sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Pará recebe operadores internacionais de ecoturísmo

*

Da Redação
Agência Pará

O Pará recebe a visita de seis operadores internacionais dos segmentos de turismo de aventura e ecoturismo, entre os dias 1° e 10 de setembro, aos polos turísticos de Belém, Marajó e Tapajós. O famtur (viagem de familiarização) é formado por empresários da Alemanha, França e Reino Unido e será acompanhado também por um jornalista e um representante do Ministério do Turismo (MTur).
O evento, denominado "Famtur Brasil de Operadores Internacionais", é uma realização da Associação Brasileira de Empresa de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e conta com apoio da Companhia Paraense de Turismo (Paratur). Vale ressaltar que, entre os próximos dias 10 e 13 de setembro, a entidade promove o Abeta Summit 2009 - Encontro Brasileiro de Ecoturismo e Turismo de Aventura, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. O Summit é o maior encontro do segmento do Brasil e da América Latina.
Em Belém, o roteiro se destina aos aspectos científicos, históricos e arquitetônicos da capital paraense. A visitação inclui Museu Paraense Emílio Goeldi, Basílica-Santuário de Nazaré, Theatro da Paz, Estação das Docas, Mercado do Ver-o-Peso, Complexo Feliz Lusitânia, Polo Joalheiro e Museu das Gemas, além de river tour pela orla de Belém.
Já no pólo Marajó, destaque para os atrativos naturais da ilha, como cavalgadas pelos campos e alagados em legítimos animais marajoaras, focagem de jacarés e outros animais noturnos, passeio de canoa a remo, passeios em caiaques duplos, observação de animais (pássaros, guarás, entre outros), bem como o conhecimento dos hábitos e costumes dos nativos da região em visita a curtume de couro de búfalo e Vila de Pescadores, na famosa praia do Pesqueiro.
Por fim, Santarém reserva as belezas de Alter do Chão, travessia do Lago Verde em canoa indígena, caminhada até o alto da Serra Piroca, ponto de grande beleza cênica da Floresta Nacional do Tapajós, e visita a Comunidade Maguari, que vive da produção de farinha de mandioca, feijão e arroz, e também do chamado "couro ecológico" artesanal, no qual a transformação do látex gera variadas peças artesanais. Os visitantes terão a oportunidade ainda de participar da Piracaia, antigo ritual indígena de comer peixe a beira da praia nas noites de lua cheia.

Israel Pegado - Paratur

“Projeto Sustentável de Salvaterra ganha premio da ONU”

*



O projeto “Uso Sustentável de sementes da Amazônia” produzido pela empresa brasileira Beraca, fabricante de insumos para a indústria coméstica, e desenvolvido em Salvaterra com a comunidade local (Joanes) ganhou o prêmio concedido em parceria pela ONU e a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Nacionais, pela inovação e uso sustentável dos recursos ambientais.
O processo consiste na coleta das sementes da Andiroba que são deixadas na beira da praia, pela maré e, posteriormente, é extraído o óleo. O Projeto de uso sustentável e geração de renda é desenvolvido por uma cooperativa (Coopemaflima), criada para esse fim,com familiares de pescadores.

Leia Mais

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Companhia de Portos cancela linha experimental para o Marajó

*
Da Redação
Agência Pará

A Companhia de Portos e Hidrovias (CPH) cancelou, esta semana, o contrato com a empresa Henvil Transportes Ltda., que fazia a travessia Belém-Salvaterra, no Marajó, no catamarã Álamo, e operava em contrato experimental por seis meses. O serviço foi cancelado por causa de problemas técnicos apresentados pelo navio. A CPH informa que o serviço voltará a funcionar assim que as condições adequadas para a travessia forem restabelecidas, conforme as exigências contratuais.

Nilton César Queiroz, presidente da CPH, explica que o contrato com a Henvil estabelecia que o barco que operaria a linha - com tempo de viagem de duas horas - seria o Álamo, que chegou a ser substituído por outros que faziam a travessia em tempo inferior ao estabelecido, mas conduziam menos passageiros.

Patrícia Bittencourt Neves, diretora de Gestão Portuária da CPH, definiu como amigável o cancelamento do contrato. Ela lembra que a linha experimental foi criada para funcionar por, no máximo, seis meses, com o auxílio do Estado, para incrementar a demanda de passageiros e o turismo. "O Estado estuda alternativas para implantação de um serviço semelhante", explicou.

A criação de uma linha de transporte mais rápida para o Marajó foi viabilizada pela CPH por meio de contrato com a empresa Henvil, mediante licitação pública. A Henvil concorreu com o Álamo, catamarã que se encaixava nas exigências do contrato. A implantação da nova linha se iniciou em janeiro deste ano, com um pregão eletrônico que reduziu 30% do preço inicial.

