segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Via Email: BRASIL! BRASIL!



BRASIL! BRASIL!


Posted: 12 Nov 2012 04:19 AM PST


Vitória. Figura lendária em Piracicaba,
sempre com seu lenço na cabeça,
Madalena teve uma vida dura.
Willian Vieira, CartaCapital


"Com o indefectível lenço na cabeça e os velhos tamancos cor de cobre a tropeçar no lixo do descampado que promete transformar em praça, Madalena interrompe o discurso pós-eleitoral para atender o celular. "Imagina, atiraram nimim coisa nenhuma! Tô vivíssima, doutor." Primeira travesti eleita vereadora em Piracicaba, no conservador interior de São Paulo, ela engole em seco. "Era o pessoal da delegacia." Vítima de telefonemas com ameaças de morte caso assuma, que ganharam vida no cruel vaticínio de um motoqueiro na porta de casa, Madalena dilui o medo entre os parabéns dos vizinhos, os acenos dos carros e os assobios dos rapazes que vendem drogas na esquina. "Aqui vou fazer uma praça para as crianças. E vou melhorar aquela outra." Uma praça minúscula surge no fim da mão cravejada de anéis. "Eu que fiz." Um moleque passa fumando crack numa lata de Coca-Cola. "Oi, Madá!" Ela sorri. "Falta serviço pra eles. Mas espera só eu assumir, que tudo isso vai mudar."

Sob o número 45033, Luis Antônio Leite, ou melhor, Madalena, recebeu 3.035 votos em 7 de outubro. Foi a sétima vereadora mais votada de Piracicaba. Após tentar a candidatura como suplente em outros pleitos, diz, decidiu ir em frente sozinha. E pelo PSDB. "Foi o partido que me convidou, ué. Sou conhecida, eles tavam interessados nimim." O atual prefeito chamou-a para o gabinete, conta, e sugeriu que ela saísse pela coligação (de dez partidos) do tucano Gabriel Ferrato. Uma foto de Madalena com Barjas Negri (PSDB) jaz na estante da sala. "Eu disse: 'Olha, não tenho onde cair morta'." As promessas foram muitas, lembra. Poucas cumpridas. "Me arrumaram dez cabos. Mas tinha de pagar o dia, marmitex, gasolina. Como eu ia fazer? Me deram 30 mil santinhos. É pouco, viu? Com mais 50 mil eu conseguia 10 mil votos."

Afiada nos cálculos inerentes à prática política da noite para o dia, Madalena se orgulha ao narrar o pleito. "No começo era eu e o carro de som." Como sua candidatura, com ajuda da mídia e dos famosos lencinhos, se espalhasse feito fogo na secura sazonal da região, o apoio cresceu. Um conhecido ofereceu café e almoço aos cabos. "Vai ser meu assessor." Outro lhe bateu à porta e ofereceu um carro em troca do mesmo cargo. "Era o Beto Pastor. Eu disse: 'Olha, se trabalhar bem não tem problema'." Beto ganha a vida com a distribuição de folhetos. Foi um passo certeiro. "Ele dava os santinho (sic) embrulhado nos folheto. Aí muita gente de outros bairros soube quem eu era."
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Posted: 11 Nov 2012 04:30 PM PST
"Stefan Zweig intitulou Brasil, país do futuro seu livro de ensaios lançado em 1941, quando veio conhecer o país que o acolheria e no qual morreria no ano seguinte. Ora, pode ser aplicado ao futuro o que diz Eduardo Galeano a respeito da utopia: como o horizonte, está sempre ali na frente, mas não se pode alcançá-la, por mais que se caminhe em sua direção.


Frei Betto, Adital / Vermelho

Prefiro afirmar que o Brasil é um país de contrastes. Com população de 192 milhões de habitantes (dos quais 30 milhões na zona rural, onde predomina o latifúndio com grandes extensões de terras improdutivas), apenas 6,6 milhões de brasileiros se encontram na universidade. E dos 92 milhões de trabalhadores, quase a metade não tem carteira assinada.

