segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Via Email: BRASIL! BRASIL! : O bode na sala



BRASIL! BRASIL!


Posted: 19 Aug 2012 06:37 PM PDT


"Se a denúncia da Procuradoria-Geral só fica em pé graças a muito anabolizante de mídia, se nada indica que afete grandemente as eleições municipais, o que resta?

Marcos Coimbra, Brasil 247

Todo mundo conhece a história do bode na sala.  

Sua conclusão é que, às vezes, para resolver um problema, é preciso criar artificialmente outro maior. Como o da família que vivia apertada em uma casa minúscula. Ela foi se aconselhar com um sábio e ouviu a recomendação de colocar na sala um bode.

A vida tornou-se insuportável. Voltaram ao ancião, que mandou tirá-lo de lá.

Ficaram tão contentes livrando-se do problemão que o anterior virou um probleminha. Pararam de lamentar o desconforto da casa acanhada e festejaram.   

Uma parte das oposições brasileiras parece estar raciocinando dessa maneira em relação ao julgamento do "mensalão".

Não é que inventaram um bode, talvez imaginando que ganhariam alguma coisa retirando-o?

É o que parece quando se vê a ânsia com que alguns colunistas e comentaristas se puseram a elucubrar sobre um fato até ontem inexistente. 

O pretexto foram as declarações do advogado do ex-deputado Roberto Jefferson perante o Supremo Tribunal Federal ao defendê-lo.


Como se não bastasse a histrionice de seu cliente - notável, entre outras coisas, por já haver apresentado meia dúzia de versões contraditórias sobre algo que batizou e depois assegurou que nunca existira - o personagem aproveitou seus minutos de visibilidade nacional para "denunciar" o ex-presidente Lula."
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Posted: 19 Aug 2012 06:31 PM PDT


Posted: 19 Aug 2012 06:24 PM PDT


"O governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz anunciou, durante Seminário de Comunicação Pública, que o governo já está realizando estudo para viabilizar a proposta de criação e regulamentação do Conselho Distrital de Comunicação. Além do Conselho e da TV pública distrital, outras demandas da sociedade civil foram apresentadas no seminário, como a criação de um Fundo de Comunicação para viabilizar iniciativas em comunicação pública e popular.

Cecília Bizerra, Observatório do Direito à Comunicação / Carta Maior

Na abertura do #ComunicaDF, Seminário de Comunicação Pública do Distrito Federal que acontece na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), em Brasília, até este sábado (18), o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz anunciou que a equipe jurídica do governo já está realizando estudo para viabilizar a proposta de criação e regulamentação do Conselho Distrital de Comunicação, como está previsto na Lei Orgânica do Distrito Federal. As propostas para o Conselho discutidas no #ComunicaDF serão analisadas para formar a proposta final que será enviada à Câmara Legislativa. Queiroz também anunciou a intenção de criar uma televisão pública no DF.

Por se tratar de uma reinvindicação antiga da sociedade civil e dos movimentos sociais organizados que debatem comunicação no Distrito Federal, o anúncio do governador sobre a criação do Conselho de Comunicação do Distrito Federal repercutiu bastante no segundo dia de seminário, sobretudo nos debates referentes ao primeiro painel, que abordou o tema "O Estado e as políticas públicas de comunicação".

A principal preocupação apresentada foi quanto ao formato do Conselho e ao seu caráter. "É fundamental que seja criado um Conselho de Comunicação, mas esse conselho tem que ser consultivo e deliberativo e precisa ter uma composição que contemple todos os segmentos da sociedade ligados à comunicação", declara Chico Pereira, diretor do Sindicato dos Radialistas do Distrito Federal (Sinrad-DF). Ele também defende que o Conselho seja criado por iniciativa do poder Executivo, "para que não tenhamos que buscar reaver a proposta que hoje corre no Legislativo", lembra Pereira.

O secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas, Jonas Valente, defendeu a necessidade de implantação de um sistema de comunicação pública distrital. "Precisamos criar uma TV Pública Distrital gerida com forte participação da sociedade e com fontes de financiamento que garantam o seu funcionamento, incluindo um fundo público formado por receitas equivalentes a 20% do que é gasto com em publicidade com os meios comerciais", argumenta Valente."
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Posted: 19 Aug 2012 06:15 PM PDT
"Refugiado na embaixada do Equador, Julian Assange fala da sacada, assume discurso antiimperialista, pede que o governo americano encerre a guerra declarada ao Wikileaks e agradece aos países sul-americanos, incluindo o Brasil; hacker é o revolucionário da era moderna


O australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks, viveu, nesta manhã, seu grande momento. Da janela da embaixada do Equador em Londres, ele fez o discurso político com o qual sempre sonhou, sob os olhares do mundo.

