BRASIL! BRASIL!
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- Charge do Bessinha
- "Os brasileiros não se sentem latino-americanos"
- Os 88 policiais executados em 2012 são todos da PM. Por quê?
- Lula, Valério, Cristo e Barrabás
- Secco: oposição tucana e Campos só têm chance se houver "crise catastrófica"
- Quem não tem voto caça com Valério
- Mercadante promete segurança máxima no Enem
Posted: 02 Nov 2012 05:23 PM PDT
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Posted: 02 Nov 2012 05:20 PM PDT
"Em entrevista à Carta Maior, o escritor, dramaturgo e roteirista de cinema cubano Reinaldo Montero fala da influência da cultura brasileira sobre a literatura, música e cinema cubano e do desconhecimento que a maioria da população brasileira tem da cultura latinoamericana. Vencedor do Casa de las Américas e de vários outros prêmios em Cuba, Espanha e França, Montero também fala sobre a relação entre inspiração e transpiração no ato de escrever, sobre o impacto da internet e das redes sociais na literatura e na relação dos autores com críticos e público, e sobre o atual momento da vida cultural cubana.
Marco Aurélio Weissheimer, Carta Maior
O desconhecimento que a maioria da população brasileira tem em relação à cultura latino-americana não chega a ser uma novidade. Mas ele fica mais gritante e absurdo quando referido por artistas e intelectuais de língua espanhola que tem grande conhecimento da cultura brasileira. Em 1986, o jovem escritor cubano Reinaldo Montero, vencedor do prêmio Casa de las Américas naquele ano com a novela Donjuanes, foi convidado para a Bienal do Livro em São Paulo. Quando chegou ao hotel, em São Paulo, viu em um mapa que estava muito perto da esquina da Ipiranga com a São João. "Eu saí do hotel e fui até à esquina da Ipiranga com São João, o que, naquele tempo, era muito perigoso. Esse é o exemplo vivo do conhecimento que há em Cuba sobre o Brasil. Não sei quantos brasileiros podem ir a Havana e fazer algo assim...," comenta.
Convidado para participar da Feira do Livro de Porto Alegre, Montero concedeu entrevista à Carta Maior e falou sobre a influência da cultura brasileira na literatura, cinema e música cubana. Escritor, dramaturgo e roteirista de cinema, Reinaldo Montero foi publicado no Brasil pela Companhia das Letras (As afinidades, 1999). Na entrevista, realizada no Memorial do Rio Grande do Sul, ele também fala sobre a relação entre inspiração e transpiração no ato de escrever, sobre o impacto da internet e das redes sociais na literatura e na relação dos autores com críticos e público, e sobre o atual momento da vida cultural cubana. Ao final, aponta uma relação de escritores e dramaturgos, cujo trabalho ajuda a refletir sobre o atual estágio da civilização. Montero não é muito otimista: "Vivemos um momento adolescente como espécie. E tenho dúvida se vamos amadurecer algum dia". Além do Casa de las Américas, em 1986, Montero ganhou prêmios em Cuba, Espanha e França, já teve três roteiros filmados, várias peças encenadas e é autor de novelas, poesias e ensaios. Há uma grande ignorância brasileira em relação à cultura da América hispânica, o que se aplica também ao caso da cultura cubana... Reinaldo Montero: Sabe o que acontece? Os brasileiros, a maioria deles ao menos, não se sentem latino-americanos. Isso é muito curioso porque a influência do Brasil na América Latina e, em especial, em Cuba, é extraordinária. O conhecimento que há do Brasil em Cuba é enorme: o tropicalismo, o Cinema Novo, o primeiro título da coleção Casa de las Americas foi Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Essa influência é mais antiga ainda e chega até a música que vocês chamam de erudita. As Bachianas de Villa Lobos, em especial uma interpretação memorável que se fez da Bachiana nº 5, influenciaram o nacionalismo musical cubano, a música "culta", como se diz em espanhol, nos anos 30 e 40. Depois, com o tropicalismo e o Cinema Novo, nos anos 50 e 60, poderia se dizer que a música brasileira era tão cubana quanto a cubana. Eu vim para o Brasil pela primeira vez, em 1986, convidado pela Câmara do Livro de São Paulo, para a Bienal do Livro. Eu lembro que cheguei à noite e me levaram para o hotel. Quando cheguei na recepção do hotel vi num mapa da cidade que estava perto da Ipiranga com a São João. Ipiranga com São João? Alguma coisa acontece no meu coração...Eu saí do hotel e fui até à esquina da Ipiranga com São João, o que, naquele tempo, era muito perigoso. Esse é o exemplo vivo do conhecimento que há em Cuba sobre o Brasil. Não sei quantos brasileiros podem ir a Havana e fazer algo assim..."
