo, grandes obras (principalmente de usinas hidrelétricas), rodovias e fronteiras. O estudo revela que as doze cidades-sede da Copa 2014, dentre as quais se inclui o estado do Ceará, estão entre as 100 cidades com maior número de casos de exploração sexual.

Para Hanoy Barroso, o fortalecimento do protagonismo juvenil, através do +18, será importante para que o estado do Ceará se prepare para os impactos desse grande evento. 'Nossa ideia é que iniciemos com esse projeto, mas que as ações de enfrentamento sejam permanentes”, afirma.

Para mais informações: http://www.ijcmais18.blogspot.com/


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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Forúm de turismo vai avaliar novo plano

Agência Pará de Notícias:*

Fomentur vai avaliar ações para novo plano de turismo

Representantes do trade turístico se reúnem no próximo dia 10, às 15h, na Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), em mais uma reunião ordinária do Fórum de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará (Fomentur). A pauta principal do encontro será a avaliação do Plano de Desenvolvimento Turístico do Pará, que está sendo atualizado.

As consultoras da empresa espanhola Chias Marketing, Patrícia Servilha e Anete Ferreira, responsáveis pela atualização do Plano, vão apontar ações emergenciais necessárias para implementar o plano, que deve ser lançado ainda este ano pelo presidente da Paratur, Adenauer Góes, e pelo governador Simão Jatene.

Para elencar as ações emergenciais e outras que vão subsidiar o novo Plano, as consultoras, acompanhadas da assessora institucional da Paratur, Conceição Silva da Silva, já visitaram quatro dos seis polos turísticos do Pará, percorrendo diversos municípios. Na última semana, os municípios visitados foram Santarém, Belterra, Oriximiná e Trombetas, no polo Tapajós.

Altamira, no polo Xingu, também foi contemplado. Esta semana o roteiro envolve os municípios de Salvaterra, Soure e Ponta de Pedras, no Marajó. Ainda vão ser ouvidos os municípios de Cametá e Barcarena, no polo Araguaia Tocantins. A reunião do Fomentur vai ocorrer no auditório do 9ª andar da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), às 15h e será coordenada pelo presidente do Fórum e da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), Adenauer Góes.

Benigna Soares - Ascom Paratur

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Nova classe média tem maioria feminina, branca e com mais de 25 anos

Agencia Brasil: "

Nova classe média tem maioria feminina, branca e com mais de 25 anos



Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Perfil elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República revela que a nova classe média brasileira, formada por 95 milhões de pessoas, tem a maioria feminina (51%) e branca (52%) e é predominantemente adulta, com mais de 25 anos (63%).

Os dados são da Pesquisa de Amostra Domiciliar (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antes do Censo 2010, e agora recompilados pela SAE para estabelecer o perfil da classe C – que, na última década, teve o ingresso de 31 milhões de pessoas e tornou o estrato social mais volumoso. A renda familiar da classe média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais.

O perfil da nova classe média é tema do seminário que o governo promove hoje (8), em Brasília, para estabelecer novas políticas sociais para o segmento.

Segundo os dados, a nova classe média é majoritariamente urbana (89%) e, em sua maioria, está em três regiões brasileiras: Sul (61%), Sudeste (59%) e Centro-Oeste (56%). O percentual da população nesse estrato social é maior em cidades de pequeno porte (45%), com menos de 100 mil habitantes, do que em regiões metropolitanas (32%) e em cidades de médio porte (23%).

Os dados educacionais revelam que 99% das crianças e adolescentes (7 a 14 anos) da classe média frequentam a escola. A proporção é a mesma que a da classe alta. A frequência escolar nas faixas etárias mais elevadas é, no entanto, comparativamente menor. Na classe alta, 95% dos jovens de 15 a 17 anos e 54% dos adultos de 18 a 24 anos frequentam escola; enquanto, na classe emergente, os percentuais caem para 87% e 28%, respectivamente.

Apesar do perfil escolar mais baixo, a SAE afirma que a classe C tem buscado incrementar a formação escolar. Segundo o secretário executivo da SAE, Roger Leal, o total de anos dedicados ao estudo é maior que no passado, e a classe C tende a se beneficiar da melhoria da qualidade no ensino. Para ele, é natural a junção entre um acesso mais amplo à educação e um espaço maior no mercado de trabalho.

Conforme a SAE, seis em cada dez pessoas da classe C estão empregadas. A maioria dessas tem registro formal (42% com carteira assinada e 11% como funcionário público); 19% trabalham sem registro; outros19% trabalham por conta própria; 3% são empregadores; e 6% não são remunerados. O perfil de formalização da classe C (53%) está acima da média nacional (47%), mas, na classe alta, o índice de formalização é maior, 59%.

“O fato de a pessoa chegar à classe média, de ter tido um incremento do rendimento, experimentado alguma ascensão social, não significa dizer que houve formalização do emprego”, pondera Leal, ao destacar que não há uma relação rigorosa entre a melhoria da qualidade de vida e a legalização do vínculo empregatício. “Isso não quer dizer que o combate à pobreza gere formalização do emprego.”

Ainda conforme os dados compilados da Pnad 2009, três quartos da classe C moram em casa própria, sendo 99% dos domicílios de alvenaria ou madeira aparelhada; com forro ou cobertura de laje, telhado ou madeira aparelhada. Os dados analisados pela SAE serão publicados no site www.sae.gov.br/novaclassemedia.

Edição: Lana Cristina





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à quem interessa a divisão do estado do Pará,defensores são réus no SupremoTribunal Federal

Defensores são réus no STF « CartaCapital:


Defensores são réus no STF
Gabriel Bonis 9 de agosto de 2011 às 9:39h
O deputado federal Lira Maia (PMDB-PA) é réu em quatro processos no STF e declarou bens com valores sem correção. Foto: Câmara Federal



Em 2010, Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) e Lira Maia (DEM-PA) foram eleitos deputados federais pelo estado do Pará. Na lista dos 17 candidatos paraenses eleitos, figuraram bem abaixo dos dez primeiros colocados, apresentando desempenho fraco nas urnas de Belém, capital e maior colégio eleitoral do estado. Na cidade, somaram pouco mais de mil e 1,9 mil votos, respectivamente. Contudo, ambos, que estão entre os maiores defensores da divisão do Pará, foram eleitos graças aos votos nas regiões que querem emancipar.

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Em Carajás, Bentes acumulou 56,7 mil votos apenas em Marabá, cidade de 233,4 mil habitantes apontada como a futura capital do estado. Seus 87,6 mil votos vêm majoritariamente de nove municípios da região. O mesmo acontece com Maia: 59 mil votos em Santarém, possível capital de Tapajós, com 295 mil moradores, onde foi prefeito. Dos 119,5 mil votos que obteve em 2010, 106 mil partiram de 18 municípios da área.

