BRASIL! BRASIL!
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- Charge do Bessinha
- O mensalão não dá ibope
- Datafolha antes da Folha: Haddad 49%, Serra 32%
- Efeito "Malufaia" põe uso do "kit gay" em xeque
- Gilmar Mendes dá sinais de ter 'perdido a noção'
- FHC abandona de vez o barco de José Serra
- O levante da ralé paulistana
- Globo contrata e esconde vitória de Haddad
- Caciques do PSDB preparam extirpação de Serra
- Charge do Bessinha
- Ley de Medios argentina é modelo, diz relator da ONU
- Serra sabota o próprio passado e afunda
Posted: 18 Oct 2012 06:03 PM PDT
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Posted: 18 Oct 2012 06:00 PM PDT
Urariano Mota, Direto da Redação
"O ex-presidente Lula, que é sábio em política, já havia advertido: "O povo não está preocupado com mensalão, com julgamento lá em Brasília. O povo está preocupado é se o Palmeiras vai cair para a segunda divisão". Mas não quiseram ouvi-lo. Melhor, os fazedores de opinião – aqueles submergidos na realidade dos jornais e tevês – acharam que tudo não passava de desconversa de Lula, pois desta vez, ó, os petistas e esquerda iam para o buraco, conforme publicavam. Lido engano. É preciso, por um lado, ter paciência com a miopia dos brilhantes da mídia, e por outro, sorrir feliz que tanto errem e insistam no erro, para melhor benefício da gente brasileira.
No que se refere ao julgamento de petistas no STF e seu reflexo nas eleições, de novo, o velho jornal confunde opinião pública com opinião publicada. Se os editores olhassem mais críticos para suas "cartas à redação", veriam a partir delas que as letras saídas nos jornais não são bem a voz da sociedade, porque mais de uma vez as cartas se inventam. As opiniões ali são falsas ou por claro exercício da mentira, ou por seleção rigorosa do que interessa publicar, que é outra forma de invento. Disso os editores até sabem. Digamos, numa concessão à sua inocência, que eles parecem não ver é outra coisa. A saber: a força antiga da imprensa em moldar consciências não se faz mais como antigamente. Como naquele tempo em que a Globo e Folha de São Paulo mudaram o voto popular, ao divulgarem na véspera das urnas montagem do debate Lula e Collor, e dinheiro roubado em fotos de Ali Babá.
Há limites que antes não havia. Eles vão da realidade livre da internet, que não obedece às leis do mercado como ocorre na massiva imprensa, mas influencia ainda assim, à realidade mais concreta, de identificação do povo com os políticos que lhe possibilitaram um mínimo de conforto e oportunidades na vida. Sim, o reconhecimento popular àqueles políticos, "bandidos", estampados nas imagens das primeiras páginas e na tela da televisão. Mas fazer uma análise mais funda desse fenômeno, compor uma explicação científica que decomponha o real das ruas, vai além deste espaço e do talento do colunista. Então falo do que vi esta semana."
Artigo Completo, ::AQUI::
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Posted: 18 Oct 2012 05:45 PM PDT
"Diferença de 17 pontos é ainda maior que a do Ibope, que apontou 48% a 32%; estranhamente, instituto do grupo Folha ainda não divulgou os resultados da sua pesquisa desta semana, a cujos números 247 teve acesso
Depois de o Ibope apontar distância de 16 pontos percentuais entre Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) na corrida pela Prefeitura de São Paulo, o Datafolha aponta diferença ainda maior: 49% a 32%. Estranhamente, contudo, instituto do grupo Folha ainda não divulgou os resultados da sua pesquisa desta semana. 247 teve acesso aos números inéditos e os divulga antes mesmo da empresa autora da pesquisa."
