Publicado no Diário do Pará
Corpo de Bombeiros resgata vítimas em Portel
Foto: Tarso Sarraf
Uma criança de um ano e oito meses e um pescador de 37 foram trazidos para Belém do município de Portel, na ilha do Marajó, na tarde de hoje (5), de helicóptero, pelo Grupamento Aéreo do Corpo de Bombeiros Militar do Pará. O helicóptero pousou na sede do Corpo de Bombeiros do Pará, na avenida Pedro Álvares Cabral.
A criança, um menino, teria engolido uma moeda de 25 centavos, que deverá ser retirada com meio de uma endoscopia, no pronto Socorro Municipal da 14 de Março. Ele passa bem.
Já o pescador, Misael Machado, deverá ser atendido em função de ter levado uma machadada na cabeça. Segundo o comandante Mauro Tadeu, do Corpo de Bombeiros, Misael teria brigado com seu irmão na noite de ontem (4). Ele chegou a Belém desmaiado, e também será encaminhado ao PSM da 14. (Diário Online)
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Surto de Malária no Marajó
Da Agencia Senado
Governo vai aplicar R$ 120 milhões para combater malária no Norte
Entre as providências que o governo federal está tomando para combater o surto de malária que acomete municípios do Arquipélago de Marajó, estará a aplicação de R$ 120 milhões em ações de combate à doença no estado do Pará, em especial em Marajó. O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Francisco Danilo Bastos Forte, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Além do Pará, municípios mais fortemente atingidos pela doença nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Rondônia também receberão parte desses recursos.
O presidente da Funasa reconheceu a gravidade do problema em Marajó, mas lembrou que cada ente federado tem parte de responsabilidade na questão, cabendo à Funasa,apenas as ações de promoção de saúde em áreas indígenas, o que não é o caso de Marajó que, segundo ele, não possui aldeamentos. Francisco Danilo defendeu um ampliação das ações de saneamento nas regiões isoladas do interior do país, onde o risco da doença é muito mais elevado.
Já o representante doministério da Saúde Edmar Cabral, reconheceu a gravidade dos números de acometidos pela malária em Marajó, contando que a localidade responde por 42% de todos os casos da doença no estado do Pará, com maior incidência na faixa etária de até 10 anos de idade. Ele disse que a doença está sendo detectada e os doentes medicados, mas o tratamento não tem continuidade, motivo de muitas recaídas. Ele elencou algumas propostas para reverter a tendência de transmissão da doença na cidade Anajás, maior afetada, a começar pela elevação dos recursos para o município.
Governo vai aplicar R$ 120 milhões para combater malária no Norte
Entre as providências que o governo federal está tomando para combater o surto de malária que acomete municípios do Arquipélago de Marajó, estará a aplicação de R$ 120 milhões em ações de combate à doença no estado do Pará, em especial em Marajó. O anúncio foi feito hoje pelo presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Francisco Danilo Bastos Forte, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Além do Pará, municípios mais fortemente atingidos pela doença nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Rondônia também receberão parte desses recursos.
O presidente da Funasa reconheceu a gravidade do problema em Marajó, mas lembrou que cada ente federado tem parte de responsabilidade na questão, cabendo à Funasa,apenas as ações de promoção de saúde em áreas indígenas, o que não é o caso de Marajó que, segundo ele, não possui aldeamentos. Francisco Danilo defendeu um ampliação das ações de saneamento nas regiões isoladas do interior do país, onde o risco da doença é muito mais elevado.
Já o representante doministério da Saúde Edmar Cabral, reconheceu a gravidade dos números de acometidos pela malária em Marajó, contando que a localidade responde por 42% de todos os casos da doença no estado do Pará, com maior incidência na faixa etária de até 10 anos de idade. Ele disse que a doença está sendo detectada e os doentes medicados, mas o tratamento não tem continuidade, motivo de muitas recaídas. Ele elencou algumas propostas para reverter a tendência de transmissão da doença na cidade Anajás, maior afetada, a começar pela elevação dos recursos para o município.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
NAVEGAPARÁ é um dos finalistas no VIII Prêmio Excelência em Governo Eletrônico
Da Redação
Agência Pará
O NAVEGAPARÁ, o maior programa de inclusão digital do Brasil, é um dos 28 finalistas do Prêmio e-Gov (Excelência em Governo Eletrônico), que desde 2002 tem como objetivo reconhecer e incentivar o desenvolvimento de projetos e soluções de governo eletrônico nas administrações públicas federais, estaduais e municipais, assim como divulgar as iniciativas que, com o uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação, visem a modernização a gestão pública em benefício do cidadão brasileiro.