Temos a maior área fundiária da América Latina e nunca se fez aqui uma reforma agrária. Somos o principal exportador de carne e temos a segunda maior frota de helicópteros das Américas, e convivemos com a miséria de 16 milhões de habitantes (dos quais 40% têm até 14 anos de idade e 71% são negros e pardos).

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Posted: 11 Nov 2012 03:59 PM PST
Altamiro Borges, Blog do Miro


"Passadas as eleições de outubro, nas quais o PSDB reduziu ainda mais a sua representatividade – perdeu 87 prefeitos e 641 vereadores –, os caciques tucanos já deflagraram a guerra pelo comando da sigla. As convenções nacional e estaduais estão agendadas para maio de 2013, mas a derrota eleitoral antecipou a disputa interna. As bicadas tucanas serão mais sangrentas. Na aparência, há uma briga entre as teses da "renovação e da experiência" e entre "os paulistas e os mineiros". Porém, o buraco é mais embaixo.

Na prática, o que está em jogo é a definição dos futuros candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais, além dos cargos legislativos de deputados e senadores, no pleito de 2014. Aécio Neves, o cambaleante presidenciável mineiro, agarrou-se à tese da renovação, defendida pelo grão-tucano FHC, presidente de honra do PSDB, para defender mudanças no comando da sigla. Já os paulistas, que sempre mandaram na legenda, retrucam que ela não pode estar a serviço de uma pretensa candidatura.
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Posted: 11 Nov 2012 03:52 PM PST
"Que papel a história reserva para os ministros do Supremo Tribunal Federal que conduziram o espetáculo? Como eles serão lembrados no futuro? Aos poucos, os ministros descobrem que a vida não se encerra no Jornal Nacional, que reservou alguns segundos de fama para os juízes num especial de 18 minutos sobre o tema



"Criminalista de renome, o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira cunhou uma frase lapidar num artigo que escreveu sobre o julgamento da Ação Penal 470 (leia aqui). "Não pode passar sem registro um outro aspecto extraído ou confirmado pelo julgamento do mensalão: o poder da mídia para capturar a vaidade humana e torná-la sua refém", disse ele. 

Transmitido ao vivo, o julgamento deu ao povo brasileiro a oportunidade rara de conhecer a personalidade de cada um dos ministros, ao mesmo tempo em que ofereceu aos juízes uma janela para que construíssem frases de efeito para as câmeras e para os telejornais – especialmente para o Jornal Nacional, da Globo, que dedicou 18 minutos ao tema, às vésperas do segundo turno.

Aos poucos, no entanto, o próprio julgamento começa a ser julgado por pessoas de carne e osso e não pelos supostos intérpretes da "opinião pública". E como já não há mais uma eleição na próxima esquina, o interesse dos meios de comunicação em relação ao julgamento não é o mesmo de antes. Outro especial de 18 minutos no JN não haverá. Os 15 segundos de fama já passaram.
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Posted: 11 Nov 2012 03:36 PM PST
"Nessa guerra os que morrem são sempre os mais pobres, e não beligerantes diretos. Raramente um oficial é executado por bandidos. Em algumas vezes são soldados desprotegidos, alvejados quando chegam do trabalho. Da mesma forma, não são os capitães do PCC e de outras organizações semelhantes os mortos.


Mauro Santayana, Carta Maior

Falta identificar as forças beligerantes na guerra que se trava em São Paulo, com baixas diárias que se aproximam das registradas em conflitos internacionais. Aparentemente – e convém desconfiar das aparências – o confronto se dá entre os bandidos e a polícia. Os bandidos, na versão oficiosa, vingam-se da sociedade que os confina ao "executar" policiais militares em emboscadas. Há, no entanto, a denúncia de que os policiais militares estão assassinando pequenos bandidos, mas também pessoas trabalhadoras, a fim de atemorizar as organizações criminosas dos presídios.