As pendências na Justiça também são outro ponto em comum entre os deputados. Atualmente secretário da Aquicultura e Pesca do Pará, Bentes foi acusado pelo Ministério Público de comprar votos em troca de laqueadura de trompas quando disputava a prefeitura de Marabá em 2004. Ele ainda responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por estelionato, formação de quadrilha e captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral.

Enquanto isso, Maia é réu em quatro ações do STF por crimes de responsabilidade e da lei de licitações, além de ser investigado por crimes contra a organização do trabalho, responsabilidade e crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral.

“Todos esses processos são por disputa política local. Fui prefeito de Santarém por oito anos e antes disso nunca tinha ido a uma delegacia”, diz Maia, em entrevista a CartaCapital. “Esse legado é dos opositores e estou respondendo isso na lei”.
Asdrúbal Bentes responde no STF por estelionato, formação de quadrilha e captação ilícita de votos. Foto: Câmara Federal



Asdrúbal Bentes também é autor do parecer favorável à aprovação da proposta do plebiscito para a criação de Carajás na Comissão da Amazônia, um estado com 285 mil quilômetros quadrados de extensão, maior que a Inglaterra e a Bélgica juntas. Com população de 1,6 milhão de pessoas, a unidade teria 39 cidades e, segundo dados do Mapa da Violência do Ministério da Justiça de 2008, concentraria o maior índice de homicídios do País: 68,1 assassinatos por ano a cada 100 mil habitantes, contra 11 a cada 100 mil em São Paulo.

Na outra ponta “separatista”, Lima participa da frente da campanha pró-Tapajós, com um discurso conhecido entre os que defendem as divisões de estados no Brasil: a bandeira das melhorias sociais. “Pegando o exemplo das redivisões territoriais no País, todas foram essenciais. Ao se separar de Goiás, Tocantins alcançou um PIB invejável e o mesmo aconteceu com o Mato Grosso do Sul”, justifica.

Caso seja criado, Tapajós teria 722 mil quilômetros quadrados, tamanho superior à soma dos territórios de Espanha, Portugal, Áustria e Suíça, 1,3 milhão de habitantes e 27 municípios. Porém, o deputado afirma que não defende a divisão com intenções políticas, sem descartar, porém, possíveis candidaturas a cargos no governo. “Quem vai governar fica para depois da criação, o projeto é coletivo. O que vem depois é consequência”.

Outro quesito que desperta a atenção para Maia é a sua declaração de bens nas eleições de 2010. O engenheiro agrônomo possui 10 terrenos rurais em Santarém que somam ao menos 317,5 hectares, ou o equivalente a 26 estádios do Maracanã. Porém, os valores apresentados parecem abaixo da realidade de mercado.

Um dos terrenos de 3,5 hectares (35 mil metros quadrados) é declarado com o valor de 1,1 mil reais. Em outro caso, um imóvel rural de 150 hectares, o equivalente ao tamanho do parque do Ibirapuera, em São Paulo, tem valor estimado pelo deputado em 5,4 mil reais. Ele ainda possui outras propriedades rurais sem extensão declarada em regiões como Itaituba, também em Tapajós.

Segundo Maia, os valores dos bens declarados não foram atualizados. “Há propriedades cotadas para mais e outras para menos”, aponta, emendando, aos risos, que a extensão de suas terras é curta. “Aqui no Pará uma propriedade de 150 hectares é uma chacarazinha. Até quatro módulos é pequeno produtor e sou produtor rural há muito tempo”, diz o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara.

A reportagem de CartaCapital tentou o contato com Asdrúbal Bentes, mas foi informada de que o deputado licenciado estava em viagem e incomunicável.

Plebiscito

Em 11 de dezembro de 2011, os 7,4 milhões de paraenses decidem em um plebiscito, que deve custar cinco milhões de reais aos cofres públicos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se o Brasil ganhará novos contornos com a criação de Carajás e Tapajós. Pelas propostas, o Pará ficaria com apenas 17% do seu atual território e teria quatro milhões de habitantes.

Caso a criação dos estados seja aceita na consulta popular, aprovada pelo Congresso a partir dos projetos PDC 2300/2009, do ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB/TO), e PDC 731/2000, do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), a matéria retorna para a avaliação da Câmara e Senado.

A partir de 13 de setembro, as pesquisas de opinião sobre a divisão do estado poderão ser registradas e as campanhas pela internet, panfletos e carros de som têm inicio. Um mês antes da votação, em 11 de novembro, as peças publicitárias poderão ser veiculadas na televisão e no rádio.

No comando da campanha a favor da divisão do Pará está sob o baiano Duda Mendonça, marqueteiro responsável pelas campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

As primeiras peças publicitárias já foram apresentadas em Belém, capital do Pará, no final de julho. Mendonça já afirmou que não vai cobrar nada pelo trabalho intelectual por acreditar no projeto. Porém, ele é dono de propriedades na região de Carajás.
Gabriel Bonis

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Após o pico do petróleo, a globalização irá a pique

TERRAMÉRICA –  Envolverde:

 "A realidade mostra que, na economia globalizada, a pobreza é o único fenômeno sustentável, afirma neste artigo o empreendedor Gunter Pauli.

35 TERRAMÉRICA Após o pico do petróleo, a globalização irá a piqueClaudius
Berlim, Alemanha, 8 de agosto de 2011 (Terramérica).- A economia mundial seguiu, durante décadas, o caminho da globalização. O timão dirigido para economias de escala cada vez maiores a custos marginais cada vez mais baixos empurrou o setor manufatureiro para a padronização e redução radical dos gastos mediante a subcontratação e o controle da cadeia de fornecimentos.

Assim se impuseram a concentração dos fornecedores, a eliminação de desnecessárias gerências internas, o fomento das fusões e aquisições e a redução de custos para garantir maiores lucros aos investidores e preços mais baixos aos clientes, de modo a aumentar seu poder de compra e engrossar as fileiras da cobiçada classe média.

Supunha-se que este processo de crescimento globalizado derramaria riqueza a partir das camadas sociais mais altas para as mais baixas, distribuindo-a melhor e permitindo que mais integrantes da classe média se tornassem ricos.

Entretanto, a realidade mostra que, na economia globalizada, a pobreza é o único fenômeno sustentável. Embora se possa argumentar que houve crescimento e expansão do mercado, a quantidade de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia nunca foi maior do que agora.

Considerou-se que o controle da explosão demográfica era um fator prioritário para um desenvolvimento social equitativo para todos no planeta. Porém, controlar o crescimento da população não é suficiente.

A ação mais decisiva que é necessária – e a menos debatida – é a mudança do modelo de negócio.

