Greenpeace e U2 se unem pelas florestas brasileiras |
Greenpeace Brasil:"Ajude-nos a salvar nossas florestas
Estamos a alguns passos de ser a primeira potência econômica e ambiental da história da humanidade. Um dos mais fundamentais é desvincular desmatamento de desenvolvimento, assumindo um compromisso com o fim da destruição das florestas.
Acabar com o desmatamento é possível e necessário, para manter o equilíbrio climático do planeta, a conservação da biodiversidade e a preservação do modo de vida de milhões de pessoas. Uma política de desmatamento zero não impede que árvores sejam cortadas e utilizadas e não limita a agricultura, nem a familiar e a de subsistência. O que ela se propõe a acabar é com o corte raso e a degradação de grandes extensões de floresta, um problema que acompanha o país desde o descobrimento.
Exigir o compromisso do país com o desmatamento zero também não tem nada de demagógico e não é uma coisa qualquer. Trata-se de uma visão que tem todas as condições de virar realidade. Ela transformaria o Brasil de uma vez por todas num país do século 21, capaz de servir de exemplo para outras nações em todo o mundo. A política de desmatamento zero protegeria definitivamente o muito que ainda temos de biodiversidade – 20% de todas as espécies do planeta – e recursos naturais.
Dos recursos naturais depende também o agronegócio brasileiro. O Brasil é o maior exportador de carne do mundo e o 2º maior exportador de grãos graças aos serviços ambientais que a natureza presta, e que precisam ser conservados para a manutenção do próprio negócio. O mercado e setores importantes do agronegócio brasileiro já deram sinais de que não há mais espaço para a devastação. A ciência indica que, sem vegetação e biodiversidade, o uso da terra para produzir alimentos fica ameaçado.
Também contribuiria de maneira fundamental para reduzir as emissões brasileiras de gases que causam o aquecimento global. De quebra, geraria renda e emprego de qualidade nas atividades de conservação, vigilância e uso sustentável dos produtos florestais.
Vamos mudar a história
O fogo alto, a floresta derrubada, o avanço do homem, da soja, do boi. Essa frase resume a história da Amazônia durante quatro décadas. De 2005 para cá, no entanto, os índices anuais de derrubada da floresta amazônica entraram em franco ritmo de queda.
No ano passado bateu-se um recorde. Foi a taxa mais baixa de perda de cobertura florestal desde que o país começou a monitorar a intensidade das derrubadas na Amazônia, em 1988, sem prejuízo para a agricultura e a pecuária. É uma indicação clara de que o desmatamento zero é possível e pode ser obtido em um espaço curto de tempo.
Para chegar a esse ponto, foi preciso unir os esforços de gente como Marina Silva e Dorothy Stang, e de instituições tanto do Estado quanto da sociedade civil, entre elas o Greenpeace. A partir de 2002, começamos a pedir maior presença do governo para controlar a violência e o desmatamento na região, e a enfrentar corporações para exigir que a sua cadeia de produção ficasse livre da chaga da derrubada da floresta. O governo se mexeu, com ações de comando e controle, os setores produtivos foram forçados a repensar suas práticas e o desmatamento começou a cair.
Nada justifica a continuação da derrubada das florestas brasileiras. Manter o desmatamento, ainda que a passos mais lentos do que antes, como deseja o governo federal, é assumir como projeto de nação a redução das florestas e da biodiversidade ao mínimo.
Há grupos que realmente trabalham para isso, insistem que o Brasil precisa soltar as rédeas do desmatamento e reduzir a proteção das florestas. Eles têm força no Congresso, onde há uma década tentam enfraquecer o nosso Código Florestal. Argumentam que ela impede o desenvolvimento da agricultura brasileira. Bobagem.
Os setores mais avançados do agronegócio sabem muito bem que o Brasil tem todas as condições de consolidar sua atual posição de potência agrícola – e conquistar cada vez mais mercados externos – sem precisar derrubar mais uma árvore. Afinal de contas, já existem áreas desmatadas suficientes no Brasil para que a produção agropecuária se expanda sem que seja necessário avançar sobre as florestas. Para tanto, bastam investimentos em produtividade.
A redução sistemática da derrubada na Amazônia mostra que estamos a um passo de zerar o desmatamento. O Brasil está pronto para isso, para ser um país verdadeiramente verde e limpo, a primeira potência econômica ambiental da história da humanidade.
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