sábado, 4 de junho de 2011

Força-tarefa vai atuar contra mortes no campo

Jornal Correio do Brasil:
Redação, com agências - de Brasília

As Forças Armadas e a Força Nacional vão atuar juntas para frear a violência no campo

O governo decidiu enviar as Forças Armadas e a Força Nacional para Amazonas, Rondônia e Pará para frear a violência no campo após ser divulgada mais uma morte na região nesta quinta-feira, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A presidente Dilma Rousseff determinou o início de uma operação nos Estados para investigar os assassinatos e evitar novas mortes. As forças trabalharão para evitar novas mortes e irão ajudar na apuração imediata dos assassinatos já ocorridos.

No Pará, está sob investigação a morte de um trabalhador rural em Eldorado dos Carajás. Esta pode ser a quinta morte nas últimas duas semanas envolvendo agricultores e ambientalistas na região.

A Polícia Civil do Pará descartou nesta sexta-feira a possibilidade de que conflitos agrários no Estado tenham motivado a morte do lavrador Marcos Gomes da Silva, 33 anos, assassinado na noite de quarta-feira na zona rural do município de Eldorado de Carajás, no sudeste paraense.

Já foram ouvidos os depoimentos de várias pessoas relacionadas à vítima, inclusive o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) do Estado do Pará, Dejesus Martins Araújo, que mora ao lado de onde vivia o lavrador.

A esposa de Silva também prestou depoimento. Tanto o presidente da Fetagri quanto à mulher disseram à polícia que o lavrador não integrava movimentos agrários nem sindicais.

A Polícia Civil encontrou no local do crime umaa espingarda calibre 44 que supostamente teria sido utilizada para o assassinato e foi encaminhada para a perícia técnica.

Outras três mortes foram confirmadas no Pará na semana passada e uma em Rondônia.

Cardozo e os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) visitarão os Estados na próxima semana para acompanhar a situação.

Outra frente de ação será discutir a “situação de impunidade nestes Estados. Segundo o governador de Rondônia, Dilma reconheceu que “do Mato Grosso para cima é o abrigo de uma fronteira agrícola nova, onde muita gente vem de fora para ir lá, justamente para impactar seus desejos de riqueza com a realidade da Amazônia”.

Na segunda-feira, o governo federal já havia liberado verba para o deslocamento e diária de fiscalizadores no Pará e no Amazonas e anunciou a intensificação do combate ao desmatamento ilegal como medidas para conter a violência na região.

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