sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Via Email: BRASIL! BRASIL!



BRASIL! BRASIL!


Posted: 09 Aug 2012 06:17 PM PDT
Hoje as coligações partidárias não se
fazem por aproximação ideológica, mas
simplesmente para somar o tempo de
rádio e de televisão. Isso precisa ser discutido


Roberto Amaral, CartaMaior

"No julgamento do chamado 'mensalão', com o qual a direita imprensa se propõe a salvar a honra da nação e resolver todos os problemas do país, tem ela, como em tudo o mais, um lado, formado independentemente dos autos. Neste ponto ocupa o papel deixado pelos partidos de oposição, sem rumo, sem objetivos, meros acessórios em cena política medíocre. Por isso mesmo, a tarefa dos jornalões, deixando de informar seus leitores, tem sido apenas a de pressionar o STF para que este confirme o julgamento ao qual eles, jornalões, já submeteram os réus, previamente condenados mediante a execração pública, independentemente da culpabilidade ou inocência deles. Mas o  pronunciamento do STF pode não ser exatamente aquele que lhe dita a imprensa, e nesta caso a Suprema Corte estará frustrando a expectativa que o noticiário unilateral criou. É um risco. O grande público, pobre plateia, começa a desconfiar da condenação prévia, na medida em que lhe chega aos ouvidos a defesa dos acusados.

A questão real não se cinge a condenar A ou B por este ou aquele  ilícito, mas discutir, o que não interessa nem à direita impressa nem à direita parlamentar, os fundamentos endêmicos da corrupção pública neste país, que, a par de criar algumas fortunas individuais, proporcionando a alguns amigos do rei o acesso ao consumo conspícuo (jatinhos, caviar, charutos, prostitutas', 'acompanhantes' de luxo, piscinas com cascata etc.),  serve, sobretudo,  para garantir a 'governabilidade', que se dá pelo acordo (isto é, combinação de interesses) do governo da vez com o mando político-econômico de sempre - aqueles que, como bem sublinhou o insuspeito Cláudio Lembo, estão no poder desde Cabral.

À direita, criadora e principal beneficiária dos esquemas de corrupção, obviamente, não interessa resolver os problemas estruturais do nosso processo político-eleitoral-administrativo.

Mas e os partidos?


A análise do fenômeno, suas causas, os meandros do poder público, as viciadas estruturas de poder, as relações promíscuas entre o poder político e o poder econômico, unidos em processo corruptor que abastarda a vida política, configuram uma crise do Estado e da democracia representativa aqui e no mundo. O alto custo das campanhas eleitorais, o assistencialismo que humilha o eleitor e desnatura o voto, o aluguel de legendas e de mandatos pagos com o empreguismo e o favorecimento são questões de fundo que não interessam a uma imprensa ligeira, mas onipotente, senhora de si e de sua aspiração para alterar o processo político, nele intervindo como sujeito. Se possível alterando até o processo eleitoral, como intentou – trata-se de  mero exemplo –  nas eleições de 1982, com o famoso 'caso Proconsult'. A mídia, assim, busca apenas o sensacionalismo, transformando o julgamento no STF em espetáculo."
Foto: Marcello Casal Jr/ABr
Artigo Completo, ::AQUI::


Posted: 09 Aug 2012 06:07 PM PDT


"Os principais julgamentos numa alta Corte são predominantemente julgamentos políticos, porque eles sempre interpretam princípios e põem os fatos sob as lentes da ideologia e da cultura de cada Magistrado. O que a Constituição e a Lei determinam são os limites destas influências, que organizam qualquer ordem jurídica: são os limites que marcam e estruturam o Estado de Direito inscrito na Constituição. Não julgar contra as provas ou não condenar sem provas; não aceitar a emoção pública como decisiva para julgar, não permitir que o espírito de linchamento predomine. O artigo é de Tarso Genro.

Tarso Genro, Carta Maior

Depois de nomeado para a Corte Suprema dos Estados Unidos em 1937 descobriu-se que o novo integrante, o Juiz Hugo Black, fora membro da Klu Klux Klan no seu estado de origem, o Alabama. Erguendo-se acima dos seus preconceitos políticos e raciais, no processo 309 U.S. 227 (1940) (que chegou em grau de recurso àquela Corte), o Juiz - que militara na organização racista - proferiu um dos votos mais memoráveis da época, que se tornou jurisprudência modelar na luta pelos direitos civis no mundo inteiro.