Nosso sistema econômico sempre se guiou pela eficiência, mas nunca considerou a suficiência. A cobiça, em lugar da necessidade, foi a musa inspiradora do impulso empresarial. E a distância entre os mais ricos e os mais pobres do mundo nunca foi tão grande como agora.

A alternativa, proposta pela Economia Azul, é satisfazer nossas necessidades básicas com o que temos. Chegou a hora de acabar com o consumo além da capacidade real do planeta.

Para sair da armadilha da escassez e entrar em um mundo de suficiência para todos os seres sensíveis, e não apenas para a espécie humana, devemos introduzir inovações e tecnologias que forneçam nutrientes e energia em cascata, tal como fazem os ecossistemas.

Amory Lovins e seus especialistas em energia do Rocky Mountain Institute demonstraram que a sociedade moderna chegou em 2007 ao “pico do petróleo” – o momento em que a extração anual de combustíveis fósseis alcançou seu ponto mais alto – e que desde então estão diminuindo progressivamente as reservas. Nesta situação, a redução do consumo e a busca por fontes renováveis de energia são uma necessidade absoluta.

Contudo, o fim da era de acesso ilimitado aos combustíveis fósseis traz consigo o “pico da globalização”. As empresas que se expandiram até se transformarem em corporações mundiais agora enfrentam uma tendência de dinâmica decrescente.

As vencedoras serão as pequenas e médias empresas, inspiradas por milhões de empresários que souberem responder às necessidades básicas de suas comunidades com os recursos locais disponíveis.

Esta mudança permite conceber um sistema competitivo no qual o livre comércio e o livre fluxo de investimentos estrangeiros diretos já não serão a chave para o sucesso econômico.

O novo modelo proporcionará oportunidades para as empresas locais que forem capazes de criar uma ampla aliança de atividades econômicas e sociais com múltiplas rendas e benefícios.

Este modelo é a alternativa à camisa de força que o mantra do uniformizado e globalizado mundo contemporâneo impôs: o giro do negócio e a competição essencial, e seu fetiche, a análise de fluxos de capitais.

Abandonar o modelo da Harvard Business School, que obriga as gerências a se concentrarem em um produto e um processo por vez, permitirá que Davi vença Golias novamente.

Davi ganhará, não por ter acesso privilegiado aos mercados globais de capital, trabalho, energia e minerais, mas sim porque a acelerada expansão que incentivou a globalização terá deixado os gigantes extremamente vulneráveis.

E, ao contrário das 500 maiores empresas listadas pela revista Forbes, poucos empresários desejarão substituir esses gigantes, e se darão por satisfeitos se cada um conseguir abocanhar uma porção de 2% ou 3% do mercado de seus formidáveis oponentes.

Este novo paradigma facilitará a chegada de sistemas descentralizados de produção e consumo que já são competitivos e tecnicamente viáveis em todos os setores da economia, incluindo mineração, reflorestamento, agricultura, metais, química, energia e indústria do papel.

A carteira de cem inovações descritas na Economia Azul e seus crescentes êxitos de mercado em todos os rincões do mundo mostram que esses avanços individuais não são isolados, mas parte de uma nova tendência que chamo de “o fim da globalização”.

Embora a penetração completa da Economia Azul em nosso tecido social e econômico talvez demore algumas décadas mais, já estão sendo forjadas forças competitivas conduzidas por necessidades e por recursos locais.

Assim nascerá uma nova sociedade na qual serão gerados empregos suficientes, os melhores produtos para a saúde e o meio ambiente serão menos caros, e se crie capital social pela simples dinâmica de ser mais produtivo e competitivo.

Definitivamente, isso é o que se espera da economia humana: que consiga muito mais com muito menos.

* Gunter Pauli é empresário e autor da obra “A Economia Azul” (www.blueeconomy.de). Direitos exclusivos IPS.

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.


(Terramérica)

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ProJovem garante qualificação e cidadania

PNUD Brasil :
ProJovem garante qualificação e cidadania
Programa inova ao usar conceito de educação integrada que articula ensino fundamental, formação profissional e ação comunitária
"Mais de 450 mil jovens brasileiros entre 18 e 29 anos que, apesar de alfabetizados não tinham completado o ensino fundamental, já foram beneficiados através de ações de inclusão social desenvolvidas pelo ProJovem Urbano. A iniciativa do governo federal, que conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), baseia-se no conceito de educação integrada, ou seja, busca aliar também a qualificação profissional e o envolvimento comunitário ao ensino. Com isso, os jovens ganham uma nova perspectiva de futuro dentro de um panorama de integração social.

A preocupação do Estado com a juventude tem suas razões. Segundo o IBGE, quase 36% da população com idade entre 18 e 24 anos está desempregada. A violência urbana é outra condição que aflige os jovens: nas últimas décadas, houve um aumento expressivo na taxa de homicídios nessa mesma faixa etária, muito superior à média dos outros grupos da população – como mostra o Mapa da Violência elaborado pelo Instituto Sangari.

A situação de vulnerabilidade a que esses brasileiros estão expostos levou o governo federal a criar, em 2005, a Política Nacional de Juventude, que estabeleceu diretrizes e criou estruturas para a implementação e gerenciamento de políticas públicas dedicadas aos jovens. Na tentativa de centralizar essas políticas foi criado, em 2008, o ProJovem Integrado que inclui, além do Urbano, os segmentos Campo, Adolescente e Trabalhador.

Ensino, formação profissional e cidadania

O currículo integrado do ProJovem Urbano é reflexo do dinamismo a que seus beneficiários estão submetidos. Completar o primeiro grau, para eles, não é suficiente para entrar no mercado de trabalho, e é nesse ponto que a qualificação profissional se torna fundamental. Os cursos, que se dividem em 23 arcos ocupacionais (conjunto de ocupações relacionadas), acompanham os 18 meses de duração do programa. Os alunos recebem ainda aulas de informática e uma bolsa-auxílio mensal de R$ 100. Entre as opções de qualificação profissional, existem cursos nas áreas de administração, construção civil, educação, saúde, telemática e metalurgia mecânica, entre outras.

Para que a intervenção do programa seja bem sucedida, é preciso estimular o engajamento social e a participação na vida da comunidade, devolvendo aos jovens a autoestima e o sentimento da importante contribuição social que cada um pode oferecer. A concepção do ProJovem Urbano busca alinhavar as três áreas de modo a proporcionar condições reais de empoderamento aos indivíduos, fornecendo as ferramentas necessárias à conquista da autonomia profissional e ao reconhecimento de sua condição de cidadãos dentro da sociedade.