A cerimônia de premiação acontece nesta quarta-feira (07), em Salvador, e contará com a presença de representantes da Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa), órgão responsável pela execução do programa.
Para o diretor da Diretoria de Clientes e Mercado da Prodepa, Jorge Souza, as chances do projeto ser premiado são grandes. "A inovação, a ousadia e o tamanho do NAVEGAPARÁ são pontos que servem de referência nacional, devido o seu modelo inovador. Os benefícios que o projeto traz proporcionam uma melhoria na qualidade de vida dos cidadãos, assim como na qualidade dos serviços prestados pelo governo, principalmente no interior do Estado", disse.
Texto: Ascom/Prodepa
Obra do linhão empregará os marajoaras
Da Redação
Agência Pará
A Rede Celpa vai contratar mão-de-obra local para a construção do Linhão do Marajó, atendendo ao pedido da governadora Ana Júlia Carepa. A meta é que a obra estruturante, no valor total de R$ 473 milhões, gere emprego e movimente a economia no arquipélago. A confirmação foi dada nesta terça-feira, 6, ao secretário de de Integração Regional do Pará, André Farias, pelo vice-presidente de Operações e pelo diretor de Projetos Especiais da empresa, José Alberto Cunha e Luiz Bressan, em audiência na Seir.
Farias explicou que será iniciado o recrutamento dos trabalhadores, através da Prefeitura de Portel e das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Trabalho, Emprego e Renda (Seter). Os operários também serão qualificados através do programa Bolsa Trabalho.
A Celpa anunciou que vai apresentar na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), até o próximo dia três de novembro, o estudo ambiental para a instalação das linhas de transmissão, que terão mais de 1 mil quilômetros de extensão e largura média de 10 metros. Farias garantiu que o governo estadual dará prioridade para a avaliação dessa pauta. Já foi concedida a licença ambiental para a abertura das picadas, ou seja, do caminho por onde seguirá o linhão.
Também participaram da reunião o secretário adjunto da Seir, Cesar Queiroz; o diretor de Logística para a Integração, Humberto Cunha; e o coordenador de Projetos Regionais, Cláudio Dusik. Uma nova reunião de avaliação do projeto será realizada no próximo dia cinco de novembro.
Luz para Todos - O Pará teve o terceiro melhor desempenho do Brasil na execução do programa Luz para Todos, do governo federal, perdendo apenas para Minas Gerais e Bahia. O anúncio foi feito por Bressan, durante a reunião. Ele destacou as dificuldades para a execução do projeto.
Entre as dificuldades relatadas está o município de Igarapé-Miri, onde o programa terá que transpor 43 rios e igarapés. O secretário pediu agilidade na execução da obra e Bressan garantiu que será concluída em breve. Nesta quarta-feira, 7, Dusik participará de uma audiência pública em Igarapé-Miri junto com dois engenheiros da Celpa e a prefeitura a fim de explicar o andamento do programa.
O Luz para Todos também será tema de uma reunião com representantes do Ministério de Minas e Energia na sede da Eletronorte, em Belém, nesta quinta-feira, 8. Participarão o governo do estado, representado pelo secretário André Farias, e a Celpa.
Enize Vidigal - Seir
Agência Pará
A Rede Celpa vai contratar mão-de-obra local para a construção do Linhão do Marajó, atendendo ao pedido da governadora Ana Júlia Carepa. A meta é que a obra estruturante, no valor total de R$ 473 milhões, gere emprego e movimente a economia no arquipélago. A confirmação foi dada nesta terça-feira, 6, ao secretário de de Integração Regional do Pará, André Farias, pelo vice-presidente de Operações e pelo diretor de Projetos Especiais da empresa, José Alberto Cunha e Luiz Bressan, em audiência na Seir.
Farias explicou que será iniciado o recrutamento dos trabalhadores, através da Prefeitura de Portel e das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Trabalho, Emprego e Renda (Seter). Os operários também serão qualificados através do programa Bolsa Trabalho.