No processo judicial em revisão, cidadãos negros tinham sido condenados por assassinato, com base em confissões obtidas sob violência e humilhação, portanto, sem provas obtidas legalmente. No impulso das emoções insufladas por aquela cultura reacionária predominante no Sul, mais uma injustiça brutal iria se perpetuar e foi tolhida pela coragem do Juiz Black.

O importante no voto-paradigma não foi a mudança da personalidade política do Juiz naquele julgamento, que a história já registrou em outras oportunidades com outros personagens: o ser humano gigantesco erguendo-se além das suas circunstâncias. A importância do seu voto foi para o Direito, sobretudo com os "fundamentos" da sua posição, acolhida pela Corte. Os fundamentos jurídicos, que expressam os princípios da Constituição, são o refúgio moral e jurídico em que um grande Juiz pode se abrigar, para resistir às circunstâncias da política e da força das emoções públicas. Estas podem ser manipuladas por interesses que se pretendem acima da lei e do ordenamento democrático legítimo, mas os princípios estão ali, na Constituição, à espera para se transformarem em fundamentos, em cada caso concreto.

Os principais julgamentos numa alta Corte são predominantemente julgamentos políticos, porque eles sempre interpretam princípios e põem os fatos sob as lentes da ideologia e da cultura de cada Magistrado. O que a Constituição e a Lei determinam são os limites destas influências, que organizam qualquer ordem jurídica: são os limites que marcam e estruturam o Estado de Direito inscrito na Constituição, para que Política e Direito sejam compatibilizados em cada decisão. Não julgar contra as provas ou não condenar sem provas; não aceitar a emoção pública como decisiva para julgar: não permitir que o espírito de linchamento predomine sobre a verdade ficta, que está contida no devido processo legal. Esta foi a lição imorredoura do Juiz Black.

"Sob o nosso sistema constitucional - proferiu o Juiz Black - os tribunais permanecem firmes, contra quaisquer ventos que soprem, como céus de refúgio para aqueles que podiam de outro modo sofrer por serem desamparados, fracos, a minoria, ou porque são vítimas não conformadas de erros e emoção pública. (...) Nenhum dever mais alto, nenhuma responsabilidade mais solene, repousa sobre esta Corte, do que a de traduzir em Direito vivo e manter este escudo constitucional deliberadamente planejado e escrito para o benefício de todo o ser humano sujeito à nossa Constituição - de qualquer raça, credo ou tendência."
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Posted: 09 Aug 2012 05:09 PM PDT


Paulo Moreira Leite, ÉPOCA

"A primeira notícia sobre mensalão é que a verdade de uma face só começa a perder credibilidade.

A noção de que se trata do "maior escândalo da história" ficou mais difícil de sustentar depois da revelação de que, ouvidas mais de 300 testemunhas, da acusação e da defesa, não apareceu ninguém para descrever as célebres "compras de voto", "mesadas" ou outras formas de comércio político que Roberto Jefferson descreveu em junho de 2005.

O mesmo Jefferson, na verdade,   deixou de sustentar essa versão em  depoimentos posteriores, menos barulhentos e mais consistentes, que prestou à Polícia e a Justiça nos anos seguintes. Num deles, o deputado do PTB refere-se ao mensalão como " criação mental." Disse, explicitamente, que "não envolvia" troca de apoio entre o Planalto e o Congresso e se destinava a financiar a campanha municipal de 2004.

A verdade é que depois do início do julgamento alguns casos se revelaram particularmente humilhantes para a acusação. Estou falando do ex-ministro, ex-deputado e  líder sindical bancário Luiz Gushiken. A acusação pede absovição de Gushiken por falta de provas.

Mas durante sete anos Gushiken frequentou os jornais e tele jornais como um dos suspeitos. Sua foto de cavanhaque e olhos puxados estava em toda parte, as acusações também. Em 2005, seu depoimento a CPI foi interrompido por comentários maliciosos de parlamentares da oposição, que dificultavam a conclusão de qualquer  raciocínio. Parte do plenário espumava de felicidade.