“O ProJovem Urbano tem se mostrado um instrumento essencial de comunicação com o jovem brasileiro. É evidente que precisamos aprimorá-lo em alguns pontos, mas estamos confiantes de que isso será feito ao longo dos próximos anos com a experiência acumulada em sua implementação”, explica Érica Machado, analista de projetos do PNUD.

O projeto, que possui um caráter de inclusão baseado no conceito de oportunidades para todos e direitos universalmente assegurados, funciona também em algumas unidades prisionais. Em 2009, através de uma parceria com o Ministério da Justiça, foram implementadas, em caráter experimental, três unidades do ProJovem Urbano dentro de penitenciárias nos estados do Rio de Janeiro, Acre e Pará.

O ProJovem Urbano Prisional atende jovens que cumprem pena privativa de liberdade e possui o mesmo desenho do projeto original. Há, no entanto, algumas adequações no calendário e no material, além de treinamento especial para os educadores, que possuem a missão de despertar novamente naqueles alunos as noções de dignidade, autoconfiança e cidadania, criando um cenário mais promissor e com perspectivas reais de reintegração social.


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POBREZA_DESIGUALDADE

PNUD Brasil :
"Reportagens

Brasília, 28/07/2011
Brasil sem Pobreza apresenta plano de ação
Movimento que reúne entidades da sociedade civil prepara estratégia para ajudar o país a erradicar a miséria
Divulgação/PNUD
Movimento Brasil sem Pobreza

O Movimento Brasil sem Pobreza foi constituído em 15 de março de 2011 por iniciativa da ONG União Planetária com o objetivo de apoiar as políticas públicas para a erradicação da miséria.

Atualmente, integram o movimento 62 entidades, dentre as quais a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Rotary Clube, Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, Liga Nacional de Judô, Green Cross Brasil, Grande Oriente do Brasil, Ananda Marga Brasília, Federação Brasileira das Entidades de Combate ao Câncer, Federação Espírita Brasileira, Instituto Brasileiro de Formação Educacional e Cultural, Comissão Especial Pastoral para o Serviço da Justiça, Caridade e Paz da CNBB e Sindicato dos Astrólogos de Brasília.

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do PNUD

A erradicação da fome e da pobreza é uma tarefa de todos. Com essa premissa em mente e muita vontade de mudar a situação dos 16 milhões de brasileiros que ainda vivem na miséria, representantes da sociedade civil e do governo estão unindo forças para colocar em prática um plano de ação dedicado a esta tarefa. O Movimento Brasil sem Pobreza, iniciativa liderada pela ONG União Planetária, com o apoio de mais de 60 entidades signatárias, tem como principal objetivo apoiar as políticas públicas para a erradicação da miséria.

Esta semana, o Movimento reuniu na sede do PNUD, em Brasília, representantes de 28 destas organizações engajadas no projeto. “O desafio de acabar com a fome é muito grande. O governo não consegue fazer isso sozinho. Mas, se unirmos forças, é possível vencer essa batalha e, para isso, a mobilização é fundamental”, ressaltou o secretário-executivo do Movimento Brasil sem Pobreza Ulisses Riedel. “Nós temos muita força, o que precisamos fazer agora é dirigir essa energia para a erradicação da pobreza”, completou.

Além de contribuir com sugestões relevantes para a proposta que está prestes a ser executada, o encontro serviu de espaço para troca de experiências entre os participantes. Ações como a do Rotary Club, que tem ajudado na implementação do Plano Emergencial de Erradicação da Poliomielite no Paquistão, ou iniciativas de inclusão cultural e esportiva, como aulas de forró ministradas a jovens de baixa renda do Distrito Federal (DF), inspiraram ainda mais os promotores da iniciativa.

Somente no DF existem 93 mil famílias vivendo em extrema pobreza. Destas, 23,9% são chefiadas por mulheres sem cônjuge e com filhos menores de 15 anos. A região apresenta uma das piores taxas de desigualdade na distribuição de renda domiciliar per capita. Tendo em conta esses índices, o Movimento definiu três territórios socialmente vulneráveis para iniciar as ações: Itapoã, Estrutural e Varjão, todos no entorno da capital federal.

Linha de ação

As linhas de ação do plano de trabalho proposto prevêem: a capacitação profissional dos cidadãos; ações específicas voltadas para grupos vulneráveis, como jovens, populações de rua, apenados, dependentes químicos, adultos não alfabetizados e crianças abandonadas; a formação de parcerias públicas e privadas e o fortalecimento de entidades que trabalham pela cidadania; e o estímulo ao voluntariado e à constituição de ecovilas.

A próxima tarefa do grupo é fazer um diagnóstico da área de Itapoã, primeira a receber um Centro de Referência de Inclusão Social, que será a base de atuação do Movimento. Cada entidade contribuirá com uma ação social sistemática no local, prevista para começar em 20 dias.

Segundo o Movimento, o plano não traz novidades em sua linha de ação. O que se busca, na verdade, é um engajamento consistente e efetivo da sociedade para que iniciativas de sucesso, já em andamento ou implementadas pelos governos, ganhem escala e se consolidem. ‘A solução definitiva da questão da miséria é complexa, porque demanda a mudança de valores da sociedade. Uma sociedade que tem como seus valores principais o individualismo, o ter, o competir, o acumular, o consumir só poderá construir uma sociedade individualista, egoísta, consumista, materialista’, explicita o documento em que é detalhado o projeto. Na visão das entidades envolvidas no projeto, o que se busca é exatamente o contrário disso.

Para o representante-residente do PNUD e coordenador do Sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek, o interesse das entidades em atuar conjuntamente no combate à miséria demonstra o crescente compromisso da sociedade civil brasileira com as questões sociais e o desejo que o país manifesta em cumprir as metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Chediek ressaltou que o Brasil vem se destacando mundialmente através de políticas públicas dedicadas à erradicação da pobreza extrema, como o Bolsa Família. Segundo ele, este reconhecimento reflete os avanços que o Brasil vem alcançando em suas políticas sociais.

“Pela primeira vez temos conhecimento que nos possibilita eliminar doenças e erradicar a pobreza e a fome, problemas que são históricos. Neste contexto, o Brasil é um exemplo extraordinário para o mundo. O país ainda possui 16 milhões de pessoas vivendo na miséria e assumiu o compromisso de modificar essa situação. Dessa forma, sabemos que a construção de um mundo melhor não deve ser apenas feita pelo governo, mas por todos: governo, setor privado e sociedade civil”, completou.