A Celpa anunciou que vai apresentar na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), até o próximo dia três de novembro, o estudo ambiental para a instalação das linhas de transmissão, que terão mais de 1 mil quilômetros de extensão e largura média de 10 metros. Farias garantiu que o governo estadual dará prioridade para a avaliação dessa pauta. Já foi concedida a licença ambiental para a abertura das picadas, ou seja, do caminho por onde seguirá o linhão.
Também participaram da reunião o secretário adjunto da Seir, Cesar Queiroz; o diretor de Logística para a Integração, Humberto Cunha; e o coordenador de Projetos Regionais, Cláudio Dusik. Uma nova reunião de avaliação do projeto será realizada no próximo dia cinco de novembro.
Luz para Todos - O Pará teve o terceiro melhor desempenho do Brasil na execução do programa Luz para Todos, do governo federal, perdendo apenas para Minas Gerais e Bahia. O anúncio foi feito por Bressan, durante a reunião. Ele destacou as dificuldades para a execução do projeto.
Entre as dificuldades relatadas está o município de Igarapé-Miri, onde o programa terá que transpor 43 rios e igarapés. O secretário pediu agilidade na execução da obra e Bressan garantiu que será concluída em breve. Nesta quarta-feira, 7, Dusik participará de uma audiência pública em Igarapé-Miri junto com dois engenheiros da Celpa e a prefeitura a fim de explicar o andamento do programa.
O Luz para Todos também será tema de uma reunião com representantes do Ministério de Minas e Energia na sede da Eletronorte, em Belém, nesta quinta-feira, 8. Participarão o governo do estado, representado pelo secretário André Farias, e a Celpa.
Enize Vidigal - Seir
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Fátima Oliveira: A anemia falciforme
Atualizado e Publicado em 06 de outubro de 2009 às 10:10, no Ví o Mundo.
A anemia falciforme revela os legados de nossos ancestrais
Problema de saúde afeta a população afrodescendente
FÁTIMA OLIVEIRA
Médica - fatimaoliveira@ig.com.br
Em curso em Belo Horizonte (de 3 a 7 de outubro) dois eventos sobre saúde da população negra: o 5º Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias e o Encontro Pan-Americano para Doença Falciforme (Opas/OMS). O enfoque de ambos é a discussão e socialização de práticas inovadoras em relação aos aspectos científicos, clínicos e assistenciais do tratamento e acompanhamento das pessoas com doença falciforme e talassemia.
Conforme as unidades de doenças não infecciosas, gênero e etnicidade da Organização Pan-Americana de Saúde, "a doença falciforme é um problema de saúde de origem genética que afeta a população afrodescendente em todo o mundo. Tanto o seu tratamento quanto a sua prevenção têm recebido pouca atenção das autoridades de saúde na região, o que gera morte prematura e deficiência aos acometidos, devido à falta de informação e controle apropriado.
Para mudar esse cenário, é necessário juntar esforços envolvendo especialistas, representantes da sociedade civil, autoridades da saúde e agências internacionais. A partir dos avanços já reconhecidos, não só no Brasil como no contexto pan-americano, a Opas/OMS assume seu papel de referendar políticas públicas para hemoglobinopatias nos países da região e difundir os conhecimentos e as experiências que possam ser úteis para todos os envolvidos com a doença falciforme em nosso continente".
Merece elogios a atitude da Opas/OMS. A vida tem demonstrado que um programa populacional de anemia falciforme só tem sentido se for para realizar uma abordagem integral da pessoa e se objetivar incorporar às suas ações o diagnóstico, o suprimento das necessidades de alimentação, cuidados médicos, terapêuticos e sociais.
No Brasil, a luta incessante de ativistas do movimento negro, tendo como aliados pesquisadores da demografia e da hematologia, desde o início da década de 90, logrou passos significativos, a exemplo do Programa de Anemia Falciforme do Ministério da Saúde (PAF, 1996); o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN, 2001); e a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias (2005) - "que institui no SUS ações de promoção, prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação de agravos à saúde, assegurando às pessoas diagnosticadas com hemoglobionopatais no PNTN e aquelas com diagnóstico tardio no SUS, via Cadastro Nacional de Doentes Falciformes e outras Hemoglobinopatias, atenção integral e atendimento por equipe multidisciplinar; acesso aos medicamentos essenciais, imunobiológicos e insumos, e estímulo à pesquisa".