Já se sabia que a acusação tinha decidido indiciar Gushiken em 2007 embora admitisse que só tinha indícios muito fracos para isso. Mas ela foi em frente, com o argumento de que, se não apurasse nada de novo, o acusado seria inocentado. Mas se era assim, por que não fazer o contrário e só indiciar em caso de indícios concretos?

Revelou-se, ontem, no Supremo, um detalhe especialmente cruel. Embora tivesse acesso a documentos oficiais que poderiam ser úteis a Gushiken, a acusação recusou-se a  fornecê-los a seus advogados em tempo hábil.  Com isso, o réu foi prejudicado no  direito de apresentar uma boa defesa. Feio, né?
O fato é que o julgamento tem permitido a apresentação serena de mais de uma versão, interrompendo um ambiente de linchamento que acompanhou o caso desde o início.

E é para voltar ao linchamento que começam a circular novas versões e opiniões sobre o caso, sobre a Justiça brasileira, sobre a impunidade nacional e assim por diante.


O raciocínio é simples: não importa o que for provado nem o que não for provado. Caso os 38 réus não sejam condenados de forma exemplar, quem sabe saindo algemados do tribunal, o país estará desmoralizado, nossa Justiça terá demonstrado, mais uma vez, que só atua a favor da impunidade, que todos queremos pizza e assim por diante."
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Posted: 09 Aug 2012 04:57 PM PDT


Renato Rovai, Revista Fórum / Blog do Rovai 

"No ultimo dia 30 de julho, o site do candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo veiculou uma matéria onde só faltou dizer que o pai do rap é um sujeito conhecido pela alcunha de José Serra. No texto, para provar tal tese foram citados projetos musicais do Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (CCJ), localizado no bairro Vila Nova Cachoeirinha. O título da matéria foi: "Com Serra, Rap Ganha Espaço no CCJ".

Serra e o rap juntos, estranho, não?

Por isso a reação não tardou.

Um dos projetos musicais citados na matéria é o Reviva Rap, criado em 2011, com o objetivo de resgatar a cultura hip hop e abrir espaço para apresentação de novos grupos da comunidade.

Veja o trecho abaixo:

"Entre os projetos musicais do CCJ, como é conhecido, estão o Reviva Rap, festival que teve a sua segunda edição em junho último, com nomes como Vinão Alobrasil, Brunão Mente Sagaz, Mutação Sonora e Daz Rua e Xis, entre outros. A Zona Norte de São Paulo, vale lembrar, é uma das bases mais importantes do rap, uma referência nacional. Até hoje, o Reviva Rap já mapeou mais de 200 grupos e lançou três coletâneas, das quais participaram mais de 30 conjuntos"

Pois bem, quando o pessoal que rala diariamente no projeto tomou conhecimento da usurpação dos méritos pelo candidato tucano, fizeram questão de desmentir o candidato através de um comunicado que reproduzo integralmente a seguir.

"Um site de um dos candidatos a prefeito da nossa cidade, credita a seu governo a atuação do rap no Centro Cultural da Juventude e consequentemente o festiva Reviva Rap que é "PARCEIRO", repetimos "PARCEIRO" do CCJ há 3 anos. Não temos legenda politica e tão pouco apoiamos partidos que tratam a população como gado, inferiores e nos alojam mais e mais nas nossas comunidades sem infra estrutura e municiando a policia para extermínio da juventude. Desaprovamos essa ação eleitoreira do candidato, isto não reflete nossos acordos e parceria com o CCJ que é totalmente cultural e artísticas e não politiqueira. Não recebemos nenhum comunicado antecipado da publicação e tão pouco solicitação para referirem ao nosso nome e trabalhos e dos envolvidos. Lamentamos. Muito Grato Rap! Somos por você e só por Você, esses já tão ai mó cota e sabemos o que eles querem…

Nóiz… Reviva o Rap"

Serra dessa vez foi pego na mentira."
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Posted: 09 Aug 2012 04:26 PM PDT


"As empresas de comunicação, através de seus veículos, principalmente rádio, tevê, jornais e revistas, fazem pressão sobre o Supremo Tribunal Federal, antecipando a condenação"

Dr. Rosinha, Congresso em Foco

Não sei dia, hora ou local em que nasceu Eremildo, o idiota. Sei que é filho ou enteado do jornalista Elio Gaspari. Quase todos os domingos leio o que pensa Eremildo. No geral, ele não elabora grandes teses e seu pensamento, no mínimo, é inocente, isso quando não é idiota.