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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Povo Xavante declara guerra contra segunda expulsão da Terra Indígena Marãiwatsédé

Adital :

Povo Xavante declara guerra contra segunda expulsão da Terra Indígena Marãiwatsédé
CIMI
Conselho Indigenista Missionário
Adital

Por Renato Santana/Cimi
De Ribeirão Cascalheira, Mato Grosso (MT)

'Nunca Xavante chorou de medo, nunca fugiu de morrer. Xavante sempre enfrenta por seus direitos. Estou preparando muito bem essa guerra, está sendo pensado. É assim desde o século passado. Afirmamos e mantemos isso”. A fala é de cacique Damião Paridzane, da Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé, no Mato Grosso (MT). No último dia 28 de julho, parecer jurídico, uma carta escrita pelo cacique, além de um abaixo-assinado chegaram às mãos do desembargador Federal Fagundes de Deus a tratar dos últimos episódios que põe em risco a posse Xavante de Marãiwatsédé.

Com a paciência esgotada, a liderança indígena organiza seu povo para resistir a mais uma tentativa de retirada dos Xavante de seu território originário, além de reivindicar ao governo federal a desintrusão de todos os não-indígenas do território homologado desde 1998 – a morosidade, na avaliação dos indígenas, é a principal razão para mais um tentativa de expulsão do povo Xavante de Marãiwatsédé.

O recado do cacique tem destino certo. Fazendeiros, posseiros, madeireiros e grileiros, invasores do território, se articularam com deputados estaduais e conseguiram que a Assembleia Legislativa do MT aprovasse, em junho, a Lei nº 9.564 que autoriza o governo do estado a realizar permuta com a União da área homologada de Marãiwatsédé pela do Parque Estadual do Araguaia.

A permuta garantiria aos depredadores e invasores a continuidade da exploração do território indígena - que já perdura desde os anos 1960, década em que ocorreu a primeira retirada forçada dos Xavante de Marãiwatsédé. 'A comunidade não quer ser retirada pela segunda vez da terra. Para nós não interessa. Essa lei é contra os direitos que a Constituição dá para os índios. Estamos firmes e animados para a decisão final da Justiça”, disse cacique Damião.

Enquanto os Xavante se organizam para resistir, o governo federal vacila na retirada dos fazendeiros e posseiros que ainda insistem em se manter no território já homologado. Eles são os principais interessados e articuladores da retirada dos Xavante das terras. Mesmo com a declaração oficial da Fundação Nacional do Índio (Funai) contrária à lei aprovada no MT, os cerca de 670 Xavante ocupam somente 20% de um total de 165.241 hectares. O resto da terra continua vítima da grilagem e devastação.

Em maio deste ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) detectou que dentro da Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé, área da Amazônia Legal, 68,8 quilômetros quadrados estão desmatados, sendo o maior foco do país – o que equivale a 43 vezes o Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

'Marãiwatsédé foi demarcada, homologada e ainda tem posseiro, fazendeiro criando gado? Isso é um desrespeito. Queremos que o governo federal os retire para que meu povo possa recuperar a terra da devastação, muito prejudicada”, reivindicou cacique Damião.

Permuta: mecanismo ilegal

De acordo com parecer jurídico elaborado pelos advogados Denise da Veiga Alves e Adelar Cupsinski, ambos assessores jurídicos do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Terra Indígena Marãiwatsédé é bem de uso especial da União 'para o fim específico de posse permanente e usufruto exclusivo de suas riquezas pelo povo Xavante”. Portanto, a Lei nº 9.564 sancionada pelo governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, atinge as raias da inconstitucionalidade.

Outro argumento usado pelos advogados dá conta de que a inalienabilidade e a indisponibilidade – termos constitucionais - sobre Marãiwatsédé significam, na prática, que as terras indígenas não podem ser cedidas, doadas, transferidas, vendidas ou permutadas.

'A posse do território é garantida por força constitucional ao povo Xavante. Não se pode confundir Direito Civil com Direito Originário, o indigenato, ou seja, o direito indígena ao usufruto e posse das terras é anterior a qualquer reconhecimento formal pelo Estado”, completou a advogada Denise.

Um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas a favor dos índios Xavante foi anexado ao parecer, além da carta. Cacique Damião, que nasceu em Marãiwatsédé, acredita que o apoio externo é importante, sobretudo porque a recuperação ambiental do território é necessidade imediata. Os Xavante vivem de roças de tocos tradicionais: arroz, milho, feijão, abóbora, mandioca, melancia, inhame, cará. Como a terra está muito fraca -não há mata- essa produção não vem em grande quantidade. Eles coletam e caçam, mas pouco para a comunidade. Há também uma roça de arroz mecanizada, que a Fundação Nacional do Índio (Funai) ajuda a manter.

'Isso mostra que estamos confiantes, resistentes. Dentro da tradição na nossa terra tem o inhame, um pouquinho de caça, que quase acabou por conta da ação dos invasores. Sempre digo: índio não pode esquecer a tradição. E nós nunca acabamos por isso. Meu pai faleceu, mas fui criado sem sair da tradição. Essa é a origem do índio no Brasil”, completou.

Para cacique Damião não existe outro documento que a cultura – num gesto simples, retira um pedaço de madeira de sua orelha esquerda furada e diz: 'Isso aqui mostra que sou índio, o toré mostra que sou índio, os rituais mostram que eu sou índio. E a gente tem terra. Nós não invadimos ou roubamos nada. Nos invadiram e nos roubaram”.

1966: a primeira retirada forçada dos Xavante de Marãiwatsédé

Os Xavante de Marãiwatsédé, pertencentes ao tronco linguístico Macro-Jê e de família linguística Jê, fazem parte do grande povo Xavante que habita o leste do Mato Grosso. No total, são 18 mil indivíduos em 11 Terras Indígenas e divididos em 178 aldeias. Os primeiros registros dos A’wue datam de 1751, quando as terras foram de forma paulatina invadidas. Os Xavante de Marãiwatsédé foram os últimos a terem contato com a sociedade envolvente, no final dos anos 1950, pelas ações de atração do Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Muitos sertanistas e agressores foram mortos na tentativa pacífica ou violenta de aproximação com esses índios.

Os primeiros posseiros da Terra Indígena Marãiwatsédé a invadiram em 1958. Quase quatro anos depois, a fazenda Suiá-Missú era instalada nas terras indígenas como propriedade escriturada. Os Xavante, reduzidos pelos assassinatos e doenças trazidas pelas expedições punitivas e grupos de atração do SPI, foram usados como mão-de-obra pela família Ometto, ‘dona’ da fazenda. Quando essa mão-de-obra foi considerada dispensável pelos invasores, um acordo envolvendo os Ometto, a FAB e o SPI decidiu pela retirada forçada dos Xavante de suas terras para a Missão Salesiana de São Marcos, 400 km ao sul do território originário –completamente tomado por posseiros, grileiros e latifundiários.