Conquistamos uma política na qual estão inscritos direitos e lutamos pela sua real implementação, cujo inimigo maior é a irresponsabilidade de muitos governadores e inúmeros prefeitos pelo Brasil afora. Há uma diretriz nacional sobre o que fazer, mas a ignorância e a inoperância, permeadas por dose cavalar de racismo de parte expressiva de gestores da saúde aboletados nas secretarias municipais e estaduais de saúde, entravam a execução da referida política.
Diferentemente do que ocorre em Minas Gerais, onde o empenho e o pioneirismo da UFMG, comprometida com o povo que a sustenta e abriga, são exemplares para as demais universidades federais do país. Não há justificava moral ou política que embase qualquer dos nossos Estados não implementar as ações da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme. Só o racismo explica.
A anemia falciforme revela os legados de nossos ancestrais
Problema de saúde afeta a população afrodescendente
FÁTIMA OLIVEIRA
Médica - fatimaoliveira@ig.com.br
Em curso em Belo Horizonte (de 3 a 7 de outubro) dois eventos sobre saúde da população negra: o 5º Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias e o Encontro Pan-Americano para Doença Falciforme (Opas/OMS). O enfoque de ambos é a discussão e socialização de práticas inovadoras em relação aos aspectos científicos, clínicos e assistenciais do tratamento e acompanhamento das pessoas com doença falciforme e talassemia.
Conforme as unidades de doenças não infecciosas, gênero e etnicidade da Organização Pan-Americana de Saúde, "a doença falciforme é um problema de saúde de origem genética que afeta a população afrodescendente em todo o mundo. Tanto o seu tratamento quanto a sua prevenção têm recebido pouca atenção das autoridades de saúde na região, o que gera morte prematura e deficiência aos acometidos, devido à falta de informação e controle apropriado.
Para mudar esse cenário, é necessário juntar esforços envolvendo especialistas, representantes da sociedade civil, autoridades da saúde e agências internacionais. A partir dos avanços já reconhecidos, não só no Brasil como no contexto pan-americano, a Opas/OMS assume seu papel de referendar políticas públicas para hemoglobinopatias nos países da região e difundir os conhecimentos e as experiências que possam ser úteis para todos os envolvidos com a doença falciforme em nosso continente".
Merece elogios a atitude da Opas/OMS. A vida tem demonstrado que um programa populacional de anemia falciforme só tem sentido se for para realizar uma abordagem integral da pessoa e se objetivar incorporar às suas ações o diagnóstico, o suprimento das necessidades de alimentação, cuidados médicos, terapêuticos e sociais.
No Brasil, a luta incessante de ativistas do movimento negro, tendo como aliados pesquisadores da demografia e da hematologia, desde o início da década de 90, logrou passos significativos, a exemplo do Programa de Anemia Falciforme do Ministério da Saúde (PAF, 1996); o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN, 2001); e a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias (2005) - "que institui no SUS ações de promoção, prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação de agravos à saúde, assegurando às pessoas diagnosticadas com hemoglobionopatais no PNTN e aquelas com diagnóstico tardio no SUS, via Cadastro Nacional de Doentes Falciformes e outras Hemoglobinopatias, atenção integral e atendimento por equipe multidisciplinar; acesso aos medicamentos essenciais, imunobiológicos e insumos, e estímulo à pesquisa".
Conquistamos uma política na qual estão inscritos direitos e lutamos pela sua real implementação, cujo inimigo maior é a irresponsabilidade de muitos governadores e inúmeros prefeitos pelo Brasil afora. Há uma diretriz nacional sobre o que fazer, mas a ignorância e a inoperância, permeadas por dose cavalar de racismo de parte expressiva de gestores da saúde aboletados nas secretarias municipais e estaduais de saúde, entravam a execução da referida política.
Diferentemente do que ocorre em Minas Gerais, onde o empenho e o pioneirismo da UFMG, comprometida com o povo que a sustenta e abriga, são exemplares para as demais universidades federais do país. Não há justificava moral ou política que embase qualquer dos nossos Estados não implementar as ações da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme. Só o racismo explica.