Eremildo é a maneira satírica que Gaspari encontrou para criticar a corrupção, o uso indevido do dinheiro público e outros fatos da vida política do país.

No sábado, 04 de agosto, acordei pensando em Eremildo. O que será que ele acha do julgamento do suposto "mensalão"? O que ele acha da cobertura espetacularizada, condenando antecipadamente os réus, feita por alguns jornalistas?

Registro: não são apenas alguns jornalistas, isolados, que fazem uma cobertura vergonhosa. Eles estão respaldados ao menos por parte das empresas de comunicação do país. Segundo esses jornalistas e empresas, em coro ensaiado com Roberto Gurgel, procurador-geral da República, o "mensalão" é o maior escândalo da história do Brasil.

Um aparte, doutor Gurgel, perguntar não ofende: o senhor conhece a história do Brasil? Quem afirma que o "mensalão" é o maior escândalo da história ou o faz de má-fé ou não conhece nosso passado. Aproveito a oportunidade e pergunto: o senhor se sente eticamente desimpedido, depois de ficar sentado, por cerca de dois anos, em cima das denúncias contra Carlos Cachoeira e Demóstenes Torres, para formular o libelo acusatório do "mensalão"?


Eremildo, responda-me: não é vergonhosa a cobertura que jornalistas e empresas estão fazendo? Será que o pai (ou padrasto) de Eremildo, Elio Gaspari, já comentou sobre o comportamento destes jornalistas e empresas e eu não li? Como não sei se "o idiota" ou mesmo Gaspari comentaram algo sobre isso, recorro a Janio de Freitas."
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Posted: 09 Aug 2012 09:40 AM PDT


Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho

"O resultado do julgamento pode até não sofrer grandes alterações, já que os meritíssimos ministros do STF parecem estar com a cabeça feita e com seus votos prontos, pelo menos no rascunho, mas o cenário em Brasília mudou desde segunda-feira quando começaram a ser apresentadas as defesas dos 38 réus do processo do mensalão.

Até a semana passada, o que vimos foi um massacre midiático, com apenas um time em campo jogando sozinho: o da acusação.

Passados os primeiros momentos de excitação, agora que temos dois times em campo para disputar os votos dos 11 juizes, já dá para saber quais são os esquemas táticos de cada um para atacar ou se defender.

Acusação: esquema de compra de votos para a aprovação de projetos de interesse do governo Lula com a utilização de dinheiro público e privado.

Defesa: pagamento de dívidas eleitorais dos partidos aliados com dinheiro levantado em bancos privados; falta de provas documentais na acusação apresentada pelo procurador-geral.

Em resumo, é isso. Os dois lados baseiam-se em provas testemunhais e depoimentos para defender as suas teses.

"A principal mudança que verificamos é que pela primeira vez a defesa está sendo ouvida e as pessoas começaram a perceber que a história tem um outro lado", constata o advogado Arnaldo Malheiros Filho, advogado do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, com quem conversei assim que ele voltou a São Paulo nesta quarta-feira.

Ao citar uma pesquisa do Datafolha, segundo a qual 80% da população não sabe o que é o mensalão, Malheiros diz que a "pressão sobre os ministros é feita por uma minoria barulhenta".

O que vimos até a semana passada foi um movimento organizado nas redes sociais, amplificado por setores da mídia, que exigem a condenação de todos os réus, independentemente das provas dos autos e dos argumentos da defesa.

Agora, até a cobertura da imprensa parece ter ficado mais equilibrada, com a desonrosa exceção de alguns pistoleiros na blogosfera, que se mostram cada vez mais histéricos e inconformados porque os advogados de defesa, ora vejam, fazem a defesa dos seus clientes.