Pela janela de um C-47 da Força Aérea Brasileira (FAB), Damião Paradzane, ainda um jovem índio, viu o Território Indígena Marãiwatsédé se afastar de seu povo– composto por 263 indivíduos. Em São Marcos, os indígenas se encontraram com outros grupos Xavante, como eles reduzidos pela atração da sociedade envolvente e invasores de territórios. No novo território uma epidemia de sarampo matou cerca de 80 índios. Os indígenas sobreviventes, com a estrutura social fragilizada, se dividiram. A reviravolta ocorreu apenas na década de 1980.

Remanescentes de Marãiwatsédé e as novas gerações se reorganizaram para recuperar o território. Descobriram que a fazenda Suiá-Missú, maior propriedade constituída no território, encontrava-se sob controle da Agip do Brasil S/A, filial da corporação italiana. Na Conferência Mundial do Meio Ambiente, a ECO 92, no Rio de Janeiro, em meio às várias discussões que pautaram o encontro, os executivos da Agip prometeram devolver o território para os Xavante.

Invasões não cessaram com homologação de território

Em 9 de abril de 1992, os estudos de identificação da área foram concluídos pelo Grupo de Trabalho da Funai. A homologação de Marãiwatsédé só viria em 11 de dezembro de 1998. O território teria 165.241 hectares, estendendo-se pelos municípios de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia, São Félix do Araguaia e Serra Nova Dourada, a leste de MT. No entanto, a fazenda Liquifarm Agropecuária Suiá-Missú S/A, da Agip, não entrou na identificação e homologação - sendo leiloada numa manhã de 30 de novembro de 1992.

Os Xavante foram enganados e entre a conclusão dos estudos e a homologação, grileiros e fazendeiros, respaldados por políticos, estimularam a invasão de pequenos posseiros no território. Segundo levantamento da Opan, anúncios foram feitos em várias partes dos estados de Mato Grosso e Goiás para que toda e qualquer gente desfavorecida de terras fossem ocupar Marãiwatsédé.

As matas e o cerrado, áreas consideradas ruins para o cultivo, foram destinadas a esse povo sofrido pela concentração de terras nas regiões de onde chegaram. A devastação da natureza se intensifica no território Xavante. Nas terras tidas como de boa qualidade, o latifúndio se instalou com suas centenas de cabeças de gado e o desmatamento para o pasto também tomou outras proporções.

'Sabiam e sabem que é área dos índios, já na época de 1993 eles se envolveram com políticos de São Félix e Cuiabá. Os fazendeiros trouxeram vários posseiros, de outras cidades, de Goiás, São Paulo. Nós achamos que tem de tirar eles porque não são índios e ocupam área indígena demarcada”, indignou-se o cacique Damião.

Em 2003, os anciãos Xavante se reuniram e manifestaram aos mais novos o desejo de regressar a Marãiwatsédé –terra onde a cosmologia Xavante encontra força como morada da ancestralidade e dos encantados. Cerca de 280 indígenas fazem o caminho de volta, mas na entrada do território são barrados na BR-158 pelos invasores das terras– a estrada foi bloqueada por um ônibus da prefeitura de Alto Boa Vista. Os Xavante decidem não voltar para São Marcos e acampam às margens da BR.

Por lá ficaram sob lonas de novembro de 2003 a agosto de 2004, quando sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) garante a entrada dos indígenas no território para ocupar a fazenda Karu – ou seja, depois de cinco anos da homologação de Marãiwatsédé.

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Candirú: Jogador Ganso fará campanha contra divisão do Estado do Pará

Jogador Ganso fará campanha contra divisão do Estado do Pará:
"Terra:
'Notícias »


O jogador do Santos Paulo Henrique Ganso aceitou participar de uma campanha contra a divisão do Estado do Pará. O convite foi feito pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, que é nascido no Estado.

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Ganso, que também é paraense, deve formar, em conjunto com outras personalidades, a Frente em Defesa do Pará. Eles são contra a formação de dois novos estados, Tapajós e Carajás, dentro do atual espaço do Estado do Pará.

Segundo a assessoria do jogador, mais detalhes sobre de que maneira vai acontecer a participação ainda não estão acertados. Ganso deverá se reunir com a Frente quando voltar do amistoso da Seleção Brasileira, que acontecerá na próxima quarta-feira em Stuttgart contra a Alemanha.



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domingo, 7 de agosto de 2011

Conheça o Plano Brasil Sem Miséria

 Brasil Sem Miséria:

"Qual o objetivo do Plano Brasil Sem Miséria?

O objetivo do Plano Brasil Sem Miséria é elevar a renda e as condições de bem-estar da população. As famílias extremamente pobres que ainda não são atendidas serão localizadas e incluídas de forma integrada nos mais diversos programas de acordo com as suas necessidades.

A quem o Plano Brasil Sem Miséria é direcionado?

O Plano Brasil Sem Miséria é direcionado aos brasileiros que vivem em lares cuja renda familiar é de até R$ 70 por pessoa. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estão nesta situação 16,2 milhões de brasileiros.

Quais as ações envolvidas no Plano Brasil Sem Miséria?

O Plano Brasil Sem Miséria agrega transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva. Com um conjunto de ações que envolvem a criação de novos programas e a ampliação de iniciativas já existentes, em parceria com estados, municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil, o Governo Federal quer incluir a população mais pobre nas oportunidades geradas pelo forte crescimento econômico brasileiro.

A expansão e a qualidade dos serviços públicos ofertados às pessoas em situação de extrema pobreza norteiam o Brasil Sem Miséria. Para isso, o plano prevê o aumento e o aprimoramento dos serviços ofertados aliados à sensibilização, mobilização, para a geração de ocupação e renda e a melhoria da qualidade de vida. As ações incluirão os seguintes pontos:

* Documentação;
* Energia elétrica;
* Combate ao trabalho infantil;
* Segurança Alimentar e Nutricional: Cozinhas comunitárias e bancos de alimentos;
* Apoio à população em situação de rua, para que saiam desta condição;
* Educação infantil;
* Saúde da Família;
* Rede Cegonha;
* Distribuição de medicamentos para hipertensos e diabéticos;
* Tratamento dentário;
* Exames de vista e óculos;
* Assistência social, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS).

Quais serão os pontos de atendimento do programas englobados pelo Plano Brasil Sem Miséria?

Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) serão os pontos de atendimento dos programas englobados pelo Brasil Sem Miséria. As sete mil unidades existentes no País funcionam em quase todos os municípios e outros pontos serão criados.
Qual será a estratégia utilizada para localizar, cadastrar e incluir as famílias nos programas do Plano Brasil Sem Miséria?