Entrevista Completa, ::AQUI::
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Posted: 02 Nov 2012 04:54 PM PDT
"Nos ataques em São Paulo, em 2006, o PCC (Primeiro Comando da Capital) ordenou e fez executar policiais. Militares e civis. Indiscriminadamente. Neste ano de 2012, oitenta e oito policiais militares já foram assassinados. Só cinco deles mortos trabalhando. Quando a morte é fora do trabalho, a família não recebe benefícios. E o PCC sabe que essa regra ainda vigora.
Além desses 88 PMs, supostamente mortos por ordem do PCC, 16 agentes penitenciários e 10 integrantes da Polícia Civil foram mortos em 2012; mas esses, os dez da polícia civil, mortos por reação a assalto, em ação, ou outras situações não caracterizadas como de execução.
Em todo o Estado, até este outubro, os homicídios chegam a 3.330. Só na capital, até setembro, 919 cidadãos assassinados; 96% a mais do que em setembro do ano passado.
Antonio Ferreira Pinto é o Secretário de Segurança Pública. Numa dessas coletivas para a imprensa, há pouco tempo, ele disse que os assassinatos de PMs não tinham "nenhuma vinculação com a facção". A "facção", como diz o secretário sem citar o nome, é o PCC.
Não há quem não saiba que está em andamento uma guerra particular entre o PCC e a PM. Uma PM, pelo que informam alguns dos seus, com divisões; digamos assim. Segundo oficiais da corporação, teriam sido rompidos, de parte a parte, "códigos de conduta".
Foto: Terra
Artigo Completo, ::AQUI::
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Posted: 02 Nov 2012 04:39 PM PDT
Eduardo Guimarães / Blog da Cidadania
"Os medíocres não hesitarão em tentar ridicularizar o que entenderão como "comparação entre Lula e Cristo" que este texto estaria pretendendo fazer. Até porque, desacostumados a pensar, não vão ler o que será dito a seguir, limitando-se a comentar o título acima.
É óbvio, no entanto, que não se está comparando um simples político com aquele que, na pior das hipóteses, é o maior personagem da história da humanidade. O que se fará aqui será, usando metáfora histórica, apontar o absurdo da situação criada pela mídia e pela oposição federal.
Como já se pode notar, o assunto é a nova investida da imprensa golpista – aquela que gerou o golpe militar de 1964, entre outros – para conseguir no Judiciário o que seus despachantes na política não obtiveram nas urnas.
Não surpreendeu, pois, que o Estadão não tenha esperado nem uma semana após o fim da eleição para requentar o que a direita midiática já havia sinalizado, nas páginas de Veja, que faria caso o eleitorado não lhe sorrisse.
Apesar de mídia e oposição relativizarem o desprezo que o eleitorado dedicou àquilo que pretendiam que fosse uma bomba atômica – e que se revelou um traque –, essas forças do atraso sabem muito bem que o brasileiro lhes fechou a porta na cara.
Assim que parecem ter se convencido de que a única saída para terem alguma chance de retomar o poder através de algum José Serra da vida – ou, no limite da imprudência, através do próprio – será anulando aquele que julgam ser responsável por mantê-los longe do poder.
É nesse ponto que, de alguma maneira, tal situação parece emular o texto bíblico, na narrativa sobre Jesus Cristo e Barrabás."
Artigo Completo, ::AQUI::
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Posted: 02 Nov 2012 04:24 PM PDT
Rodrigo Vianna e Juliana Sada, Escrevinhador
"O resultado das eleições municipais trouxe novidades e novos atores ao cenário político. O balanço mostra o crescimento do PSB nas capitais; o avanço do PT em redutos tucanos; a entrada do PSOL na disputa majoritária; um bom desempenho do PSD… Junto das novidades, vieram as dúvidas sobre a disputa de 2014.
O Escrevinhador conversou com o historiador e professor da USP Lincoln Secco sobre o desempenho do PT nestas eleições, o espaço de ação da oposição e a disputa de 2014.
Para Secco, autor do livro "História do PT", as políticas sociais do governo federal possibilitaram a diminuição do poder dos coronéis nas pequenas cidades do interior do nordeste e o crescimento do PT nestes locais.
Sobre 2014, o historiador não tem muitas dúvidas: a oposição e até mesmo Eduardo Campos só têm chance em 2014 caso "o governo estiver numa crise catastrófica". Ao falar do PSDB, é categórico: "ele não tem nada a oferecer à população".
Desde que Lula implementou suas políticas sociais o PT ampliou sua presença em regiões mais pobres do Nordeste. O PT já tinha uma poderosa marca social oriunda de suas gestões municipais e do próprio discurso recorrente de suas lideranças a favor dos mais pobres. Só que a influência petista esbarrava nos vestígios de coronelismo que ainda havia. O aumento do salário mínimo e os programas Luz para Todos e Bolsa Família mudaram a vida das mães de família e o comércio local das pequenas cidades. A mulher recebe os recursos diretamente numa conta bancária, sem mediação do político local.