Apesar de todo o barulho, no entanto, não se viu até agora as massas dos porta-vozes da chamada "opinião pública" se manifestarem na praça diante do STF, em Brasília, ocupada apenas por jornalistas.

Conversei também rapidamente por telefone hoje de manhã com o ex-ministro Marcio Tomás Bastos, advogado de  José Roberto Salgado, do Banco Rural, que é acusado de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, fraude e evasão de divisas.

Em meio a uma reunião da defesa, Bastos avaliou que "já está se estabelecendo o contraditório, com as imprecisões da acusação sendo desvendadas".

À tarde, ao fazer a sustentação oral no plenário, contestando ponto por ponto a acusação do procurador-geral, o advogado perguntou: "Qual foi a prova que se produziu nestes autos contra o sr. José Roberto Salgado?".

Bastos se referiu ao processo como "um furacão com a marca de fantasia chamada de mensalão". No final da sua fala, o advogado reclamou de "incoerências vastas espalhadas por todo este processo" e pediu a absolvição do seu cliente por falta de provas, como fizeram todos os outros defensores até aqui."

Em princípio, se não houver novos atrasos, o trabalho dos advogados de defesa deverá ser concluído até quarta-feira da próxima semana.



Posted: 09 Aug 2012 09:18 AM PDT


Wálter Fanganiello Maierovitch, Terra Magazine / Sem Fronteiras

 "Um grupo de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) está, com o compromisso de seus nomes não serem revelados, a falar em "off the record" sobre o Mensalão com jornalistas da Folha de S.Paulo, conforme matéria estampada na capa da edição de hoje do jornal. Ontem, eles falaram, sempre em "off", ao jornal O Estado de S.Paulo.

Os dois jornais "estão na deles", para usar uma expressão muito empregada pelos jovens.

Mas, enquanto os jornais publicam, "na deles", o furo de antecipar opinião de ministros sobre a prova, o que dizer dos julgadores supremos?

A resposta é fácil. Até os bacharéis em Direito que ainda não foram aprovados no exame da Ordem dos Advogados sabem que o magistrado não pode antecipar juízos. A lei estabelece que só o ministro, sobre questões "sub-judice",  pode falar nos autos e em determinados momentos processuais. Mais ainda, não pode prejulgar, nem dizer sobre validade de provas na formação do seu convencimento.

Os ministros que falam a aparelhos desligados e com garantia de que os seus nomes não serão revelados burlam a lei.

 Como ministros do STF não têm corregedor e não estão sujeitos ao Conselho Nacional de Justiça, eles, no particular, abusam. E, pior, escondem-se covardemente ao  falar apenas em "off". Covardemente porque sabem que estão proibidos de falar por lei e desafiam a proibição recorrendo ao anonimato. São  "moitas supremos".

Pano rápido. A que ponto chegamos. Os garantidores da Constituição e aplicadores da lei são seus descumpridores. No popular: em casa de ferreiro o espeto é de pau."


Posted: 09 Aug 2012 08:52 AM PDT



Posted: 09 Aug 2012 07:22 AM PDT
"Redução da criminalidade e produtividade também serão avaliadas; após 100 dias de gestão, comandante anuncia reforma da corporação


Bruno Paes Manso, O Estado de S. Paulo

O Comando-Geral da Polícia Militar de São Paulo vai criar uma remuneração variável para valorizar seus praças e oficiais. A letalidade policial fará parte da lista de indicadores que renderão gratificações maiores aos melhores agentes de segurança. Os PMs que menos se envolverem em ocorrências suspeitas de resistência seguida de morte ganharão pontos para aumentar seus vencimentos.

Os PMs com mais pontos ao longo do mês receberão bonificações maiores. Esse índice será feito com base em uma lista de metas ligadas à redução da criminalidade e à produtividade da ação policial relacionada, por exemplo, a apreensão de armas e revistas de suspeitos.