O MST agradece
Atualizado e Publicado em 05 de outubro de 2009 às 19:37
Gostaríamos de agradecer a todos que manifestaram sua solidariedade com nosso Movimento, e contribuíram para denunciar o atentado contra a democracia promovido pelos setores reacionários do país. O anúncio do arquivamento da CPI contra o MST é um sinal do isolamento da bancada ruralista, representada pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Assutados com o anúncio da atualização dos índices de produtividade, tentaram fugir do debate sobre a viabilidade do agronegócio.
O Censo Agropecuário 2006, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprova o que vínhamos denunciando: a concentração da terra aumentou no Brasil nos últimos 10 anos. Nosso país tem que lidar com o absurdo de possuir 46% de suas terras dominadas pelo latifúndio, propriedades com mais de mil hectares. O IBGE demonstra que as propriedades com menos de 10 hectares controlam apenas 2,7% do território do Brasil. Esse é o resultado do modelo do agronegócio: grandes empresas transnacionais se apropriam da maioria das nossas terras, controlando a produção e o comércio de grãos e commodities, na mesma medida em que controlam nossos recursos naturais.
E a perversidade segue: mesmo controlando a maior parte do território e utilizando veneno em larga proporção - o estudo mostra que 56% dos estabelecimentos usam agrotóxicos sem nenhum critério ou controle - não é o agronegócio o responsável pelo alimento que chega à mesa do trabalhador brasileiro. É a agricultura familiar a responsável por 85% da produção de todos os alimentos. E é nela que trabalham 85% das pessoas no campo.
Então nos perguntamos: com base nesses dados como justificar que o agronegócio receba 43,6% dos recursos públicos para a produção? Por que os ruralistas têm tanto medo em cumprir a lei que determina a atualização dos índices de produtividade?
Porque eles não querem assumir a falência do seu modelo, que concentra terra, expulsa os trabalhadores do campo, não produz alimentos, abusa dos venenos, degrada o meio ambiente e alimenta os cofres das transnacionais. Insistimos na necessidade de se pensar um outro modelo para a agricultura brasileira.
Seguiremos em luta no combate ao agronegócio, para retomar a necessidade de uma Reforma Agrária massiva, popular, que possa impedir a concentração da propriedade da terra, priorize a produção de alimentos saudáveis para toda a sociedade, democratize a educação e estimule a população a permanecer no meio rural, com qualidade de vida.
Fortalecidos com o apoio das mais de quatro mil pessoas que assinaram o manifesto, nos comprometemos a continuar, como fazemos nos últimos 25 anos, na luta por uma sociedade justa. Sabemos que não estamos sozinhos e, por seu apoio, que estamos no caminho certo.
Secretaria Nacional do MST
Publicado no blog Ví o Mundo
Gostaríamos de agradecer a todos que manifestaram sua solidariedade com nosso Movimento, e contribuíram para denunciar o atentado contra a democracia promovido pelos setores reacionários do país. O anúncio do arquivamento da CPI contra o MST é um sinal do isolamento da bancada ruralista, representada pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Assutados com o anúncio da atualização dos índices de produtividade, tentaram fugir do debate sobre a viabilidade do agronegócio.
O Censo Agropecuário 2006, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprova o que vínhamos denunciando: a concentração da terra aumentou no Brasil nos últimos 10 anos. Nosso país tem que lidar com o absurdo de possuir 46% de suas terras dominadas pelo latifúndio, propriedades com mais de mil hectares. O IBGE demonstra que as propriedades com menos de 10 hectares controlam apenas 2,7% do território do Brasil. Esse é o resultado do modelo do agronegócio: grandes empresas transnacionais se apropriam da maioria das nossas terras, controlando a produção e o comércio de grãos e commodities, na mesma medida em que controlam nossos recursos naturais.
E a perversidade segue: mesmo controlando a maior parte do território e utilizando veneno em larga proporção - o estudo mostra que 56% dos estabelecimentos usam agrotóxicos sem nenhum critério ou controle - não é o agronegócio o responsável pelo alimento que chega à mesa do trabalhador brasileiro. É a agricultura familiar a responsável por 85% da produção de todos os alimentos. E é nela que trabalham 85% das pessoas no campo.