"Enquanto o Wikileaks estiver ameaçado, também estarão ameaçadas a liberdade de expressão e a saúde de nossas sociedades", disse o hacker e jornalista, que pretendia concorrer a uma vaga no Senado na Austrália – o que o impede é uma ação por assédio sexual, que pode provocar sua extradição aos Estados Unidos.

Da sacada da embaixada equatoriona, ele falou diretamente ao presidente Barack Obama. "Os Estados Unidos da América estão diante de uma escolha", disse ele. "Irão reafirmar seus valores revolucionários, sobre os quais foram fundados, ou irão se atirar ao precipício, nos puxando para um mundo perigoso e opressivo onde jornalistas se calam diante do medo da perseguição e os cidadãos vazam informações no escuro?", indagou.

Dirigindo-se a Obama, ele pediu que os Estados Unidos encerrem a caça às bruxas aos funcionários da administração norte-americana suspeitos de vazar informações ao Wikileaks. Antes de toda essa confusão, o Wikileaks ganhou notoriedade por vazar dados secretos da invasão norte-americana ao Iraque – do Brasil, o Wikileaks também já publicou dados de contas bancárias atribuídas a Roseana Sarney e Tasso Jereissati no banco Julius Baer, negadas pelos dois políticos.

América Latina

Assange também prestou um agradecimento especial ao Equador, que "se levantou pela Justiça", e aos países sulamericanos que manifestaram apoio a seu asilo, como Argentina e Colômbia – o Brasil também foi citado, muito embora o Itamaraty não tenha expressado uma posição oficial sobre o caso.
Apoiado por hackers e simpatizantes do grupo Anonynous, que se aglomeraram diante da embaixada equatoriana para invadir sua invasão por policiais ingleses, Assange, aos poucos, se converte na figura do revolucionário moderno. E que não necessita de armas para fazer sua Sierra Maestra, mas apenas de informação.


Assange citou o caso do oficial americano Bradley Manning, que está preso há mais de 800 dias, suspeito de vazar informações ao Wikileaks. "O máximo que a lei americana autoriza como prisão preventiva são 120 dias", declarou.

Julian Assange é o Che Guevara da era moderna."
Foto: Edição/247


Posted: 19 Aug 2012 06:04 PM PDT
Mártires Coelho. Juiz não pode ser
objetivo, tem de ser honesto.


Mauricio Dias, CartaCapital

"Chegou ao fim a defesa dos 38 réus da Ação Penal 470, chamada de "mensalão". Com pequenas variações ouviu-se insistentemente o som vindo de uma tecla só: o Ministério Público não apresentou provas consistentes para sustentar as acusações de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção, e muito menos demonstrou a origem ilícita do dinheiro usado nas transações políticas entre os partidos transformados, pela acusação, em quadrilha.

Os advogados destruíram não só a acusação como também o acusador. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, foi soterrado por pesadas adjetivações negativas sobre o trabalho que fez.

Desfilaram pelo plenário do Supremo Tribunal Federal alguns dos maiores criminalistas do País, oferecendo aos 11 julgadores mais, sempre muito mais, do mesmo. Não se tratava de uma música orquestrada pelo claro desentendimento de objetivos entre alguns deles.

Assim, nem tudo foi exatamente igual. No antepenúltimo dia das sessões de defesa, terça-feira 14, subiu à tribuna Inocêncio Mártires Coelho, advogado do ex-deputado José Borba. Além de repetir pontos de teses já sustentadas, apresentou variações importantes na argumentação. A intervenção de Mártires Coelho no julgamento não apareceu na síntese do dia seguinte feita pelos principais jornais brasileiros. Mas ela traduz inquietações que, seguramente, afligem todos os defensores que se apresentaram no STF. Um ponto crucial do teor do que ele disse talvez explique essa conspiração de silêncio:


– Nos diferentes meios de comunicação corre a notícia de que os votos das senhoras ministras e dos senhores ministros já estariam prontos ou, no mínimo, rascunhados, com suas excelências apenas aguardando que se cumpra o cansativo ritual dessas sustentações orais para tornar públicos seus veredictos."
Foto: André Coelho/Ag. O Globo
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Posted: 19 Aug 2012 05:29 PM PDT



UOL / AFP

"A Unasul pediu neste domingo (19) um diálogo para se chegar a uma solução para a crise entre Equador e Reino Unido, e apoiou Quito ante a eventualidade de uma invasão a sua embaixada em Londres para prender o fundador do site Wikileaks, Julian Assange.

