Fonte:  O POVO Online/OPOVO/Opinião - 02/03/2011
O  Ceará acaba de descobrir uma vacina para a dengue (a única no mundo), a  partir de plantas e não de organismos animais e vírus atenuados, como é  de praxe. A pesquisa foi desenvolvida pela Universidade Estadual do  Ceará (Uece) no momento mesmo em que o Estado corre o risco de ter uma  epidemia de dengue.
Não é a primeira vez que pesquisadores  cearenses destacam-se com alguma descoberta importante para a ciência.  No presente caso, trata-se da primeira vacina de origem vegetal, no  mundo. Esse objetivo vinha sendo buscado em vários países já que,  segundo Organização Mundial de Saúde (OMS), são registrados cerca de 100  milhões de casos/ano em população de risco de 2,5 a três bilhões de  seres humanos. Mais animador é saber que a nova tecnologia deverá  combater os quatro tipos de manifestação do vírus, incluindo o  hemorrágico.
O feijão de corda foi o grande herói desse processo.  Quando os cientistas injetaram genes do vírus na planta, esta  desenvolveu as proteínas anticorpos encarregadas de gerar as defesas do  organismo. Imediatamente, foram isolados os antígenos que puderam,  então, ser aplicados em forma de vacina. Um simples pé de feijão pode  gerar até 50 doses de vacina.
Não só a matéria-prima é bastante  acessível, mas a produção sai a custo baixíssimo, além de proporcionar a  redução de reações alérgicas, comuns nas vacinas desenvolvidas com  métodos tradicionais.
O anúncio da descoberta ocorre no momento  em que a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) lança a Operação Carnaval  destinada ao combate ao mosquito transmissor da dengue, abarcando 71  localidades, distritos ou sedes de 24 municípios, além de 14 bairros das  regionais I e II da Capital. Entre estes, os bairros mais vulneráveis:  Quintino Cunha, Conjunto Ceará, Grande Marechal Rondon, Barra do Ceará e  Antônio Bezerra, com alto índice de infestação do mosquito.
Muitas  pessoas vão para o Interior passar os dias de Carnaval e poderão ser  infectadas pelo Aedes aegypti, nas áreas mais vulneráveis, como Mombaça,  cujo índice de infestação é de 16%, muito além do 1% tolerado pela OMS.  Agora isso poderá ficar no passado.
Copiado do ContrapontoPIG

 
 
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