Não há policiais perfeitos, a não ser na ficção, mas sem dúvida a Polícia Militar, pela sua natureza, é muito mais violenta do que as corporações civis. O uniforme, os aquartelamentos, as formações e os treinamentos – semelhantes aos que se submetem as forças armadas destinadas à hipótese da guerra contra os inimigos externos – condicionam esses homens ao ato de matar sem a inibição do sentimento de culpa. Isso não inocenta os policiais civis, muitos deles tão violentos ou ainda mais violentos do que os uniformizados.
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Posted: 11 Nov 2012 08:38 AM PST



Posted: 11 Nov 2012 08:30 AM PST


Policiais militares atuam no centro de São Paulo
Wálter Maierovitch, CartaCapital


"Em maio de 2006, o Primeiro Comando da Capital (PCC), associação delinquencial paulistana nascida nos presídios como a italiana Sacra Corona Unita, apavorou a população com ataques espetaculares. O medo tomou conta dos paulistanos, que se refugiaram nas suas residências

Quando isso aconteceu, Geraldo Alckmin tinha renunciado ao governo do estado para concorrer à Presidência da República. Como legado, Alckmin deixou uma canhestra política militarizada de segurança pública e a passar a falsa impressão de tranquilidade à população. Não bastasse, não desmentiu o seu chefe do Departamento de Investigações Criminais na afirmação, em entrevista coletiva, de que o PCC estava agonizante.

Logo depois da saída da chefia do Executivo paulista, arti­culados ataques do PCC serviram para confirmar a falência da política militarizada de Alckmin, e o governador interino, Cláudio Lembo, foi apanhado de calças curtas. Não bastasse, um avião oficial conduziu negociadores para fechar um "armistício" com o chefão do PCC, recolhido em estabelecimento prisional.
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Posted: 11 Nov 2012 07:43 AM PST
Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação


"A mídia global, na ânsia de catar pretensos erros do Governo (mas não da oposição, que ela representa), prossegue no que parece ser uma mórbida fixação.  A impressão que dá é de que só pode exercer o jornalismo (e também outras atividades) nessa Organização quem, de antemão, comprometa-se a fazer o jogo dela, mandando os escrúpulos às favas em nome de empregos e/ou brilharecos de notoriedade.

Digo isso porque novamente o Império contra-ataca no terreno do ENEM para tentar denegrir  as provas (e o MEC). E volta à carga na área da linguagem, acusando o ENEM de enfatizar o "uso polêmico" de termos coloquiais, que de polêmico nada tem, pois se vincula à boa história dos usos de qualquer língua. Deram-se ao trabalho de contar as questões que, na prova, versam sobre esse assunto, para concluir , ou levar à conclusão de que está em curso uma política educacional de "emburrecimento " dos estudantes.
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Posted: 11 Nov 2012 05:44 AM PST
Agência Brasil / BBC Brasil


"O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou hoje (10) que vai se candidatar à reeleição na próxima disputa eleitoral, em fevereiro. Correa deve disputar a eleição com cinco candidatos.

O presidente disse que busca "conduzir uma nova vitória da revolução cidadã" e que terá o objetivo de ter uma maioria contundente na Assembleia Nacional.

O país terá eleições presidenciais em fevereiro de 2013, e os partidos políticos têm até o dia 15 de novembro para postular suas candidaturas."


Posted: 11 Nov 2012 05:25 AM PST
"Bem-informado, colunista do Globo e da Folha diz que o futuro chefe do Supremo Tribunal Federal tentará chegar também à presidência da República daqui a dois anos; se for verdade, o julgamento-trampolim terá sido desmoralizado



Ontem, o jornalista Claudio Humberto, um dos mais influentes colunistas políticos de Brasília, informou que o atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, recebeu convite de Eduardo Campos, presidente do PSB, para concorrer ao Senado em 2014, pelo Distrito Federal.
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Francisco Almeida / (91)81003406

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