No Sul e Sudeste parece dar-se o inverso: PT é forte nas cidades grandes e, apesar de eleger mais prefeitos nas pequenas, não consegue ainda rivalizar com PMDB e PSDB. Por quê?
Os dois Estados mais populosos do Brasil são governados pelo PSDB: São Paulo e Minas Gerais. Uma produção industrial e agropecuária forte e uma classe média tradicional estabelecida impediram historicamente o PT de se posicionar na liderança. Basta visitar uma pequena cidade do Oeste paulista e outra do interior da Bahia para ver a diferença. O impacto das políticas sociais de Lula foi muito menor nos Estados mais desenvolvidos. Ali, o PT tem mais força nas cidades médias e grandes, onde a periferia é extensa e os problemas crônicos da saúde, transporte e habitação por vezes inclinam o eleitorado à esquerda. O que significa o avanço de Eduardo Campos? Campos é um político absolutamente tradicional e que divide com outras oligarquias o PSB. Não vejo nada de mais nisso. Tanto ele quanto Aécio Neves são vazios programáticos. Nada têm a oferecer à população que seja diverso do que já é feito pelo PT. Campos é da base do governo e em nenhum momento criticou Dilma Rousseff. Ele pode ser candidato à presidência fora do campo político governista? Pode. Mas só seria eleito se o governo estiver numa crise catastrófica, ou se a oposição encontrar um programa alternativo, o que ela tenta desde 2002."
Entrevista Completa, ::AQUI::
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Posted: 02 Nov 2012 06:20 AM PDT
Paulo Moreira Leite, Época / Vamos Combinar
"O alvoroço provocado pela notícia de que Marcos Valério pode ter informações comprometedoras contra Lula, Antônio Palocci e até sobre o caso Celso Daniel chega a ser vergonhoso.
Desde a denuncia de Roberto Jefferson que Valério tem demonstrado grande disposição para colaborar com a polícia. Foi ele quem entregou a relação de 32 beneficiários das verbas do mensalão, inclusive Duda Mendonça. Conforme os advogados de um dos réus principais, ao longo do processo Valério fez quatro tentativas de oferecer novas delações em troca de uma redução de sua pena. As quatro foram rejeitadas. O estranho, agora, não é a iniciativa de Valério, mais do que compreensível para quem se encontra numa situação como a sua. Não estou falando apenas dos 40 anos de prisão. As condenações de José Dirceu e José Genoíno se baseiam em "não é possível que não soubessem", "não é plausível", "um desvio na caminhada" e assim por diante. Eu acho legítimo pensar que deveriam ser questionadas em novo julgamento, o que certamente poderia ser feito se tivessem direito a uma segunda instância, como vai ocorrer com os réus do mensalão PSDB-MG que foram desmembrados nestes "dois pesos, dois mensalões," na antológica definição de Jânio de Freitas. Parece muito difícil questionar o mérito das acusações contra Valério. Ele participava de um esquema para levantar recursos de campanha. Mas seu interesse era comercial, digamos assim. Pretendia levantar R$ 1 bilhão até o fim do governo, disse Silvio Pereira, secretário geral do PT, em entrevista a Soraya Agege, do Globo, em 2006.
Era o titular do esquema, o dono das agências de publicidade, aquele que recolhia e despachava o dinheiro, inclusive com carros forte e conta em paraíso fiscal.
O estranho, agora, não é o comportamento de Valério. São os outros.
É a torcida, o ambiente de vale-tudo.
Artigo Completo, ::AQUI::
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Posted: 02 Nov 2012 05:27 AM PDT
"Ministro da Educação disse que foram testados 3,4 mil itens de segurança para o exame que acontece neste fim de semana, avaliando 5,7 milhões de estudantes; prova é teste de fogo para as pretensões de Mercadante, possível candidato ao governo de São Paulo em 2014
Heloisa Cristaldo, Agência Brasil
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem (1º) que 3.400 itens foram monitorados para garantir total segurança na aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que será realizado no próximo final de semana, dias 3 e 4 de novembro.
"Está tudo pronto. Agora, é momento de todos ficarem tranquilos para fazerem uma boa prova (…) Estamos trabalhando com toda intensidade para dar total tranquilidade para fazer uma excelente prova", disse Mercadante, em entrevista ao programa de rádio Hora da Educação, produzido pelo Ministério da Educação.
Mercadante ressaltou o tamanho do exame, que vai avaliar mais de 5,7 milhões de alunos em todo o país. "O Enem é o segundo maior concurso de todo o planeta. É a segunda maior operação logística para fazermos uma prova como esta. Vamos ter 566 mil pessoas trabalhando para garantir a segurança e a tranquilidade dos estudantes".
O ministro destacou os benefícios do Enem e orientou os alunos a "caprichar" na prova, já que o rendimento no exame é uma oportunidade para estudantes que querem ingressar em universidades federais ou faculdades particulares do país."
Matéria Completa, ::AQUI::
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Francisco Almeida / (91)81003406
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