Na estratégia da busca ativa, as equipes de profissionais farão uma procura minuciosa na sua área de atuação com o objetivo de localizar, cadastrar e incluir nos programas as famílias em situação de pobreza extrema. Também vão identificar os serviços existentes e a necessidade de criar novas ações para que essa população possa acessar os seus direitos. Mutirões, campanhas, palestras, atividades socioeducativas, visitas domiciliares e cruzamentos de bases cadastrais serão utilizados neste trabalho. A qualificação dos gestores públicos no atendimento à população extremamente pobre faz parte da estratégia.

Como o Plano Brasil Sem Miséria irá atuar na inclusão produtiva?

As iniciativas de inclusão produtiva urbana vão reunir estímulo à geração de ocupação e renda via empreendedorismo e à economia solidária e oferta de orientação profissional, cursos de qualificação profissional e intermediação de mão-de-obra para atender às demandas nas áreas públicas e privadas.

Em relação à qualificação, a proposta é atender pessoas de 18 a 65 anos por meio de ações articuladas de governo: Sistema Público de Trabalho, Emprego e Renda; Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (PRONATEC); Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem); obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida; Rede de Equipamentos de Alimentos e Nutrição; e coleta de materiais recicláveis.
Além da qualificação, o trabalho de inclusão produtiva abrangerá a emissão de documentos, acesso a serviços de saúde, como o ‘Olhar Brasil’, para exame de vista e confecção de óculos, e o ‘Brasil Sorridente’, para tratamento dentário, além de ações de microcrédito e orientação profissional.

Quais as ações do Plano Brasil Sem Miséria estão voltadas aos Catadores de material reciclável?

O plano prevê o apoio à organização produtiva dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Para este público, está prevista a melhoria das condições de trabalho e a ampliação das oportunidades de inclusão socioeconômica. A prioridade é atender capitais e regiões metropolitana.

O Brasil Sem Miséria também apoiará as prefeituras em programas de coleta seletiva com a participação dos catadores de materiais recicláveis. O plano vai capacitar e fortalecer a participação na coleta seletiva de catadores, e terá ações para viabilizar a infraestrutura e incrementar redes de comercialização.

Quais ações do Plano Brasil Sem Miséria estão voltadas aos agricultores familiares em situação de extrema pobreza atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)?

Uma das metas do Brasil Sem Miséria para a zona rural é aumentar em quatro vezes o número de agricultores familiares atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Uma das ações da inclusão produtiva rural será a assistência técnica individualizada e continuada de 253 mil famílias. Para acompanhar os agricultores, haverá uma equipe de 11 técnicos para cada mil famílias. Consta ainda do plano o fomento de R$ 2,4 mil por família, ao longo de dois anos, para apoiar o aumento da produção e a comercialização excedente dos alimentos. O pagamento será efetuado por meio do cartão do Bolsa Família. Além disso, essas famílias receberão insumos (sementes, adubos, fertilizantes, entre outros).
Ampliar as compras por parte de instituições públicas e filantrópicas (hospitais, escolas, universidades, creches e presídios) e a rede privada de supermercados, por exemplo, também é objetivo do plano.

Como o Plano Brasil Sem Miséria irá atuar no acesso à água para consumo e produção?

O acesso à água para o consumo e a produção é outra ação que se fortalece com o Brasil Sem Miséria. De acordo com o plano, a construção de novas cisternas para o consumo vai atender 750 mil famílias rurais até 2013. Além disso, existem ações para ampliar o acesso de 600 mil famílias à água para produção e criação de animais através de cisternas, sistemas simplificados, sistemas de irrigação para pequenas propriedades e recuperação de poços artesianos.
O plano definiu também que mais 257 mil famílias terão acesso à energia elétrica até 2014 através do Programa Luz para Todos. Esse quantitativo foi obtido a partir dos dados da população extremamente pobre, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O que é o Bolsa Verde?

O governo federal vai criar um programa de transferência de renda para as famílias em situação de extrema pobreza que promovam a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. Este programa é o Bolsa Verde, que pagará, a cada trimestre, R$ 300 por família que preserva florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável. O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família.

Como Plano Brasil Sem Miséria irá atuar no Programa Bolsa Família?

O Brasil Sem Miséria vai incluir no Bolsa Família 800 mil famílias que atendem as exigências de entrada no programa, mas não recebem o recurso porque ainda não estão cadastradas. Para efetuar o cadastramento, haverá um trabalho pró-ativo de localização desses potenciais beneficiários. O governo pretende atingir essa meta em dezembro de 2013.

Outra mudança no programa é o limite do número de crianças e adolescentes com até 15 anos para o recebimento do benefício, que hoje é de R$ 32. Antes, independentemente do número de crianças na família, a quantidade máxima de benefícios era para três crianças. Agora, passa para cinco crianças. Com a alteração, 1,3 milhão de crianças e adolescentes serão incluídos no Bolsa Família. Para famílias com cadastro atualizado a inclusão é automática e valerá a partir de setembro.
Em abril, o governo reajustou em 45% o valor do benefício pago às crianças de até 15 anos. Além da expansão do programa federal, o governo está em negociação com os estados e municípios para a adoção de iniciativas complementares de transferência de renda. Na primeira semana de junho, os governos do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal já lançaram seus programas complementares.

Mais detalhes sobre o Plano
Caderno
Brasil Sem Miséria
Download 3.4 Mb

Perfil da Extrema pobreza no Brasil
Download 118 Kb

Apresentação do Plano pela Ministra Tereza Campello
Download 7.7 Mb

Legislação

Decreto que institui o Plano Brasil Sem Miséria

Decreto que define a reestruturação do MDS

Alteração do decreto que regulamenta o Bolsa Família

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Não podemos ser nação civilizada convivendo com miséria e fome

Brasil Sem Miséria:

"“Não podemos ser uma nação civilizada convivendo com a miséria e a fome. Por isso, temos que trabalhar de forma integrada para garanti a soberania alimentar”. Assim, a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maya Takagi, abriu, em Jaboticatubas, a 5ª Conferência de Segurança Alimentar e Sustentável de Minas Gerais.

Ela falou sobre o Plano Brasil Sem Miséria para 450 participantes, destacando o papel do governo federal na erradicação da extrema pobreza.

Takagi enfatizou que o objetivo do plano é erradicar a extrema pobreza no País até 2014, situação que abrange 16,2 milhões de brasileiros com renda de até R$ 70. Em Minas Gerais, o número de pessoas nessa situação é de 900 mil. “Para acabar com essa situação, o Plano Brasil Sem Miséria tem várias ações, como transferência de renda, assistência social, inclusão produtiva a serviços de educação e saúde”, disse, acrescentando que espera, na próxima conferência, poder avaliar os resultados positivos do plano.

O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, também presente ao evento, ressaltou a importância do Brasil Sem Miséria para erradicar a extrema pobreza. “O plano apresentado pelo governo federal está casado com nossos objetivos. União, estados, municípios e sociedade civil devem estar unidos para garantir melhores condições de vida para todos”.