Luciane Fiuza - Secom

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Quilombolas de Salvaterra recebem documentário Terra de Negro

Da Redação
Agência Pará

O documentário "Salvaterra - Terra de Negro" foi entregue na manhã do dia 25 de agosto, terça-feira (25) pelo Instituto de Artes do Pará (IAP) a lideranças quilombolas de Salvaterra, município da região do Marajó. Realizado em 2008, o documentário é resultado de uma parceria entre o instituto e a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).

Durante a cerimônia, houve um relato de experiências dos pesquisadores Edgar Monteiro Chagas Júnior e Taíssa Tavernard de Luca, que levantaram informações para a produção do documentário. As lideranças quilombolas de Salvaterra, Luzia Betânia Alcântara e Zeferino Gonçalves dos Santos, conhecido como Mestre Tio Zampa, também estiveram presentes.

Ao todo, foram produzidas 500 cópias do documentário, sendo que 300 foram repassadas às comunidades e 200 fazem parte do acervo do IAP, para distribuição e comercialização. Quem estiver interessado pode adquirir o DVD ao preço de R$ 20, na sede do instituto.

Durante a cerimônia, Luzia Betânia destacou que o projeto teve no diálogo com as comunidades o seu ponto de partida. "Todos os depoimentos foram muito espontâneos, por isso ficamos satisfeitos com o resultado desse trabalho", afirmou Betânia, que a partir de agora pretende levar o filme para os eventos dos quais participa.

Amo do boi Primavera, Mestre Tio Zampa, uma das figuras mais conhecidas das comunidades quilombolas de Salvaterra, disse que não tinha dimensão da importância do seu trabalho. "Eu não sabia que as coisas que eu fazia tinham valor. Eu fazia por vontade, porque gosto de ver o povo alegre. Uma comunidade sem alegria é uma comunidade morta".

Para o presidente do IAP, Jaime Bibas, o documentário traz à tona problemas daquela comunidade, mas sem deixar de lado o viés artístico. "Foi um projeto que demandou pesquisa, experimentação e criação artística, que primordialmente são as diretrizes do instituto em seus dez anos de atuação", destacou. "Com esse trabalho, demonstramos, mais uma vez, que é possível, através da arte, falar de questões importantes para a sociedade", completou.

"Salvaterra - Terra de Negro" registra os costumes e tradições dos afro-descendentes das comunidades quilombolas de Bacabal, Bairro Alto, Boa Vista, Caldeirão, Mangueira, Paixão, Pau Furado, Providência, Salvar, Siricari, Vila União, Rosário, Deus Ajude e Santa Luzia.

Ascom - IAP

Catedral Metropolitana de Belém reabriu ao público

A Catedral Metropolitana de Belém, a Igreja da Sé, reabriu ao público, após quatro anos de reformas. Construída em 1748, a Catedral teve intervenções decisivas do arquiteto italiano Antonio Landi. A revitalização envolveu o trabalho de 40 profissionais.

Leia Mais

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cooperativa, um caminho a ser seguido.

Cooperativa dos Produtores Extrativistas Marinhos e Florestais da Ilha de Marajó (Coopemaflima).

Catadores de sementes em Salvaterra , organizam-se em cooperativa para a coleta e a comercialização das sementes e já apostam no passo seguinte. O da extração do óleo, agregando valor ao produto.

As águas da maré cheia invadem a floresta, trazendo as sementes para praia. O povo da comunidade coleta essas sementes e a comercializa para extração do òleo da andiroba.

O projeto contempla, além da coleta das sementes de andiroba, pracaxi e ucuuba; a extração do óleo da andiroba, a fabricação e a comercialização de artesanatos e de compotas de frutas da região. Atividades que serão realizadas na mini fábrica que será implantada na sede da cooperativa e na lojinha que está sendo construída para esse fim, ao longo da PA-154, nas proximidades do trevo de Joanes.

O projeto de extrativismo sustentável nasceu da parceria entre os comunitários e a Beraca, companhia de insumos para fabricação de cosméticos que criou o projeto, ajudou a organizar a cooperativa, e está firmando parcerias com o poder público para a concepção final do projeto.

A cooperativa é formada por 26 pessoas, 20 delas mulheres, mas até 400 pessoas se beneficiam do projeto, já que nem todos que vendem as sementes são cooperados. Durante a safra, que dura cerca de três meses ao ano, cada família consegue ganhar entre 1 e 3 salários mínimos ao mês. Durante os três meses de duração da safra, que coincide com a época do defeso, período em que os pescadores ficam proibidos de saírem para pescar. Tornando-se, assim, uma alternativa para a complementação da renda familiar. Segundo João Matos, gerente de biodiversidade da Beraca, juntos, os extrativistas de Salvaterra já conseguiram coletar 500 toneladas em uma safra.