Essas são algumas das medidas a serem apresentadas pelo comandante-geral da PM, Roberval Ferreira França, para reformar a corporação. No cargo desde o dia 24 de abril, França falou ao Estado sobre as estratégias que pretende implementar para mudar a imagem e a forma de agir da PM."
Matéria Completa, ::AQUI::


Posted: 09 Aug 2012 06:32 AM PDT


STJ – Superior Tribunal de Justiça

"A jornalista Eliane Cantanhêde e a Folha da Manhã S.A. não conseguiram reverter decisão que as condenou em R$ 100 mil por ofensas a honra de juiz em artigo. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por maioria, negou provimento ao recurso das rés.

No artigo "O lado podre da hipocrisia", Cantanhêde afirmava: "Já que a lei não vale nada e o juiz é 'de quinta', dá-se um jeito na lei e no juiz. Assim, o juiz (...) aproximou-se do governo e parou de contrariar o presidente, o compadre do presidente e a ministra. Abandonou o 'falso moralismo' e passou a contrariar a lei."

O caso tratado era a recuperação judicial da Varig. Segundo as rés, o artigo criticava a postura do governo, havendo mera citação secundária do magistrado. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), porém, entendeu que a afirmação denota subserviência do magistrado "a interesses escusos do Poder Executivo federal" e "incute nos leitores, indubitavelmente, uma conduta leviana, de falta de independência funcional".

"No caso concreto", segue a decisão estadual, "a matéria jornalística impugnada não pode ser considerada exercício regular de um direito, já que extrapolou a crítica mais dura, mais incisiva, mais mordaz."

Abuso de direito

Para o ministro Villas Bôas Cueva, o exercício da atividade de imprensa é imprescindível ao estado democrático de direito. "Não há sociedade democrática sem uma imprensa livre", afirmou.

O relator destacou que a crítica jornalística é direito legitimado pelo interesse social, "sobrepondo-se, inclusive, a eventuais suscetibilidades que possam revelar as pessoas públicas".

Porém, ponderou, há abuso de direito quando se invade a intimidade ou se deprecia a honra ou a dignidade de outras pessoas. Segundo o ministro, ainda que o texto seja opinativo, a crítica deve ser objetiva, "não se admitindo ataques puramente pessoais, desprovidos tanto de embasamento quanto de conexão demonstrada com a realidade, ou que visem simplesmente a atingir a honra ou a imagem da pessoa objeto dos comentários".
Decisão Completa, ::AQUI::


Posted: 09 Aug 2012 06:22 AM PDT
Torcedores indignados descontaram na Globo


Fabíola Reipert, do R7 / Blog

"Foi um caos a noite de autógrafos do livro Nunca Fui Santo, biografia do ex-goleiro Marcos escrita pelo jornalista Mauro Beting. E sobrou para a Globo...

O lançamento aconteceu na noite desta terça (7) na livraria Saraiva do shopping Eldorado, em São Paulo.

Os torcedores (a maioria palmeirense usando a camisa do time) ficaram revoltados, pois o local estava muito lotado e eles não conseguiam entrar para ver seu ídolo.

Ao verem um repórter da Globo lá dentro (que estava apenas fazendo seu trabalho), começaram a gritar: "Rede Globo, vai se f..., nosso Palmeiras não precisa de você".

Como só havia uma porta na livraria, que servia de entrada e saída, seguranças fecharam o local para evitar uma invasão. Mas os fãs empurraram a porta de vidro até quebrar.

Com os seguranças fazendo barreira, ninguém entrava nem saía. Pessoas passavam mal, desmaiavam, outras chamavam a polícia (em vão...), crianças choravam. O local estava quente e sem ar condicionado.

Até José Serra,  candidato a prefeito de São Paulo, ficou preso por um bom tempo lá dentro. Nem os seguranças dele davam conta de tirá-lo de lá (só conseguiram depois de muito empurra-empurra).

Enquanto isso, todo suado, com cara de cansado, teve de ouvir o pessoal xingando-o com aquela palavrinha básica que o povo usa para se referir a um político que não considera um exemplo..."