Então nos perguntamos: com base nesses dados como justificar que o agronegócio receba 43,6% dos recursos públicos para a produção? Por que os ruralistas têm tanto medo em cumprir a lei que determina a atualização dos índices de produtividade?
Porque eles não querem assumir a falência do seu modelo, que concentra terra, expulsa os trabalhadores do campo, não produz alimentos, abusa dos venenos, degrada o meio ambiente e alimenta os cofres das transnacionais. Insistimos na necessidade de se pensar um outro modelo para a agricultura brasileira.
Seguiremos em luta no combate ao agronegócio, para retomar a necessidade de uma Reforma Agrária massiva, popular, que possa impedir a concentração da propriedade da terra, priorize a produção de alimentos saudáveis para toda a sociedade, democratize a educação e estimule a população a permanecer no meio rural, com qualidade de vida.
Fortalecidos com o apoio das mais de quatro mil pessoas que assinaram o manifesto, nos comprometemos a continuar, como fazemos nos últimos 25 anos, na luta por uma sociedade justa. Sabemos que não estamos sozinhos e, por seu apoio, que estamos no caminho certo.
Secretaria Nacional do MST
Publicado no blog Ví o Mundo
No ar, Rádio Cultura Ondas Tropicais
Após 11 anos, governo reativa a Rádio Cultura Ondas Tropicais
Da Redação
Agência Pará
O Governo do Estado, por meio da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), reinaugura nesta terça-feira (06), no município de Marituba, na Região Metropolitana de Belém, a Rádio Cultura Ondas Tropicais. Depois de 11 anos desativada, a rádio, que foi o primeiro veículo da Funtelpa, reinicia suas atividades às 16h, com um programa ao vivo. A Rádio Cultura Ondas Tropicais representa um investimento de R$ 1,18 milhão, com aportes financeiros do governo estadual e de um convênio firmado com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Com a maior capacidade de alcance comparada com as AMs e FMs, a Rádio Cultura OT diferencia-se pela proposta de atender principalmente o público do interior paraense, trazendo as notícias relevantes para o interior, comunicados e uma programação musical especial. Os dois primeiros programas da grade da Rádio Cultura OT serão norteados por três princípios básicos: serviço, informação e música. A OT é uma ferramenta que se inclui na política de integração do estado defendida pelo governo Ana Júlia Carepa.
Inicialmente, serão dois programas: “Nas Ondas do Rádio”, veiculado diariamente, das 16h às 18h; e o “Acorda, Pará”, das 6h às 8h da manhã. Estes horários foram escolhidos por serem os melhores horários de recepção da OT.
Capacidade - A Rádio Cultura OT reinicia suas atividades com dois transmissores: o principal, de 10 KHz, e o reserva, de 1KHz. Nas primeiras semanas, a potência do transmissor será avaliada e aumentada gradativamente, até alcançar sua potência máxima. Quando estiver no máximo, o transmissor terá capacidade para alcançar todos os 143 municípios do estado do Pará, e até mesmo outros países da América do Sul e outros continentes, como a Europa.
A Rádio Cultura Onda Tropical possui uma estrutura de transmissão, localizada em Marituba, na antiga Fazenda da Pirelli, e uma estrutura de estúdio, localizada no prédio sede da Funtelpa, em Belém. Em Marituba, estão localizados o transmissor e a antena, que serão interligados ao estúdio através de links. Para a inauguração da rádio, foi montado em Marituba um estúdio de rádio, no qual entrará no ar, ao vivo, o programa “Nas Ondas do Rádio”.
Início, fim e recomeço - A OT é um sistema que transmite ondas por meio de sinais enviados para a troposfera. O sinal é refletido e reenviado para a Terra. A Rádio Cultura Ondas Tropicais nasceu em 1977 e a partir de 1978 entrou definitivamente em operação. A Rádio Cultura chegava aonde não chegava a televisão e nenhum outro veículo de comunicação, a não ser a emissora oficial do Governo do Estado. A emissora sempre foi um veículo com o objetivo de auxiliar os ouvintes onde que eles estivessem.