"Antes, na cheia, a gente pegava caranguejo, fazia carvão. Não tinha do que sobreviver. Hoje quando para o peixe, pegamos os frutos”, conta Maria das Dores Conceição Neves, presidente da Cooperativa dos Produtores Extrativistas Marinhos e Florestais da Ilha de Marajó (Coopemaflima).

domingo, 30 de agosto de 2009

200 milhões para formação de Professores

Plano de Formação de Professores beneficiará mais de 40 mil docentes no Pará

Da Redação
Agência Pará

O Plano Nacional de Formação de Professores, lançado pelo Ministério da Educação (MEC), foi o tema da reunião realizada, na manhã desta terça-feira (25), no Centro Integrado de Governo (CIG), numa iniciativa da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e da Secretaria de Estado de Governo (Segov). Com investimento em torno de 220 milhões de reais, o Plano representa um salto na qualidade da educação pública do Pará, onde cerca de 60 mil docentes têm formação inadequada com a função exercida.

O professor Licurgo Brito, atualmente coordenador do Plano de Formação Docente do Estado do Pará pela Seduc, apresentou detalhes da proposta que visa qualificar com o nível superior, em um prazo máximo de 10 anos, 41.300 professores no Pará. O número representa a capacidade máxima de oferta de vagas das universidades públicas do Estado.

Dos 62.844 professores sem formação devida, segundo o coordenador, a maioria é de casos de professores sem a graduação. Outros ministram disciplina diferente de sua formação ou lecionam mais de uma disciplina, sem a qualificação necessária. O número diminui se considerarmos que, nos dois últimos anos, muitos professores conseguiram ou estão em fase final para adquirir a formação superior, além dos que estão prestes a se aposentar.

É das secretarias de Estado a responsabilidade de elaboração e execução dos planos, sendo que a proposta do Pará já foi aprovada pelo MEC e está em fase inicial de aplicação, com início das aulas previsto outubro de 2009. O diferencial do Plano elaborado pela Seduc, ressaltou Licurgo, é que ele também oferece aos docentes formação em mestrado e doutorado, seguindo determinados critérios de seleção, o que vem atender necessidades específicas da educação no Estado.

A proposta do governo federal prevê apenas que cursos de licenciatura sejam ofertados por universidades públicas a todos os professores leigos que trabalham nas redes públicas estaduais e municipais, assim como àqueles que exercem funções docentes diferentes da sua formação inicial.

Além de divulgar o Plano nos diversos setores do governo e buscar apoio técnico e político para a sua execução, também foram discutidas propostas que contribuirão para a melhor realização do programa no Estado.

Licurgo Brito destacou que outro diferencial do plano é que, além da graduação poder ser obtida em até três anos, ele oferece modalidade mista de ensino, tendo em vista a questão da dificuldade de deslocamento dos professores, dada a distância geográfica entre os municípios paraenses. O ensino misto envolve educação presencial e a distância. Nesse sentido, para não afastar o professor da sala de aula, a participação e o envolvimento das prefeituras será fundamental para o sucesso do programa.

Para atender a essas e outras demandas, o Plano de Formação de Professores deve contar com a participação efetiva de diversos setores do governo do Estado e dos governos municipais, em articulação com o governo federal. Além do envolvimento das instituições públicas de ensino superior do Pará e da sociedade civil organizada.

Números - Dados oficiais recentes do Educacenso 2007 indicam que no estado do Pará existem 62.844 docentes atuando na educação básica em diferentes áreas do conhecimento, ou seja, sem a qualificação adequada prevista em Lei. O Pará é o segundo estado brasileiro com mais professores nesta situação, antecedido pela Bahia. Esse dado contribui para que os índices da educação no Estado estejam entre os piores do Brasil, situação que o governo do Pará começa a mudar.

Por meio da Seduc e em articulação com o Ministério da Educação, o Pará aderiu imediatamente à iniciativa do governo federal. A Secretaria solicitou ao Protocolo Seduc/IES (Instituições de Ensino Superior) a elaboração do Plano de Formação Docente do Pará, com a colaboração do Conselho Estadual de Educação e da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação) do Pará.

O Pará está entre os 19 Estados que já têm os planos aprovados pelo Ministério. Apenas quatro estados brasileiros não aderiram ao programa, entre eles o Acre, que apresentou os melhores índices de formação básica. Ao todo, 510 mil vagas foram ofertadas pelo MEC.

As instituições que serão responsáveis pela formação dos docentes no Pará são as seguintes: Universidade do Estado do Pará (Uepa), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade de Integração da Amazônia (Uniam).

Mais detalhes sobre o Plano Nacional de Formação de Professores podem ser obtidos no endereço www.seduc.pa.gov.br/planodeformacaodocente, no e-mail planodeformacao@seduc.pa.gov.br ou no telefone (91) 3201-5160.

Luciane Fiuza - Secom