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Posted: 18 Oct 2012 05:23 PM PDT
José Roberto de Toledo, Estadão.com.br
"A campanha negativa não funcionou na primeira metade do segundo turno. As tentativas de José Serra (PSDB) de associar o rival Fernando Haddad (PT) ao mensalão e ao "kit gay" não conseguiram diminuir a vantagem do petista. Ao contrário: no Ibope, a diferença aumentou de 11 para 16 pontos no total de votos. E não foi Haddad que cresceu, foi Serra que caiu. Mesmo assim, é improvável que a anticampanha vá diminuir de tom.
Por ora houve um efeito "Malufaia". Principal aliado de Serra entre os evangélicos, o pastor Silas Malafaia tem repetido ataques a Haddad, dizendo que o ex-ministro da Educação encomendou um kit "para ensinar a ser gay nas escolas" enquanto estava no governo federal. Mas os disparos contra o kit anti-homofobia parecem ter saído pela culatra, como ocorreu com o apoio de Paulo Maluf (PP) a Haddad no primeiro turno.
A principal queda do tucano foi justamente entre os evangélicos, de 37% para 28%, desde a semana passada -segundo a CEO do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari. Haddad pouco se beneficiou dessa queda. O petista oscilou de 50% para 52%. O que cresceu nesse segmento do eleitorado foi a parcela que, hoje, votaria em branco ou anularia seu voto: foi de 7% para 13%. Não houve mudança significativa no voto do eleitorado católico.
No centro expandido da cidade, onde o eleitorado é mais rico e escolarizado, o candidato do PT melhorou um pouco a sua taxa de intenção de voto em comparação à semana passada. Esse eleitor costuma votar majoritariamente em candidatos antipetistas e, por isso, é o alvo principal da campanha de Serra. Mas a mira tucana está embaçada. Haddad chegou mais perto de Serra no conjunto dessas regiões – o que é inesperado, pois candidatos petistas costumam não se dar bem nelas."
Matéria Completa, ::AQUI::
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Posted: 18 Oct 2012 04:23 PM PDT
Helena Sthephanowitz, Rede Brasil Atual / Blog da Helena
"A liberdade de expressão é um conquista da civilização, mas como nem tudo é perfeito, em nome dela também se cometem gafes, abusos, inconveniências, impropérios e descomposturas.
Seria apropriado, por exemplo, um juiz do Supremo Tribunal Federal, parte destacada do julgamento do chamado "mensalão", com forte conotação política prestigiar às gargalhadas a noite de autógrafos de um livro com o título "O País dos Petralhas II"?
Pois o ministro do STF Gilmar Mendes marcou presença no referido evento, em Brasília, na terça-feira (16). Óbvio que o magistrado está em pleno exercício do seu direito à liberdade de expressão, de ir e vir etc., mas o gesto – carregado de simbolismo –, equivalente, e muito, a subir em um palanque tucano.
Como agravante, o autor do livro é Reinaldo Azevedo, o mais raivoso blogueiro da revista Veja, que aliás ainda está sob investigação na CPI do Cachoeira. O que diriam, por exemplo, se algum outro ministro do STF fosse a um hipotético lançamento de um livro escrito por um blogueiro progressista, chamando partidários do PSDB de "tucanalhas"?
Proibido não é. Mas com certeza é um gesto inconveniente para qualquer magistrado, cuja conduta deve ser marcada pela discrição e por manter equidistância das manifestações com conotações político-partidárias.
De qualquer forma, da próxima vez que for à Brasília, Amaury Ribeiro Júnior poderia convidar o "doutor Gilmar", para uma noite de autógrafos do livro "A privataria tucana". Este sim um livro-reportagem, repleto de documentos, e não uma coletânea de meras opiniões panfletárias, como é o caso deste agora, mais um de Reinaldo Azevedo."