Em abril de 1998, a Rádio Cultura do Pará Ondas Tropicais foi retirada do ar. Motivo: o Governo do Estado precisou do terreno onde estava instalado o transmissor, e prometeu levar os equipamentos para um outro local, o que não aconteceu, e não se sabe por que não houve interesse por parte das autoridades de dar continuidade de funcionamento à emissora. A Rádio Cultura OT se calou e com ela toda a população paraense que tinha espaço garantido, serviço, informação, entretenimento, cultura e educação.
Mas o que ficou calado durante 11 anos vai voltar a falar para a Amazônia, para o Brasil e para o mundo. A volta da Rádio Cultura Ondas Tropicais já é realidade. A nova administração da Funtelpa, quando assumiu, em 2007, procurou saber da situação da concessão da emissora e descobriu que havia a possibilidade de a mesma voltar a funcionar. Após um trabalho árduo de muita luta e pesquisa, o que parecia um sonho está se tornando realidade: a Onda Tropical volta a funcionar já em 2009, graças ao esforço da presidência da Funtelpa, que conseguiu financiamento para a compra de equipamentos. A população paraense, em muitos municípios distantes onde nem a televisão e nenhum outro tipo de comunicação chega, voltará a contar com a presença da Rádio Cultura OT.
Serviço: Inauguração da Rádio Cultura Ondas Tropicais, em Marituba (BR-316, Estrada da Pirelli, na Área de Proteção Ambiental - antiga Fazenda da Pirelli), nesta terça-feira (06), às 16h.
Secom
Da Redação
Agência Pará
O Governo do Estado, por meio da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), reinaugura nesta terça-feira (06), no município de Marituba, na Região Metropolitana de Belém, a Rádio Cultura Ondas Tropicais. Depois de 11 anos desativada, a rádio, que foi o primeiro veículo da Funtelpa, reinicia suas atividades às 16h, com um programa ao vivo. A Rádio Cultura Ondas Tropicais representa um investimento de R$ 1,18 milhão, com aportes financeiros do governo estadual e de um convênio firmado com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Com a maior capacidade de alcance comparada com as AMs e FMs, a Rádio Cultura OT diferencia-se pela proposta de atender principalmente o público do interior paraense, trazendo as notícias relevantes para o interior, comunicados e uma programação musical especial. Os dois primeiros programas da grade da Rádio Cultura OT serão norteados por três princípios básicos: serviço, informação e música. A OT é uma ferramenta que se inclui na política de integração do estado defendida pelo governo Ana Júlia Carepa.
Inicialmente, serão dois programas: “Nas Ondas do Rádio”, veiculado diariamente, das 16h às 18h; e o “Acorda, Pará”, das 6h às 8h da manhã. Estes horários foram escolhidos por serem os melhores horários de recepção da OT.
Capacidade - A Rádio Cultura OT reinicia suas atividades com dois transmissores: o principal, de 10 KHz, e o reserva, de 1KHz. Nas primeiras semanas, a potência do transmissor será avaliada e aumentada gradativamente, até alcançar sua potência máxima. Quando estiver no máximo, o transmissor terá capacidade para alcançar todos os 143 municípios do estado do Pará, e até mesmo outros países da América do Sul e outros continentes, como a Europa.
A Rádio Cultura Onda Tropical possui uma estrutura de transmissão, localizada em Marituba, na antiga Fazenda da Pirelli, e uma estrutura de estúdio, localizada no prédio sede da Funtelpa, em Belém. Em Marituba, estão localizados o transmissor e a antena, que serão interligados ao estúdio através de links. Para a inauguração da rádio, foi montado em Marituba um estúdio de rádio, no qual entrará no ar, ao vivo, o programa “Nas Ondas do Rádio”.
Início, fim e recomeço - A OT é um sistema que transmite ondas por meio de sinais enviados para a troposfera. O sinal é refletido e reenviado para a Terra. A Rádio Cultura Ondas Tropicais nasceu em 1977 e a partir de 1978 entrou definitivamente em operação. A Rádio Cultura chegava aonde não chegava a televisão e nenhum outro veículo de comunicação, a não ser a emissora oficial do Governo do Estado. A emissora sempre foi um veículo com o objetivo de auxiliar os ouvintes onde que eles estivessem.