O tema da conferência deste ano é “Alimentação adequada, saudável e solidária: direito humano básico”. De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Minas Gerais, dom Mauro Morelli, não será possível esgotar esse assunto no encontro, mas a proposta é levar as questões mais importantes para a 4ª Conferência Nacional de Segurança , que ocorrerá de 7 a 10 de novembro, em Salvador. “O que vamos buscar é direito humano de ser bem alimentado”.

A conferência de Minas Gerais conta com representantes da sociedade civil, movimentos sociais, órgãos públicos e privados. No domingo, último dia do encontro, 54 delegados serão eleitos para participar da Conferência Nacional, que terá duas 2 mil representando todo o País.

Um dos objetivos do evento nacional construir compromissos para efetivar o direito humano à alimentação adequada e saudável e promover a soberania alimentar, por meio da implantação da Política e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) nos planos federal, estadual e municipal, com a participação da sociedade civil.

Dimas Ximenes
Ascom/MDS
(61) 3433-1052

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Divisão do estado do Pará


Moradores da ilha de Marajó sofrem com ataques de piratas

Surgiu:
"Mesmo sem olho de vidro nem perna de pau, piratas têm aterrorizado pescadores, ribeirinhos e turistas que circulam pelos extensos rios do norte do Pará.

A bordo de 'rabetas', pequenos barcos potentes, eles armam emboscadas para roubar tudo o que há nas embarcações. Relatos dão conta de pessoas amarradas e deixadas à deriva, sem motor nem revés (espécie de marcha), e são vítimas até de estupros.

Na fuga, os piratas desaparecem nos labirintos formados pela mata fechada.

Na região da ilha de Marajó, arquipélago com 487 mil habitantes, mesmo barcos pequenos costumam carregar grandes montantes de dinheiro, já que apenas 4 de seus 16 municípios contam com agências bancárias.

O rio Pará, o canal do Carnapijó e os rios próximos ao estreito de Breves são os mais perigosos, segundo a polícia.


O produtor de açaí Sebastião Cordeiro Pimenta já foi assaltado seis vezes -a última, em fevereiro. Em todas, levava o lucro das vendas da fruta na capital paraense.

Os ataques ocorrem na ilha e ao longo do recorte geográfico onde estão Belém, Barcarena e Abaetetuba. Líderes da região relatam ao menos 150 casos neste ano, incluindo assaltos a casas de ribeirinhos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Pará, ao longo do primeiro semestre, foram 19 assaltos a embarcações em Marajó. Duas pessoas foram assassinadas por piratas desde o início do ano, diz a Polícia Civil.

O número de casos pode ser bem maior devido às dificuldades para registrar uma ocorrência. Alguns moradores levam até oito horas para chegar à delegacia.

A Polícia Fluvial do Pará diz que fará operação para coibir os piratas neste mês, época em que a circulação na região aumenta devido ao turismo e à safra do açaí.

TIRO

Sentada na sala VIP do navio em que viajava com a família, na tarde de 14 de junho, Alcina Lúcia Gonçalves só percebeu que era vítima de um assalto quando um tripulante anunciou que havia piratas na embarcação.

Mãe do vice-prefeito de Soure (município da ilha de Marajó), ela diz que foi o maior trauma de sua vida.

Três homens entraram na sala, com uma refém, e obrigaram passageiros a entregar seus pertences. O padre Adenilson Sousa Santos, que também estava na sala VIP, conta que os homens tinham espingardas e mandaram o comandante desviar a rota.

Cinco dos nove piratas foram presos, afirma a polícia.



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É preciso acordar

 Jornal Correio do Brasil:

"É preciso acordar

6/8/2011 20:48, Por Igor BerroRecente

Recente matéria levantava a questão das razões da passividade do brasileiro quando o assunto é corrupção. De fato, será que entre uma passeata reivindicando aumento para bombeiros, outra pela legalização da maconha, uma terceira celebrando o orgulho gay e outra ainda chamada de “marcha das vadias”, não haveria espaço para que as ruas ganhassem a presença de multidões exigindo a necessária e óbvia compostura dos políticos, exigindo respeito pelo dinheiro público? Afinal, eu, você, leitor, seus amigos, os meus, o cara da esquina, o porteiro do prédio, todos, enfim, “descem a lenha” nos envolvidos em casos de corrupção. A tirar daí, deveríamos ter multidões dignas de figurar no “Guiness” cobrando ações radicais, capazes de levar os ratos a enfiarem seus rabos entre as pernas, com medo das ratoeiras espalhadas pelo país, mais especificamente nos órgãos públicos. Mas, entretanto, as ruas continuam vazias, os ratos, sem medo, prometendo vingança quando o poder público ensaia tímidos movimentos saneadores. Por que será?acordar

Em todas as passeatas acima citadas, os manifestantes defendem seus interesses diretos. Sejam os bombeiros e suas famílias cobrando salários, sejam os gays e as “vadias” cobrando respeito a seus direitos e assim por diante. Já os males da corrupção são mais escamoteados, o dinheiro roubado é o desse “ente” meio vago chamado Estado, tido, também ele, como mais um rato, sempre à espreita para “tirar mais algum” do povo. E vamos levando, vendo as propinas abandonarem os tradicionais dez ou quinze por cento para não se contentarem com nada menos do que o equivalente a outra obra. Chegamos a um ponto em que, como se dizia antigamente em relação a saúva, ou acabamos com a corrupção ou ela, como vampiro, beberá todo o “sangue” da economia brasileira. É preciso acordar, sacudir a letargia, bradar aos quatro ventos, que ela, corrupção, é a verdadeira mãe de todos os males, sejam os da saúde, da educação, dos salários aviltantes, dos impostos vergonhosos. É preciso mostrar que é a nossa grana, sim, que estão tungando. É o dinheiro dos aumentos dignos, das escolas que não precisem de cotas, dos bons empregos, desonerados da carga tributária.

Essas figuras que rastejam, nos meandros das nomeações suspeitas têm horror à luz, têm pavor dos movimentos de massa. Não importa a cooptação de entidades representativas. Não precisamos de “guias”. Enquanto esse tumor não for lancetado não haverá cura. Só as ruas serão capazes de tocar o pragmatismo dos políticos que, com seu respaldo, terão força e coragem para romper com a bandalheira histórica e inaugurar uma nova era marcada pela “rédia curta”, pela vigilância constante. Não importa que hoje os corruptos ainda dêem de ombros, sorrindo descrentes. Afinal, Maria Antonieta também mandou dar brioches para os que clamavam às portas do palácio.

Igor Berro é colunista do Correio do Brasil.



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