Os chanceleres da União de Nações Sul-Americanas, reunidos em Guayaquil, manifestaram solidariedade ao Equador e pediram às partes que continuem "o diálogo em busca de uma solução aceitável para os dois países", diz a declaração conjunta, lida por seu secretário-geral, o venezuelano Alí Rodríguez.

No texto, os ministros declaram "solidariedade e apoio ao governo do Equador ante a ameaça de violação da sede de sua missão diplomática", e reiteram "o direito soberano dos Estados de conceder asilo". Também condenam a "ameaça de uso da força entre os Estados", e reafirmam "o princípio do direito internacional de que não se pode invocar o direito doméstico para deixar de cumprir uma obrigação do direito internacional"

Os chanceleres da Unasul reuniram-se um dia depois dos da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), convocados pelo Equador, que afirma que o governo britânico ameaçou invadir sua embaixada para prender Assange.

Participaram do encontro os chanceleres de Equador, Ricardo Patiño; Venezuela, Nicolás Maduro; Colômbia, María Angela Holguín; Uruguai, Luis Almagro; Peru, Rafael Rocagliolo; e Argentina, Héctor Timmerman."
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Posted: 19 Aug 2012 09:52 AM PDT



Posted: 19 Aug 2012 09:41 AM PDT
Falácia. Alves e Teixeira dizem defender a "liberdade de imprensa". Mas quem disse que ela está ameaçada?


Leandro Fortes, CartaCapital

"Na terça-feira 14, de posse de uma análise preparada por técnicos da CPI do Cachoeira a partir de interceptações telefônicas e documentos da Polícia Federal, o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) estava pronto para um embate e tanto: requerer a convocação do jornalista Policarpo Jr., diretor da revista Veja em Brasília. Seria a segunda tentativa da CPI de ouvir Policarpo, mas o PT decidiu retirar o assunto de pauta, por enquanto, até conseguir convencer o PMDB a participar da empreitada. Antes, o senador Fernando Collor (PTB-AL) havia tentado sem sucesso convocar o jornalista.

O documento de mais de cem páginas elaborado por técnicos da CPI, publicado em seus principais detalhes na edição passada de CartaCapital, prova de diversas maneiras a ligação de Policarpo Jr. com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a quem o diretor da semanal da Editora Abril chegou a solicitar um grampo ilegal contra o deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

Na segunda-feira 13,
um dia antes da data prevista para Dr. Rosinha se manifestar, uma tensa reunião ocorrida na casa do deputado Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara, tornou possível dimensionar a força do lobby da Abril sobre a bancada de quatro deputados do PMDB na comissão. O grupo atendia aos apelos do vice-presidente da República, Michel Temer, presidente do partido, e do deputado Henrique Eduardo Alves, líder da sigla na Câmara.

Constrangidos, incapazes de articular uma desculpa coerente, os peemedebistas da CPI continuam a negar apoio ao PT na empreitada. Na reunião, voltaram a se prender à falsa tese dos riscos da convocação à "liberdade de imprensa" no País. Eram eles os deputados Luiz Pitiman (DF) e Iris de Araújo (GO) e os senadores Sérgio de Souza (PR) e Ricardo Ferraço (ES).
Não há, obviamente, nenhuma relação entre um jornalista depor em uma CPI e um suposto atentado à liberdade de imprensa. No caso de Policarpo Jr., o argumento soa ainda mais esdrúxulo, uma vez que o jornalista já depôs na Comissão de Ética da Câmara, em 22 de fevereiro de 2005, no processo de cassação do ex-deputado André Luiz (PMDB-RJ).