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Posted: 18 Oct 2012 08:25 AM PDT
"Para o ex-presidente, candidato tucano sairá da campanha municipal de São Paulo com o rótulo de conservador, o que prejudica a imagem do próprio PSDB; presidente nacional do partido, Sérgio Guerra também criticou o uso do chamado 'kit gay' nos discursos de Serra; isolamento do candidato dentro do partido fora apontado antes por 247
Brasil 247
Desde que deixou a presidência da República, em 2002, Fernando Henrique Cardoso vinha renovando a sua imagem, e também do PSDB, com uma agenda liberal no que diz respeito aos costumes. Era o caso, por exemplo, da discussão sobre a descriminalização das drogas leves.
Hoje, FHC assiste ao pequeno Uruguai, governado por José Mujica, tomar a dianteira nesse debate. Além disso, seu PSDB, que nasceu na centro-esquerda, vem sendo empurrado por José Serra à centro-direita. Em reportagem publicada nesta quinta-feira na Folha de S. Paulo, FHC abandona de vez o barco serrista, ao fazer críticas à campanha do tucano, que vem se aproximando de setores conservadores. O movimento de extirpação de Serra no ninho tucano foi adiantado ontem por 247 (aqui).
Segundo o ex-presidente, Serra corre o risco de sair da eleição com o rótulo de conservador ao criticar duramente o material antihomofobia criado pelo adversário Fernando Haddad (PT) quando ministro da Educação, o chamado 'kit gay', além do aborto – tema abordado durante sua campanha presidencial em 2010."
Matéria Completa, ::AQUI::
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Posted: 18 Oct 2012 08:05 AM PDT
Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania
"O cinturão-vermelho de São Paulo é um fenômeno geopolítico incômodo para certa elite de uma cidade que abriga os maiores contrastes sociais do país, pois representa o reduto eleitoral do partido preferido pela população mais pobre, a população da periferia.
O mapa eleitoral da capital paulista é azul-tucano no centro e vermelho-petista ao redor – daí a expressão "cinturão-vermelho". Com efeito, as regiões melhor atendidas pelo governo local votam nele e as mais desassistidas votam na oposição. Quem não conhece São Paulo, deve ficar intrigado. Será que há muito mais ricos do que pobres na cidade, para que os votos dos ricos superem os dos pobres eleição após eleição? Não é assim. Quem vier a esta cidade em um fim de semana, sobretudo em um domingo, notará que o centro expandido, nesses dias, fica quase vazio, enquanto que a periferia abunda de gente. Ora, mas se é assim por que a periferia sempre teve tanta dificuldade em dar votação majoritária ao PT? Há vários fatores que geraram esse fenômeno – até há pouco. Por exemplo, a população da periferia é de origem majoritária do Norte e Nordeste e o fato doloroso é que boa parte dessa população veio para cá e não transferiu títulos de eleitor, além de não dar bola para política. Além disso, a pobreza, a miséria e a má formação educacional propiciaram aos políticos conservadores enganarem essa população da periferia, levando boa parte dela – ainda que minoritária – a votar nos candidatos que, eleitos, governariam para os mais ricos.
Eis que, assim, a elite articulada das regiões centrais sempre fez a festa e elegeu quem entendeu que iria administrar para si."
Artigo Completo, ::AQUI::
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Posted: 18 Oct 2012 07:08 AM PDT
"Ou a Globo se lixa para o regime de concessão, se lixa para as leis, porque, em última análise, pinta e borda "nas instâncias superiores"?
Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada
Eles são responsáveis por um erro fulgurante no primeiro turno, quando disseram que os candidatos iam acabar empatados. Uns jênios. Os "resultados" seguraram o Russomano até o fim, para não deixar o Haddad acabar na frente. Acontece. Agora, o jornal nacional omite o que pagou para saber: que Haddad tem 49% contra 33%, ou 60% a 40% nos votos válidos. É muito provável que isso não se reflita na eleição. E o Zezinho Trinta fique na casa dos 30. O Estadão e a Folha (*), que também noticiou o resultado, omitem a taxa de rejeição do Cerra. Que deve ser do tamanho da fúria dele contra o Kennedy Alencar. O relevante, aí, porém é o fato singular e provavelmente ilegal de a Globo não divulgar o resultado da pesquisa. Por que a Globo paga e não divulga ? Não será isso uma violação das regras de concessão de um serviço público ? Afinal, os filhos o Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – se esquecem, mas eles exploram um bem público: o espectro eletromagnético, que pertence ao povo brasileiro. Por isso, mesmo nesse ambiente de vácuo regulatório – a última lei de Radiodifusão é de 1963 !!!, né, Bernardo ? – o concessionário tem responsabilidades. Por que a Globo divulga as pesquisas que contrata quando Cerra está na liderança (do primeiro turno) e esconde as pesquisas que contrata no segundo turno ? Onde está a isonomia ? "Isonomia" é uma palavra que não se encaixa com a política editorial do jornalismo da Globo. Ou a Globo se lixa para o regime de concessão, se lixa para as as leis, porque, em última análise, ela pinta e borda "nas instâncias superiores" ? Onde está a Ministra Carmen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral ? Por onde anda a Dra Sandra Cureau, aquela imparcialíssima Procuradora Eleitoral ? E se fosse o inverso – o Cerra na frente ? A Globo esconderia ?" |
Posted: 18 Oct 2012 06:24 AM PDT
"Quadros tucanos como o senador Aécio Neves já trabalham com a certeza da derrota de José Serra para Fernando Haddad no domingo 27; resultado quebrará as últimas sentinelas que candidato a prefeito de São Paulo tem no ex-presidente FHC e no governador Geraldo Alckmin; líder nas pesquisas em Manaus, Arthur Virgílio assumirá papel central na reconstrução do partido; projeto de futuro passa pelo sepultamento político do duas vezes candidato a presidente
Brasil 247
O dia 27 de outubro de 2012 marcará o renascimento do PSDB. É com essa data e objetivo que trabalham líderes partidários como o senador Aécio Neves e o candidato a prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto. Será também a partir do domingo apontado, data do segundo turno das eleições municipais, que o ex-presidente Fernando Henrique e o governador Geraldo Alckmin irão se reposicionar diante da nova configuração dos tucanos. Em todas as contabilidades políticas internas, um personagem até aqui predominante terá de, necessariamente, ser extirpado do cérebro partidário para que novas artérias se abram: José Serra.
O convívio que sempre foi difícil entre o candidato a prefeito de São Paulo e as demais correntes tucanas, inclusive a paulista, tornou-se impraticável diante das posições políticas assumidas por Serra na atual campanha. Especialmente neste segundo turno. Políticos centristas e liberais como o Aécio e Arthur Virgílio chegam a temer por uma guinada ideológica do PSDB, cuja raiz social-democrata vai sendo podada a enxadas pelas alianças costuradas por Serra com nomes como o Pastor Silas Malafaia, o ex-comandante da Rota paulista Coronel Telhada e posicionamentos frontalmente contrários à diversidade sexual.
No caso da eleição de Serra à principal Prefeitura do País, e com o pendor dele a dominar nacionalmente o partido, além da aliança tácita com o PSD do prefeito paulistano Gilberto Kassab, os tucanos de fora de São Paulo temem que ocorra, em ato contínuo, a desfiguração ideológica da agremiação que ajudaram a fundar, o que provocaria uma diáspora. Eles avaliam que, neste caso, Serra empalmaria o comando com mão de ferro, carregando-a para o lado direito do espectro político."
Matéria Completa, ::AQUI::
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Posted: 18 Oct 2012 06:01 AM PDT
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Posted: 18 Oct 2012 05:54 AM PDT
"A Argentina tem uma lei avançada. É um modelo para todo o continente e para outras regiões do mundo", afirmou Frank La Rue, relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Liberdade de Opinião e de Expressão, ao se referir à Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual. "Eu a considero um modelo e a mencionei no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. E ela é importante porque para a liberdade de expressão os princípios da diversidade de meios de comunicação e de pluralismo de ideias é fundamental", defendeu.