Posted: 09 Aug 2012 06:15 AM PDT


"De uma penada, artigo da senadora que toca em 663 mortes violentas de mulheres no Estado de São Paulo, esvaziamento das delegacias da mulher e orçamento zero para programas à atenção feminina irrita colunista de Veja e secretário tucano de comunicação; estatísticas versus vida real

Brasil 247

Dois contra uma. Ação que pareceu coordenada entre o subsecretário de Comunicação do governo de São Paulo, Márcio Aith, e o colunista da revista Veja Reinaldo Azevedo despejou ataques sobre a senadora Marta Suplicy e procurou encobrir com jogos de estatísticas o fato concreto levantado por ela. Marta lembrou, na semana passada, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, que o Estado de São Paulo registrou, em 2010,  nada menos que 663 mortes violentas de mulheres, alcançando, segundo o Instituto Sangari, o maior número absoluto deste tipo de ocorrência no País. Foi acusada de ter cometido uma "atrocidade" à estatística, ter "desinformado" seus leitores, "falar bobagem", não saber "matemática" e, por todas estas, necessitar ser mais "responsável mesmo no papel de colunista de jornal" pela dupla de amiguinhos, convivas dos convescotes do 'pessoal da Abril'.

De Azevedo que gosta de exibir o tamanho de sua cauda de seguidores, não se poderia esperar nível mais elegante diante da senadora de 8,31 milhões de votos. Não deve ser inveja. É o padrão. Ele polemiza sempre sacudindo chavões de desqualificação pessoal contra seus alvos.

Do subsecretário Aith, pelo cargo, seria de se esperar, no entanto, uma postura mais institucional ou, ao menos, mais consistente. Igualmente escudado nas estatísticas, que a todas as teses servem, como sabem os economistas, o subsecretário deixa de lado o relaxamento administrativo do Estado, apontado por Marta (leia abaixo) e os reflexos sociais decorrentes,  nas questões da violência contra a mulher, para cobrir-se com um manto sagrado de números.

Alô, queridos, alôô... Não era só de números que a senadora estava falando – e, nesse campo, a centena 663 mortes violentas de mulheres no Estado de São Paulo em 2010 não foi contestada. Ela tocou num ponto que, se de um lado a faz ter a popularidade que tem (voltem ao início sobre a última votação dela), de outro explica porque os tucanos ficaram famosos pela insensibilidade social. Mortes violentas de 663 mulheres no Estado de São Paulo em 2010 são, para ela, mortes violentas de 663 mulheres no Estado de São Paulo em 2010 – para a dupla dinâmica, estatística. O pior é que, além deles, o governador Geraldo Alkmin também deve ter ficado eriçado pela palavra de seus ventríloquos. Será que ele também acha que estatísticas valem mais que a vida real?

Abaixo, a manifestação da assessoria de Marta Suplicy, enviada ao 247, do qual a senadora por São Paulo é colunista, a respeito das réplicas de Aith e Azevedo, reprodução da manifestação do subsecretário de Comunicação do Estado de São Paulo publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, tréplica da senadora e endereço da coluna de Azevedo:

"Por que a senadora Marta, ao escrever sobre as mazelas do estado de São Paulo na segurança, em particular na questão da violência contra as mulheres - situação em nível intolerável -, acabou sofrendo um ataque virulento, por parte do subsecretário de Comunicação do Governo, Marcio Aith? Afinal, quem tem razão? Ela? Ou ele?

É  evidente que a questão das mulheres vítimas de violência é ignorada pelo governo do Estado de São Paulo. E por isso Aith "bate" em Marta - e com tamanha insensibilidade para a questão.

Não existe política para as mulheres vítimas de violência em SP.

Marcio Aith tergiversa.

Vamos aos fatos:

O estado de São Paulo não tem programa nem dotação orçamentária para o combate à violência contra a mulher, nem secretaria, nem coordenadoria, nem arranjo institucional, ou seja, nada concreto para enfrentar o problema.
Não há previsão, no PPA de 2012 a 2015, de nenhuma política específica para mulheres.


O grupo político do PSDB governa o Estado há décadas e São Paulo foi pioneiro na instalação da primeira Delegacia de Mulheres. Mas é fato que, depois do governo Montoro, todos os governadores seguintes praticamente enterraram o assunto. Pouco ou nada investiram."
Matéria Completa, ::AQUI::


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Francisco Almeida / (91)81003406

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