Policarpo lá esteve, como voluntário, para defender ninguém menos que Cachoeira, a quem André Luiz pretensamente queria subornar para evitar a inclusão do nome do bicheiro no relatório final de outra CPI, a da Loterj (estatal fluminense de loterias), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro."
Fotos: Eduardo Maia/DN/D. A Press e Andre Dusek/AE
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Posted: 19 Aug 2012 09:26 AM PDT


Agência Brasil / BBC Brasil

"O criador do site WikiLeaks, Julian Assange, disse hoje (19) que há uma "caça às bruxas" promovida pelos Estados Unidos contra ele. O australiano fez sua primeira aparição pública desde junho, quando se refugiou na Embaixada do Equador em Londres, na tentativa de escapar de um pedido de extradição à Suécia, onde é acusado por duas mulheres de abuso sexual.

Assange declarou temer que, se for levado para a Suécia, pode ser extraditado de lá para os EUA - onde não foi formalmente acusado, mas enfrentaria possíveis acusações de espionagem por ter revelado, pelo WikiLeaks, milhares de documentos diplomáticos confidenciais.

"Peço que [o presidente dos EUA], Barack Obama, renuncie a essa caça às bruxas de investigar e processar o WikiLeaks", disse Assange, defendendo o seu site por "lançar luz sobre os segredos dos poderosos". Ele também pediu a libertação de Bradley Manning, o soldado americano que está preso e aguarda julgamento, sob acusação de ter passado segredos militares americanos ao WikiLeaks.

Assange recebera, na última quinta-feira (16), asilo político do Equador, mas a Grã-Bretanha não lhe deu um salvo-conduto para que possa viajar ao país latino-americano. Sendo assim, está isolado na embaixada equatoriana, correndo o risco de ser preso pela polícia britânica caso deixe a representação diplomática. Simpatizantes de Assange foram à porta da embaixada protestar contra a extradição do australiano

Com isso, seu discurso hoje foi cercado de expectativa. Dezenas de simpatizantes do WikiLeaks assistiam e aplaudiam do lado de fora enquanto Assange falava por microfones da varanda da embaixada. "Obrigado por sua generosidade de espírito", disse aos simpatizantes. "Ouvi policiais [na embaixada], mas sabia que tinha testemunhas, que o mundo estaria assistindo", agregou, em referência à possibilidade de a polícia britânica entrar na embaixada para prendê-lo.


Ele também agradeceu o Equador e citou nominalmente os países da OEA [Organização dos Estados Americanos], Brasil incluído, pedindo que eles "defendam o direito ao asilo" - isso porque a OEA realizará uma reunião, na próxima sexta-feira (24) em Washington, para discutir o caso."
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Posted: 19 Aug 2012 08:36 AM PDT


Antônio Mello, Blog do Mello

"Quando a mídia corporativa aponta suas manchetes para um técnico de futebol, todos sabemos - mais dia, menos dia, ele cai. Ela ainda tem bastante força para influenciar a decisão de pequenos grupos, como uma diretoria de time de futebol, por exemplo.

Também ainda tem força bastante para queimar a carreira de um político (como vem fazendo, por exemplo, com José Dirceu). Ou para levantar a de outros, como ocorreu com o hipócrita Demóstenes Torres, recentemente cassado.

Ainda tem força para impedir a convocação de um dos seus à CPI, como ocorreu nesta semana com a possível convocação do diretor da Veja Policarpo Junior (leia Silêncio cúmplice da mídia acoberta crime de diretor da Veja denunciado em CartaCapital).

Já não tem mais força, é verdade, para decidir quem vai ser o próximo presidente, como sempre o fez, até 2002. O máximo que consegue é levar a um segundo turno.

Já não tem mais força para conseguir um golpe de estado, como em 1964, ou o suicídio de um presidente que lhe contrariava, como o de Getúlio Vargas, em 1954.

Nem para eleger e forçar o impeachment de outro, como o caso Collor.

Mas isso não significa que a mídia corporativa não siga buscando seu intento, através de agenda-setting, como agora, mais uma vez, conseguiu colocar em pauta o julgamento do tal "mensalão do PT", enquanto o "mensalão tucano", que aconteceu sete anos antes, continua na fila, sem julgamento previsto.

Mais do que isto: a agenda-setting da mídia corporativa tenta criar uma profecia autorrealizável, a de que o julgamento só pode ter um desfecho aceitável: a condenação dos réus.