Em abril de 1998, a Rádio Cultura do Pará Ondas Tropicais foi retirada do ar. Motivo: o Governo do Estado precisou do terreno onde estava instalado o transmissor, e prometeu levar os equipamentos para um outro local, o que não aconteceu, e não se sabe por que não houve interesse por parte das autoridades de dar continuidade de funcionamento à emissora. A Rádio Cultura OT se calou e com ela toda a população paraense que tinha espaço garantido, serviço, informação, entretenimento, cultura e educação.
Mas o que ficou calado durante 11 anos vai voltar a falar para a Amazônia, para o Brasil e para o mundo. A volta da Rádio Cultura Ondas Tropicais já é realidade. A nova administração da Funtelpa, quando assumiu, em 2007, procurou saber da situação da concessão da emissora e descobriu que havia a possibilidade de a mesma voltar a funcionar. Após um trabalho árduo de muita luta e pesquisa, o que parecia um sonho está se tornando realidade: a Onda Tropical volta a funcionar já em 2009, graças ao esforço da presidência da Funtelpa, que conseguiu financiamento para a compra de equipamentos. A população paraense, em muitos municípios distantes onde nem a televisão e nenhum outro tipo de comunicação chega, voltará a contar com a presença da Rádio Cultura OT.
Serviço: Inauguração da Rádio Cultura Ondas Tropicais, em Marituba (BR-316, Estrada da Pirelli, na Área de Proteção Ambiental - antiga Fazenda da Pirelli), nesta terça-feira (06), às 16h.
Secom
Governadora destaca o potencial de carbono do Pará
Na última sexta-feira (2), a governadora Ana Júlia Carepa apresentou, em Los Angeles, Estados Unidos, as políticas públicas do governo do Pará para conservação da floresta baseada em um modelo de desenvolvimento sustentável. Ela mostrou que o Pará possui um potencial de carbono para vender ao mundo na ordem de US$ 65 bilhões, durante 30 anos. A governadora do Pará participou do Fórum Global de Governadores sobre Clima e Floresta (GGCS2), do qual também participam os governadores do Amapá, Valdez Góes, do Amazonas, Eduardo Braga e do Acre, Arnóbio Marques.
Leia Mais
Santa Casa inicia capacitação em Soure
da Agencia Pará de Notícias
A abertura da segunda etapa da capacitação do Projeto de Educação Continuada em Saúde com Ênfase em Neonatologia e Atendimento a Gestante aconteceu na Câmara Municipal de Soure, na noite de sexta-feira 2. A solenidade reuniu os profissionais da equipe capacitadora da Santa Casa, gestores municipais da área de saúde e o público alvo da capacitação: profissionais oriundos de 7 municípios da região dos campos, ou micro região do Arari, do arquipélago do Marajó.
Durante a abertura, o prefeito de Soure João Luiz Melo destacou a importância do projeto, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) e Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM). "Como nós não temos, às vezes, a qualificação necessária, encaminhamos os pacientes para Belém. Com essa qualificação estaremos preparados para atender melhor a criança e a gestante evitando encaminhar alguns casos e superlotar a Santa Casa", disse João Luiz.
Também durante a solenidade de abertura, o presidente da AMAM, Pedro Barbosa, enfatizou que o processo de capacitação estimula os municípios a investirem também em equipamentos para a área de saúde. "Com três fretes de avião que o município paga para transferir crianças para Belém, dá para comprar um desses berços que são usados no atendimento dos bebês. Mas não adianta nada nós comprarmos o berço se os nossos profissionais não souberem usar. E agora, capacitados, eles vão saber usar", disse Barbosa.
Já o presidente da Santa Casa, Maurício Bezerra, disse que o projeto tem sido resultado da discussão conjunta com os municípios que apresentaram as suas necessidades e por isso a capacitação atende a realidade de cada um. "Essa capacitação partiu da base, a partir da escuta dos municípios e inova ao levar os ensinamentos até o interior".
A capacitação em Soure vai até domingo 4. Neste sábado 3, os capacitadores dão continuidade às aulas, iniciadas na manhã de sexta-feira. Entre os conhecimentos repassados, estão ressuscitação neonatal, atendimento pré-natal, aleitamento materno e assistência ao parto. As aulas são constituídas de uma etapa teórica e outra prática.
A primeira etapa da capacitação aconteceu no início de setembro, em Breves, e a próxima etapa será a capacitação em serviço na Santa Casa, em Belém.
Etiene Andrade - Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará
Assinar:
Postagens (Atom)