Carta Maior / Página/12
"A Argentina tem uma lei avançada. É um modelo para todo o continente e para outras regiões do mundo", afirmou Frank La Rue, relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Liberdade de Opinião e de Expressão, ao se referir à Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, logo após reunir-se com Martín Sabbatella, titular da Afsca (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual). "Falamos da importância da aplicação plena desta lei", assinalou Sabbatella após o encontro que manteve com o funcionário guatemalteco da ONU na sede portenha da Afsca.
Durante a reunião com Sabbatella, La Rue voltou a expressar seu especial interesse na implementação da chamada "Ley de Medios" da Argentina. "Essa é uma lei muito importante. Eu a considero um modelo e a mencionei no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. E ela é importante porque para a liberdade de expressão os princípios da diversidade de meios de comunicação e de pluralismo de ideias é fundamental", defendeu o relator da ONU após o encontro na Afsca. "Eu venho de um país multicultural, muito pequeno, mas com 22 idiomas indígenas, onde essa diversidade de meios e esse pluralismo de expressão, assim como o manejo dos serviços de comunicação audiovisual, desempenham um papel muito importante para garantir essa riqueza cultural", disse o guatemalteco, para quem "neste sentido a lei argentina é realmente muito importante". Por sua parte, Sabbatella destacou ao término da reunião que "para os argentinos e as argentinas é um orgulho ter uma lei modelo e é extremamente importante o acompanhamento de Frank La Rue, uma pessoa que tem um forte compromisso com a liberdade, a pluralidade, a diversidade e a democratização da palavra".
Matéria Completa, ::AQUI::
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Posted: 18 Oct 2012 05:45 AM PDT
Saul Leblon, Carta Maior
"Em meio ao contravapor das pesquisas (o Ibope desta 4ª feira amplia a vantagem de Haddad para 16 pontos, ou 20 pontos no cômputo dos votos válidos), o tucano José Serra enfrenta um desgaste de fundo.
Quanto mais se expõe, mais se configura uma trajetória em que as dissimulações caem, como cascas de uma cebola. Serra diz e se desdiz com desenvoltura vertiginosa. O acúmulo consolida a imagem de um político que sabota o próprio passado na busca desastrada pelo poder. Resta saber se ainda há espaço para acionar o freio de arrumação numa candidatura que imbicou no plano inclinado e se ressente do essencial para mudar, a credibilidade. Parece difícil. O tucano poderia ter feito uma correção de rumos no lançamento tardio de seu programa de governo esta semana. Mas o que se viu foi mais uma encenação filmada para o horário eleitoral, de pouca serventia para retificar a percepção crescente de um blefe, cuja única cartada agora é dobrar a aposta no vale tudo, enquanto torce por um tropeço de Haddad nos debates. Essa é a grande dificuldade dos seus marqueteiros para reverter a humilhante derrota que se anuncia: hoje o tucano compõe aos olhos da população um personagem cada vez mais definido e desconectado de sua fala; as atitudes ecoam mais alto do que a voz e desautorizam as promessas. O acúmulo tende a consolidar uma imagem que se move de forma autônoma.À revelia do arsenal publicitário calcifica-se o perfil de um político que sabota até o próprio passado na busca sôfrega --descontrolada agora, depois do Ibope-- pelo poder. Mudar isso é como enxugar o chão com a torneira aberta. Carrega-se na maquiagem aqui, arruma-se um beijo inverossímil ali. Lista-se um prohgrama mal-ajambrado de última hora desprovido de metas, cronogramas e estimativas de custo.Em seguida, a realidade irrompe como um vento inoportuno a sabotar o controle do incêndio."
Artigo Completo, ::AQUI::
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Francisco Almeida / (91)81003406
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