Não por outro motivo, reportagem de Mônica Bergamo na Folha de hoje tem por título "Nos bastidores, STF conta cinco votos pró-condenação". É puro jornalismo de impressão, espírita:

"A Folha esteve com nove dos 11 magistrados nas últimas duas semanas.

Nenhum deles revelou sua convicção. Poucos sinalizaram como devem votar. Mas, embora o clima seja de desconfiança e os magistrados evitem trocar confidências, vários foram prolixos ao palpitar sobre o que imaginam ser a posição dos colegas.

Pela média das opiniões, o placar estaria hoje indefinido --mas apertado para os réus. Pelo menos cinco ministros estariam emitindo sinais de que devem condenar protagonistas "políticos" do mensalão. Entre eles, José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula.

Quatro manteriam tal discrição que seria arriscado até mesmo especular sobre seus votos. Dois são tidos como relativamente certos pela absolvição de ao menos alguns.

"Emitindo sinais", telepatia, ou, como chamo, jornalismo mãe Dinah.

Com isso mantêm a pressão sobre os ministros e o julgamento, coroando com essa matéria uma outra, do meio da semana, em que divulgaram uma enviesada pesquisa Datafolha que apontava que 73% dos entrevistados queriam a condenação dos acusados e que fossem enviados para a cadeia (leia aqui).

Pelo que vem acontecendo até o momento, a não ser que haja fato novo, a mídia corporativa vai vencer mais uma. Não vai ser nocaute a la Mike Tyson, como era antes. Mas, por pontos."


Posted: 19 Aug 2012 07:47 AM PDT


"Cobertura de Folha e Estadão em geral prioriza a versão oficial dos conflitos, destacando sempre os supostos vínculos entre o tráfico de drogas e os mortos pela polícia. Os jovens da periferia assassinados aparecem sem rostos e muitas vezes sem nomes. Para o professor da PUC-SP Silvio Mieli, mídia incentiva a cultura da "militarização do cotidiano", herança da ditadura militar.

Rodrigo Giordano, Carta Maior

Repleta de preconceitos e omissões, a cobertura dos dois jornais de maior circulação em São Paulo, Folha e Estadão, sobre a onda de violência na cidade, iniciada há quase três meses, reafirma uma posição elitizada que não contribui para explicar o problema. Essa é a avaliação do jornalista e professor da PUC-SP Silvio Mieli, ao ser apresentado a um levantamento, feito pela própria Carta Maior, sobre as reportagens publicadas pelos dois periódicos.

Os textos, colhidos entre 28 de maio e 10 de agosto, em geral priorizam a versão oficial dos conflitos, como quando destacam os supostos vínculos entre o tráfico de drogas e os mortos pela Polícia Militar (PM). Os jovens da periferia assassinados aparecem sem rostos e muitas vezes sem nomes, apenas alimentando a estatística de um suposto conflito entre criminosos e autoridades de segurança.

Segundo Mieli, a praxe de amplificar o discurso oficial através da mídia é uma herança da ditadura militar. "Foi implantada uma 'militarização do cotidiano', uma cultura desejada pela classe dominante brasileira e que foi posta em prática a partir de 1964, sendo a PM uma das vertentes desse processo. Ela está baseada evidentemente no uso da violência para com os mais fracos, para os que vivem na periferia, para os movimentos organizados e contra todos aqueles que se insurgirem contra o monopólio e a hegemonia dessa violência", disse o professor.

Ao longo das reportagens, percebe-se a tentativa permanente de construção discursiva de dois lados em conflito. Aos leitores, resta decidir quem apoiar. As notícias ora demonizam o Primeiro Comando da Capital (PCC), ora demonstram os equívocos da polícia, mas sempre reproduzem a versão oficial dos fatos violentos.

Para Mieli, isso evidencia que a mídia foi contaminada por um hiper-realismo ultraviolento, ao afirmar que "sob o pretexto de reportar a violência que nos cerca, o tom da cobertura vai na linha 'Tropa de Elite'". "Simplesmente descreve-se a violência praticada por quem quer que seja, e fica só nisso. Em comum a todas essas formas de realismo, está a incapacidade de aprofundar as ações violentas, contextualizá-las, verticalizá-las", diz o professor da PUC-SP."
Artigo Completo, ::AQUI::


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